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Luke andava cansado, não estava dormindo bem nos últimos dias, embora ele fizesse um esforço.

Faziam duas semanas.

Ele havia voltado à casa de senhora Irwin, no mesmo horário duas vezes. Não viu nada de anormal. Na primeira vez, na noite seguinte ele notou que o teto do viveiro estava consertado. Não totalmente, a telha não estava pregada nem nada, apenas estava alí, protegendo os animais da exposição.

O garoto achou muito estranho o fato de senhora Irwin ter consigo erguer a telha naquela altura, a levantado sozinha.

Dois dias depois, ele voltou. Com a mesma delicadeza e o mesmo celular para clarear o caminho. Nada de novo aconteceu.

Exceto pela sensação que preencheu Luke. Era como se ele estivesse sendo observado, cada passo. Ele não tinha percebido antes, então deixou por acreditar que era algo de seu psicológico extremamente frágil, abalado... E curioso.

Mas não, Luke estava errado.

-x-

''Luke, querido, acorda! São 14:00 horas!''

Liz disse delicadamente ao tentar acordar o filho largado e torto no sofá, acariciando seu cabelo. O mesmo abre os olhos rapidamente, pois tinha sono leve. Ao ver sua mãe, boceja e enterra o rosto na almofada por alguns segundos.

''Isso, muito bem... Aliás, Hoje é sábado. Você não deveria entrar às 13:00 no trabalho?''

A mulher pergunta confusa, encostando o indicador no queixo tentando lembrar se era aquilo mesmo.

Luke se levanta rapidamente ao se tocar da hora e do dia, empurrando sua mãe gentilmente para o lado e correndo para o banheiro para lavar seu rosto e possivelmente voar para o trabalho.

''Obrigado, mamãe!''

Disse antes de fechar a porta do banheiro e enfiar o rosto em baixo da pia.

-x-

Foi ao trabalho sem ao menos trocar de roupa. Apenas arrumou o cabelo de uma maneira horrível, lavou o rosto, escovou os dentes, calçou os sapatos e jogou perfume por cima disso tudo.

A cidade não era muito movimentada. Não tinha nada além de poucos comércios pequenos, casas muito juntas ou muito separadas, um posto de saúde, coisas básicas para sobreviver em um lugar como aquele, cercado de lagos, árvores e montanhas. E para fazer os turistas sempre voltarem.

Luke trabalha em uma floricultura com uma querida senhora que não aguenta praticamente erguer 1kg de terra. Ele se ofereceu a ajudá-la depois que a grande idade chegou, e em troca, ela lhe ensinou como fazer jardinagem e bolinhos ''Romeu e Julieta'', não que Luke ligava. Ele nunca usaria essas coisas em sua casa. Talvez de vez em quando, quando um cachorro fuçava o jardim ou a fome batia, mas não sempre.

Ao chegar no recinto cheio de vasos floridos, pequenas árvores frutíferas e sacos de terras empilhados, foi direto ao balcão para falar com Dona Mary, que colocou os óculos, olhando-o de cima a baixo com um olhar preocupado.

''Lucas! Você se atrasou uma hora e ainda aparece igual um sem-teto. O que houve?''

Disse a senhora notando seu estado acabado, com olheiras e tudo.

''Eu só... Não dormi muito bem, me desculpe. Não vai acontecer de novo.''

O loiro passa a mão sobre os cabelos e boceja cansado, se sentindo envergonhado por ter coragem de aparecer naquela hora e naquele estado, o que ele pensou ser melhor do que não aparecer.

Se sentia tão fracassado por não conseguir nem dormir.

''Garoto, está tudo bem. Volte para casa, vá dormir. Descanse.''

Ela ri baixo notando a confusão no olhar de Luke.

''Tipo... Ir? Não posso, um dia de trabalho a menos é dinheiro a menos... Eu só preciso de um café e de...''

''Lucas, vá, meu querido... Hoje é sábado, não vai ter uma grande movimentação. Posso ficar aqui sozinha. Prometo não descontar de você.''

Nunca tem uma grande movimentação, ele pensou.

Se sentiu mais a vontade ao ouvir que a senhora não ia descontar de seu salário. Ele precisava daquele dinheiro mais que oxigênio.

Assim, agradeceu a velha com todos os 'obrigados' possíveis e a apertou em um abraço caloroso.

-x-

Ao chegar em casa, Luke não encontrou sua mãe.

Como ela pode ter saído em tipo, uma hora? 

Pegou seu violão, um copo de café e enfiou alguns cookies embrulhados em papel alumínio em seu bolso, saindo de casa.

Sua mãe não sabia que ele estava ''de folga'', e não tinha nada para ele fazer durante a tarde, já que Mike e Calum também trabalhavam aos sábados.

Mas ele sabia exatamente como ia passar aquela tarde.

Ia fazer o que mais gostava.

Andou por cerca de 40 minutos em um bosque, até chegar em uma parte em que o solo acabava, onde dava para ter uma visão e tanta de toda a cidade, o lago, fazendas afastadas, jardins floridos, casinhas e casões... Era seu lugar preferido, onde o vendo batia bem fresco, o sol era mais forte mesmo sendo tampado por árvores e mais árvores deixando Luke mais escondido do mundo e mais perto do céu.

Apenas alguns faixos de luz atravessavam as árvores, um deles clareando Luke de forma divina.

Ele se senta na grama, bebendo café e comendo cookies enquanto toca músicas românticas, tristes e suaves. A natureza tinha se calado para ouvir Luke tocar melodiosamente. Até as criaturas mais estranhas e improváveis pararam para escutar.

Luke sentiu mais uma vez a sensação de ser observado, mas não olhou em volta.

Apenas tocou até o sol começar a se pôr e o bosque ficar mais escuro, mas também não se importou com isso.

Pensou na sua vida durante todo o tempo, memórias antigas, momentos felizes que não iam voltar.

Tentou relaxar, para Luke, aquele lugar era sagrado, não podia ter qualquer tipo de melancolia. Mas então ele começou a chorar silenciosamente, encostando a cabeça em seu violão e abraçando a si próprio. Não sabia o porquê, talvez fossem seus traumas passados. Ele se sentia preso naquela cidade, com medo de sair e ser alguém com problemas de novo.

A sensação de ser observado continuava, fazendo-o pensar que era fraco e louco.

Segundos se passaram apenas com o barulho da respiração de Luke no ar, até que...

''Eu imploro, não pare de tocar.'' 



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Hey tios e tias, aqui estou eu. Como sempre, desculpem qualquer erro. E também, perdão pela demora. Minhas aulas começaram na segunda e eu to fodida, tenho muita coisa pra fazer. De tarde eu só durmo e de noite também (kskskssks)

Espero que o capítulo tenha ficado no mínimo apresentável, porque eu tive 30 idéias de como fazer Lashton se encontrar, e acabei colocando uma de última hora. Aposto que amanhã eu vou pensar ''Poxa, eu devia ter feito assim [...], ia ficar melhor pra história''

Beijos, eu falaria mais, mas to com sono. Deixo tudo pra depois

Woods •Lashton H.•Onde histórias criam vida. Descubra agora