N.A.D.A 21

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Escuto novamente a mesma sequência de músicas, olho para o teto do meu quarto e viro a garrafa de vodca na minha boca, tenho que parar de beber, mas é bom, começo a rir, o álcool já está fazendo efeito em mim.

Me levanto e sinto o mundo girar sob meus pés, eu estou impotente, uma simples notícia fez meu humor mudar drasticamente. Todos queremos uma vida plena, digna de um comercial de margarina, mas tomamos um balde de água fria toda vez que algo abala esse cenário perfeito.

A noite mal começou e eu ligo para um amigo me buscar, hoje quero esvaziar a mente, ser inconseqüente, fiz uma promessa e não estou nem um pouco feliz em ter aceitado ela, eu deveria ter ignorado, falado para a pessoa parar de frescura, mas eu fui idiota e aceitei.

Sai de casa, fui para a praça, meu ponto de paz eu queria que se fodesse, meu novo ponto de paz estava nas minhas mãos e era substituível por um novo toda vez que acabasse, não opinava e não ferrava meu coração. Um carro parou na minha frente, entrei e senti o cheiro de maconha, esse meu amigo é adepto a erva, como eu sou adepta a beber vodca.

Fomos para outro bairro, encontramos um pessoal e ficamos ali, conheci gente nova, historias novas e esqueci da promessa por algumas horas até voltar para a praça.

Fiquei sentada no banco olhando para o nada até sentir uma mão no meu ombro, quando olhei uma lágrima solitária desceu pelo meu rosto. Tudo ia ficar bem, tinha que ficar bem, mesmo que for doloroso seguir em frente sem a pessoa que agora fala que tudo vai dar certo do meu lado.

N.A.D.AOnde histórias criam vida. Descubra agora