Capítulo vinte e oito

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         –David..
         –Liz, por favor responda. –disse com esperança no olhar.
        –Desculpa, Eu não quero voltar com você. –seu olhar fica triste.
        –Porquê Liz? Você é tudo para mim, eu te amo. –disse, pego na suas mãos.
        –David, Eu sofri bastante por você.
        –Diz, porquê Liz? -gritou furioso.
        –Eu apaixonei-me pelo Jack, eu me apaixonei pelo Jack. –digo, ele larga a minha mão.
     –Você é uma boba, pensas que esse Jack te ama, estás enganada. –disse, com fúria.
     –David! O Jack, me ama. Você não tem direito de me chamar de boba. Bobo é você, que ficaste com a minha melhor amiga, atrás de mim, você é bobo, bobo, e idiota. –digo com raiva, eu perdoei ele, ele ainda me chama de boba.
      –Não fala assim, de mim. –disse me empurrando, quase cai da cama, ele me olhou com raiva, e depois com arrependimento.
     –Você me empurrou, David eu não vou ficar com você, você é agressivo, você é impulsivo. –digo, ele tenta segurar no meu braço, mas eu retiro as minhas mãos.
       –Me desculpa, Liz. –disse, eu sai do seu quarto.

Esse não é o David, que eu conheci. Lágrimas caiem, dos meus olhos. Porquê, David? Eu só queria, que ele me compreende-se. Que fossemos amigos, mas ele quer mais do que isso. Mas eu não posso dar, eu amo o Jack. Eu estou apaixonada, pelo Jack.
Chego em casa, e encontro Jack jogando com Alex, limpo rapidamente as minhas lágrimas.

      –Olá, rapazes. –digo, e eles respondem sem tirar os olhos do jogo.
      –Irmã, vem jogar com a gente. –Alex disse.
      –Não, desculpem eu preciso falar com a Vanessa. –saiu da sala e caminho até ao meu quarto.
                                             ***
            –Irmã, posso entrar?–Alex pergunta.
             –Entra! –Alex, senta ao meu lado.
             –Você está bem?
             –Claro, porque?
             –Você está estranha, É o David né? Responde Liz. –perguntou com raiva do David, dou um sorriso forçado.
            –Não, eu estou bem. O Jack?–pergunto, ele sorri.
            –Ele já foi, para casa. Tu gostas dele? –perguntou, respirei fundo, no Alex não dá para confiar 100%, ele pode contar no Jack.
          –Gosto. –ele salta de alegria. –Não conta para ele.
          –Eu não conto, Liz. –disse, olhei para ele com desconfiança. –Eu vou falar com a Vanessa. –disse e saiu.

Sim, eu me apaixonei pelo Jack. Mas eu tenho medo, medo dele fazer a mesma coisa, que o David fez.

Alguns dias depois:
Kendra narrando

Sinto falta da minha mãe, sinto falta da sua alegria, sinto falta de tudo, até das nossas brigas. Eu me arrependo, de tudo que eu fiz, eu não vivo sem a minha mãe. Eu Kendra, me arrependo de tudo. Se arrependimento matasse. Eu tenho tanta falta dela, dos seus abraços, eu sei que ela também sente falta de mim, mas eu a humilhou, eu a maltratei. Agora eu me dou conta, que apesar de tudo, eu amo minha mãe.

O Niko é muito carinhoso, atencioso, romântico. O que eu sinto por ele, não é atração, e sim amor. Ele me ensinou a amar, a ver o mundo de outra forma. O Niko é tudo para mim, sem ele, eu nunca teria aprendido á amar. Eu amo o Niko.

–Kendra! –gritou, levantei da cama e fui ter com ele, na cozinha.
–Bom dia, meu lindo. –dou um beijo nele, e sento.
–Preparei um pequeno almoço, especial. –disse.
–Porquê? –pergunto.
–Porque, eu convidei á tua mãe para vir aqui. –disse, eu quase cai da cadeira de tanta alegria. Eu nunca mais falei com a minha mãe, Eu tentava falar com ela, mas ela nunca falava comigo, nunca me deixava entrar em casa, eu compreendo, ela está magoada, muito magoada.
–Como você, conseguiu? –pergunto, ele sorri.
–Eu implorei, ela até chorou de felicidade. –disse, eu abracei o Niko e dei muitos beijos nele.
–Sabias, que eu te amo muito. –aperto as suas bochechas.
–Eu também, te amo muitíssimo. –dou um sorriso verdadeiro, e feliz.
–Eu vou me arrumar, a minha mãe daqui a pouco está aqui. –digo, dou um beijo nele, e saiu.

Estou ansiosa, estou muito ansiosa. Primeira vez, que eu fico assim, feliz ansiosa. Eu realmente mudei, agora sou a nova Kendra.
**

–Mãe! –digo, ela me olha com lágrimas nos olhos.
–Filha! Minha filha. –corri até ela, e abracei forte, não quero saber de nada, eu só quero abraçar, ela. –Você está linda. –disse, eu dei um sorriso verdadeiro.
–Boa tarde, minha senhora. –Niko disse, minha mãe sorriu e segurou nas suas mãos.
–Muito obrigada, por você ter ajudado a minha filha, muito obrigada. –minha mãe disse chorando.
–Senhora, eu amo a sua filha, eu fiz isso porque á amo muito. –Niko disse, e sorriu para mim.
–Estou morrendo de fome, vamos comer.
***
–Mãe, precisamos conversar. –digo, ela senta no sofá. –Eu quero pedir desculpas, mãe. Você me criou, você me deu amor, você me ensinou, você deixou de comer, para me dar á mim, você lutou por mim, você trabalhou para me dar, tudo de bom. –lágrimas já caiam dos meus olhos, e dos olhos da minha mãe. –Eu te amo, desculpa por tudo, por ter te tratado mal, por ter te humilhado. –seguro nas mãos da minha mãe.
–Filha, Eu te amo muito, eu desculpo você. Me desculpa, por ser pobre. –disse.
–Mãe, não peças desculpas. Eu é que sou uma ingrata, não soube valorizar você. –choro ainda mais, eh, eu sou uma chorona.
–Eu só quero, ser feliz com você. –disse, eu sorri, um sorriso verdadeiro, talvez o mais verdadeiro de todos.
–Eu também, mãe. Minha mãe. –respondo e abraço ela, bem forte mesmo, nunca á quero perder, nunca.

Coração partido Onde histórias criam vida. Descubra agora