XIV

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Natasha

- Bom eu sou Italiana, tenho 19 anos. - Realmente não sei o que dizer

- Como veio parar neste lugar?

- Eu estava em um camping com amigos, quando me perdi em uma grande floresta cheia de lobos

- Hum... -ela passa a mão no queixo - É estranho você não ter vindo em forma de animal - ela roça o queixo com a mão, sua expressão é de dúvida

- Como assim? - pergunto, não sei por que mas uma nostalgia bate em meu peito e sinto uma pontada de incerteza

- Olha Naty, eu te quero muito bem linda, mas há alguns segredos que ninguém, absolutamente ninguém sabe sobre este lugar, bom, ninguém exceto as bruxas bondosas, videntes e psicólogas

- Não estou entendendo nada

- Não precisa entender Nana - ela diz e sua voz sai tão doce que me sinto tão mole de repente - Tudo bem? - ela me olha preocupada

- S...Sim, estou bem - falo sentindo uma queimação em meu peito

- Não parece Naty - Ela me olha mais preocupada - espere aí - ela saí e depois de alguns minutos volta com um pano que coloca rapidamente em meu nariz

- Respire fundo - faço o que me pede em em questão de segundos me sinto bem novamente

- O... o que houve?

- Você passou mal - Ela diz calmamente - O que sentiu?

- Eu senti uma sensação de êxtase e uma queimação nostálgica em meu coração, como se algo o esmagasse

- Hum...

- Você tem alguma idéia do que senti?

- Sim... muitos já sentiram isto ao virem aqui - ela fala despreocupadamente

- Como assim muitos? - Agora tenho dúvidas moça, e quero todas as respostas

- Muitas pessoas já se sentiram como se sentiu ao me visitarem, pois estavam bem próximas de atingir seu limite total

- Explique-me direito

- Vejo que é muito curiosa meu anjinho, adoro curiosos, me divertem pois adoro falar. - Ela fala orgulhosamente, olho para ela em sinal de dúvida e ela logo fica séria

- Ok Ok menina - ela respira fundo fechando os olhos e solta o ar e seus olhos abrem lentamente, poxa ela é linda - Então Naty, o que acontece neste lugar não é do conhecimento de ninguém da laia do Alex, pois é um segredo que assola esta redondeza e jamais alguém irá descobrir a menos que vá de encontro ao seu destino ou se ainda viver aqui, só saberá se alguma de nós contar-lhe o que se passa

- Mas o que se passa aqui?

Ela chega mais perto olhando profundamente em meus olhos - Vocês não sabem mas na verdade estão...

- July - Alex entra na sala graciosamente atrapalhando a parte mais interessante da conversa

- Leli - July fala sem emoção

- O que aconteceu? Sinto um clima estranho - Ele diz, sempre gostei da maneira como Alex sabe ler o lugar que pisa.

- O que acontece querido maninho, é que você chegou no meio de um assunto importante, e nos atrapalhou na parte mais interessante - ela fala calmamente tomando seu chá de maça

- Um, me desculpe July, sei que odeia ser interrompida - Nunca vi Alex pedir desculpas

- Sem problemas - ela fala frustrada - Vão dormir aqui não é?

- Se nos permite

- Claro maninho, sempre - ela fala alegremente saindo de seu lugar dando pulinhos de alegria - venha vou mostrar seu quarto, Naty nos acompanhe

Fomos atrás dela e esta nos levou para uma ala onde haviam umas 4 portas, ela nos indicou o banheiro, e os outros três cômodos, um era seu quarto, o outro sua sala de com um divã e uma cama, além de instrumentos jamais vistos por mim, no outro cômodo era um quarto de solteiro, com uma cama estreita e um pequeno guarda roupa, ao lado da cama havia uma janela e uma poltrona abaixo desta

- Aqui é seu quarto Alex - Ela diz e ele assente - Venha comigo Nana

- Ok - Sigo ela que me leva ao primeiro quarto que mostrou, mas não havia abrido a porta.

Ela destranca a pequena porta e posso ver um quarto um pouco maior que o de Alex, com duas camas e um uarda roupa, era em um tom roxo com pontos brilhantes o que me lembrava estrelas.

- Sabe Naty, sinto que devo te contar algumas coisas sobre Alex - Ela diz sentando em uma das camas

- Hum, por que acha que devo saber Juju?

- porque sinto que quer saber, e sinto que esta apaixonada por ele - Ela diz olhando as unhas

- O que?... Não estou apaixonada

- Não minta para mim... nunca erro...

- Não estou menti...

- esta sim, você enganou você mesma há 5 anos atrás e está se enganando novamente

- Como assim "cinco anos atrás?" "se enganando novamente?" - Digo cheia de dúvidas, agora sim isto está começando a ficar estranho

- Não se lembra de cinco anos atrás? - Ela me olha fixamente, seus olhos me dizem tudo e no mesmo momento me dizem nada

- Hum...Não - Não sei do que está falando...

- Vou fazê-la lembrar - ela fala determinada - Mas não hoje, outro dia

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O Lobo Selvagem [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora