Sobre o telhado escorrem as dores do meu corpo que guarda a saudade do teu abraço.
Sobre os tijolos uma lamparina do pavio curto, curto como o meu amor por ti nos últimos seis meses. O frio que entra pela porta, o vento que deita o verde da mata, mata a minha intenção de te esquecer, me faz querer te aquecer.
Talvez esse chapéu sobre a televisão te cairia bem como essa calça de caipira caiu em mim.
E esses dois cavalos aqui fora, nos levaria aos picos de felicidade que talvez você precise agora.
Mas nessa montaria não existe dois cavalos, existe só a minha realidade.
Deitado sobre uma rede, com os dedos quase congelando mas eufóricos por essas palavras que tanto escrevo pra ti.
E tu nem sabe e nunca vai saber os calafrios que sinto quando penso em você.
Aproveito a juventude dos meus sentimentos e a lição que tu me passas quando me faz enlouquecer pra guardar tudo em poesias quando eu morrer.