"Há uns que morrem antes; outros depois. O que há de mais raro, em tal assunto, é o defunto certo na hora exata."
(Mario Quintana)
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O amanhã não despertará, ao menos, não para mim.
Será que sentirão a minha falta? Será que, quando encontrarem o meu corpo frio no chão rachado, perguntarão o porquê? Provavelmente, não saberei. Não saberei porque estarei na escuridão sem fim, e nela esquecerei desse mundo medíocre e cruel. Finalmente, abandonarei nas esquinas da vida toda essa agonia, tristeza e desespero. Deixarei para trás o meu desapontamento com a população, a qual continuará sendo tão vazia e artificial. Não me importarei, entretanto, com o destino da minha caótica alma. Talvez, ela queimará nos mais ardentes fogos do inferno, ou descansará nos verdíssimos campos do paraíso. Mas, com sorte, tornar-se-á apenas um velho pó que navegará eternamente no nada. Sinceramente, ninguém saberá e tão pouco importará. A verdade é que não existirá mais futuro para mim.
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A Poesia dos Big Bangs
Poetry"A Poesia dos Big Bangs" trata-se de um conjunto de sentimentos turbulentos, os quais se transbordam em versos e textos. Versos e textos que não possuem um assunto definido, e sim o desejo de transmitir um pouco do caos dos mundos, tanto do inter...