O Lobo Selvagem [Concluída]

XII

-Bom... Sabe July, eu meio que estive confuso sobre o que fiz realmente, pois me arrependi de tudo que fiz, mas agora que falou do meu verdadeiro pecado, a razão que me prende aqui, talvez possa estar certa

- Sabe que estou

- Pois é, você pode me ajudar mais cm isto?

- Sim claro, Leli, como quer que te ajude irmão?

- Preciso de uma terapia para deixar este lugar e desprender de meu passado

- Hum, é isso que quer?

- Sim, não tenho dúvidas

- Olha maninho, esta terapia vai exigir muito de você - Assinto e ela continua a falar, me explicando como irá funcionar a terapia - Você vai fazer tudo o que eu mandar e aí vamos ver onde precisamos trabalhar

- Ta bom - Ficamos algum tempo conversando, e ao que parece a tristeza que ela estava sentindo se foi, num passe de mágica

Depois de algumas semana visitei July para o diagnóstico da terapia, fizemos vários testes, até dormi lá para evitar de ficar andando muito... Depois de uma semana de testes chega o dia de receber meu resultado e saber do que preciso. Foi uma semana muito conturbada, visita á videntes e á algumas bruxas bondosas.

- Bom Leli o que tenho a te falar é e todo 100% do que descobrimos, não foi fácil mas conseguimos e posso te dizer que 50% do resultado é ótimo e os outros 50% não são lá muito bom

- O que quer dizer mana?

- Bom, nos primeiros 50%, podemos te curar mas no outros você precisará de uma ajuda especial

- Como assim?

- Podemos te ajudar a aceitar muitos de seus erros e trabalharmos para que nunca mais o cometa e que vire uma pessoa melhor, mas a outra parte será apenas com alguém que a chamará de salvação, e esta será sua cura total.

- E onde encontro esta 'cura'?

- Não é para ser encontrada, ela irá te achar

- Quando isto irá acontecer?

- Não podemos saber, o tempo é incerto, terá apenas que esperar - Confesso que fiquei triste com esta declaração, será que vou esperar muito tempo? Lilia ainda me espera, ela ainda sofre por mim, preciso dela e ela precisa de mim

- O que vamos fazer agora?

- Podemos cuidar de uma metade da terapia, ou seja, a parte que irá aprender a conviver com seu passado, e aceitá-lo...

- Ta bom é o que eu tenho por agora

- Que bom que entendeu meu anjinho - Eu não gostava quando me chamava de 'anjinho', pois afirmava algo que nunca fui

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Passei três meses de terapia, na qual me ajudou bastante, hoje relembro meu passado e confesso que aprendi a aceitá-lo...

O que me lembra que devo urgentemente visitar July, minha mana deve ter achado que morri, afinal ela precisa ver Natasha, talvez esta garota que encontrei em meio a neve e que me faz sentir tão bem seja a minha salvação... Amanhã mesmo irei para Azca para visitar minha mana e apresentá-la Natasha

- Natasha... - Ela olha para mim com um sorriso esperançoso e sonhador, na verdade ela ficou o caminho inteiro com este sorriso, e ás vezes gargalhava baixo... ela parecia estar pensando em algo que a fazia ou faz muito feliz

- Amanhã teremos que ir a Azca, preciso te apresentar a uma pessoa muito especial para mim, seu nome e Juliane - Digo e ela me olha diferente, parece enfrentar uma briga interior ma não tenho certeza

- Ta bom Alex - Ela me dá um sorrisinho gentil e eu apenas assinto

Depois que chegamos na gruta, pego uma roupa que July me deu, saio para trás da gruta e me visto, nunca comentei com Natasha mas tenho algumas roupas que só uso quando volto á minha forma original, é uma pena que ela não tenha roupas novas, mas amanhã mesmo pedirei a minha linda irmã de coração que doe algumas roupas há Natasha

- Wow, onde conseguiu roupas novas?

- Eu as tenho guardada aqui

- Sério? onde?

- Naquele buraco que há na parede da gruta

- Ah

- Bom, eu agora preciso visitar Alexandre

- Eu estou muito cansada, não quero ir

- Você não necessita de ir, volto em algumas horas

- Ta bom

Saio da gruta e me dirijo a casa de Alexandre, ando alguns quilômetros até chegar

- Licença, Alexandre?

- Oi, Alex, finalmente, há quanto tempo não nos vemos?

- Há algumas semanas

- Alex - Diz Stela, ela voltou a sua forma original também assim como eu e Alexandre, mas há algo diferente em seu jeito

- Oi Stela, como está?

- Muito Bem e você?

- Vivendo, vim aqui para Alexandre cortar meu cabelo

- Sempre está grande quando volta né?

- Sim

- Venha Alex senta ali, vou pegar meu canivete - Diz Alexandre indo pegar uma bolsa feita de couro, ele tira o canivete e volta... Neste momento Stela se senta a nossa frente com um sorriso radiante

- Conta logo pra ele Steh - Diz Alexandre

- Contar o que? - Alexandre começa a cortar meu cabelo e olho para Stela que está imensamente feliz, ela está em êxtase de tanta felicidade

- Eu estou liberta de minha punição, amanhã na parte da tarde irei embora deste lugar

- Nossa... que bom Steh, isso é ótimo parabéns - Digo surpreso, mais uma amiga se vai

- Ela está se achando com este fato - Diz Alexandre mas sei que está com inveja e triste pois eles eram muito juntos, quero dizer, nós éramos muito juntos, um trio na qual eu era o sério, Stela a maluquinha e Alexandre o palhaço

- Não estou me achando, estou apenas feliz, mas por outro lado sentirei muita a falta de vocês meus curiscos ridículos - Ela como sempre nos chamando de curiscos ridículos

- Sabe Steh até hoje nunca entendi este negócio de "curisco" - Diz Alexandre

- Não é para ser entendido é para ser aceitado curi - Diz ela