IVY II ➛ JUSTIN BIEBER

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- Ivy Smith

Não conseguia tirar os olhos do Justin.

Enfrentava o juíz, ouvia todas as acusações que lhe foram feitas, tanto no Canadá há anos atrás, como  agora.

Lágrimas deslizavam pelo meu rosto, não conseguia imaginar o quão magoado estava, o quanto lhe custava ouvir as palavras do juíz. Ao meu lado, Pattie tentava manter as lágrimas nos olhos.

- Porém, uma última evidência chegou-nos ás mãos esta manhã.

Arregalei os olhos.

Um vídeo passava pelo ecrã utilizado em corte. Avistava o Justin a abadonar o motel às horas que havia dito. Enquanto, um grupo de quatro homens com máscaras e roupas pretas entrara.

Reparei na hora assinalada no vídeo e cobri o meu rosto, incrédula. No momento em que arrombaram a porta, Hailey desligou uma chamada.

A chamada que tivera comigo.

Estava extremamente chocada com as imagens.

Nunca duvidara da inocência do Justin, no entanto, sentia-me tão aliviada pela última evidência ter chegado.

O juíz arquivou todas as acusações, desculpando-se a Justin.

O rapaz levantou-se, apertou a mão do juíz e olhou para mim. Reparei nas lágrimas que deslizavam pelo rosto. A sua mãe levantou-se, apressando-se a abraçar o filho.

Olhei para o meu pai, sussurrando um obrigada sincero.

- Babygirl? – Caminhei na sua direção. – Obrigada por não teres desistido de mim, mesmo depois de...

Enrosquei-me nos braços dele, ouvindo-o soluçar. Colei os lábios à bochecha dele, limpando as lágrimas que deslizavam pelo seu rosto.

- Vamos para casa, ok? – Sussurrei, mordendo o interior da bochecha.

- Quero compensar-te por tudo.

- Mais uma vez?

- Achas que vou desistir de ti? Foda-se, gosto demasiado de ti para o fazer.

- Justin, não quero que o faças.

- Não me podes deixar.

- Não há volta a dar. Estou tão magoada contigo e sinceramente, não consigo sequer confiar em ti.

Afastei-me dele.

Caminhei até ao meu pai, que me esperava.

Saímos do tribunal.

Era a nossa última noite no hotel, pois na manhã seguinte estávamos num avião, a caminho de casa.

Assim que cheguei ao quarto de hotel, sentei-me na cama e levei as mãos ao rosto, sem controlar as lágrimas que tanto insistiam por escorrer.

Virar as costas à pessoa que amamos não é fácil. As lágrimas nos olhos dele, a expressão perdida.

Por mais feliz que estivesse por ele, não conseguia deixar de me sentir traída e magoada.