Capitulo I - O Encontro

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Essa história que vou contar aconteceu comigo a uns cinquenta anos atrás, em 1983, em meus tempos de juventude. Eu era nova e estava buscando o sentido real da vida. Minha vida já estava sem graça e repetitiva. Morava com minha mãe em uma pequena casa feita de madeira localizada em uma cidade no interior de Nova York. Simples porém aconchegante. Minha casa era a única casa da cidade que ainda tinha vacas para criar, parecia uma pequena Fazendinha localizada no meio da cidade.


Existia por ali alguns arranha-céus, esses que assombravam a minha casa. Eram grandes como Monstros, e a cada ano, se multiplicava mais e mais.


Em uma bela manhã como qualquer outra, Acordei com minha mãe, Tita, me acordando aos gritos.


_ Acorda menina, e vá cuidar das vacas!


Minha mãe era meu despertador matutino. _Há, que saudades!!!_


Nesse mesmo dia cuidava de minha vaca preferida; Mimosa. havia acabado de tirar leite, quando percebi uma movimentação estranha em frente a minha velha casa.


Lembro perfeitamente que eu havia pensado; _ Nossa que bom, um circo! _ lembro que dei pulos de alegria.


Naquela época eu ainda tinha um lado meio menino de ser, tinha apenas 15 anos, uma garota jovem inocente. Lembro também que não existia muitos lugares para passear na cidade.


Era uma grande novidade para mim e para minha amiga Mel, quando a cidade recebia movimentações ilustres o aquela. _ Mel era uma amiga sensata. Sabia que eu poderia contar com ela para tudo.


Todas as noites nos encontrávamos em um velho Clube localizado no lixão da cidade a duas quadras da minha residência. Nos o construímos com restos de intuitos depositado lixão. O utilizávamos contar dias garotos escola.


Também tenho saudades de Mel! _ se mudou de Nova York dois anos depois para estudar jornalismo _ Naquele mesmo dia havia comentado com Mel do garoto de Olhos Negros que eu tinha visto na montagem do circo.


"_ Ô garoto formoso dos olhos de Jabuticabas, que tirastes meu fôlego sem ao menos ter me beijado, não faz isso com essa garota que não conhece da vida, e não tirastes a sua infância indesejada."


(trecho da carta de Helena para o garoto de olhos de Jabuticabas). 1983



O circo já estava na cidade há alguns dias, sentei -me em um velho banquinho que minha mãe tinha ganhado de sua avó, e comecei a reparar como o pessoal do circo montava aquela grande lona, e algo me chamou atenção. "Um belo rapaz de cabelos castanhos e olhos negros como jabuticaba, montava as grades de segurança daquele velho circo. " Ele olhou para mim e eu olhei para ele, parecia que o tempo tinha parado, e tudo começou a fazer sentido"...


Dormi com algo diferente no peito, jamais conseguiria explicar aquele sentimento desconhecido e ao mesmo tempo desconfortável. _ Mel um dia me disse que se chamava amor, mas eu recusei-me a acreditar. 8


Tudo parecia mais belo e bonito, conseguia ver beldades que hoje não há.


No terceiro dia, o sol nem havia nascido e meu coração palpitava, confesso que nem preguei os olhos naquela noite. _ devo contar que a minha cabeça doeu a noite toda, e realmente tudo tinha mudado e no recôndito do meu ser, tinha sido plantado pérolas de algo inesquecível


Estava fazendo o de costume, de uma forma diferente, demorando três horas para tirar leite de minha vaca Mimosa. Sorte a minha que minha mãe não estava em casa.


Poucas horas mais tarde, já estava angustiada pela demora daquele rapaz que eu nem sabia quem era e nem de onde vinha, mas que estava mudando minha vida e meu coração.


De longe avistei os olhos de jabuticaba, _ foi assim que eu e Mel o apelidamos _ ele me olhou, juro que fiquei chão, não sabendo o que fazer, foi aí que ele acenou para mim pela primeira vez.


_ Oi, como se chama?


Demorei uns 13 segundos para responder, mas consegui retirar um oi seco da garganta companheiro de um coração disparado. Trocamos nossas primeiras palavras.


_ Oi, meu nome é Helena, e o seu?


_ Meu nome é Jack!


Ficamos alguns minutos em silêncio.


Começamos uma conversa que durou uns 10 minutos... nos despedimos, mas eu não via a hora de reencontra-lo novamente.


O arroubo invadia meu coração, a noite estava clara e a lua brilhava atrás da lona do circo, então decidi escrever;



" você invade meus pensamentos como a água invade a flor do mais belo jardim."


( trecho da carta escrita de Helena para Jack).



Os dias estavam se passando, e tinha quatro dias que o circo estava na cidade, eu e Jack arriscávamos mais um olhar.


Lembro que minha mãe estava na janela e percebeu o que estava acontecendo, foi um dia difícil e cruel. Ela lançava-me olhares tempestuosos.


Estava tarde e eu tinha sido proibida de sair do meu quarto, nem tinha visto Mel naquele dia.


Até que ouvi um barulho em minha janela, era Mel vinha me trazer um bilhete de entrada do Circo que estreava em dois dias.


_ O que fazes aqui Mel, minha mãe me proibiu de sair de casa hoje estou proibido de encontrar Jack.


Estava pesarosa e com medo de que minha mãe vice Mel entrar no meu quarto.


_ desculpe mas tive que vir trazer esse bilhete já que pediu para lhe entregar ainda hoje. _Ela me contou que Jack havia acenado para ela mais cedo.


Estava feliz mas ao mesmo tempo com medo de que fossemos descobertas.


Mel já havia ido embora e estava Eu e minha cama me perguntando, perguntando ao meu coração, o que estava acontecendo de errado!? Aliás, Eu nem o conhecia!


No quinto dia arrisquei uma fugidinha bem cedinho, ele já me esperava, parecia que estava mais ansioso do que eu para o nosso Reencontro.


_ Onde você andou por esse tempo? senti saudades como nunca senti de ninguém, pensei até que você estivesse com raiva de mim ou coisa do tipo! _ ele estava ofegante e logo em seguida segurou em minhas mãos como se segurasse um bocado de pétalas de rosas. Em seguida me entregou um pedaço de papel velho e rasgado, com um manuscrito de péssima qualidade que dizia;


"


Senti dentro de minhas mãos um calor imenso. Estava segurando um coração, pois suas mãos palpitava. Podia sentir.


_ também senti muita a sua falta! Já estava desesperada, as horas não passavam.


_ olha, trouxe para você!


Ele me deu um lindo cravo, mesmo que amassado.


Ao fundo daquilo que parecia ser belo, ouvir os sinos da igreja tocar a quatro quadras daquele quarteirão, batia seis horas.


Corri o mais rápido que pude sem olhar para trás e...










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⏰ Última atualização: Aug 04, 2016 ⏰

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