Apaixonados por ela - Livro 2 (Continuação Em Breve)

Capítulo 03

Estava sentada no sofá da sala à exatamente meia hora, depois do almoço. Devia ser três horas e alguma coisa da tarde, já que o almoço durou mais de uma hora. Na tevê passava um filme idiota de comédia enquanto o tédio me consumia a cada longo segundo que se passava.
Já havia perdido as contas de quantos carneirinhos tinha contado até aquele momento, quando Luan adentrou na sala todo sorridente. Ele se sentou no braço do sofá onde eu estava e passou seus dedos por minha bochecha, acariciando minha pele. O toque de seus dedos sobre meu rosto era algo divino.

— Porque está aqui sozinha, minha linda? -Perguntou ele se inclinando para beijar minha têmpora. — A Bruna resolveu dar um tempo?

Dei de ombros totalmente sem ânimo.

— Uhum.

— Vamos lá pra área, eu vou cantar uma música agora, que sei, que você ama ela.

— Mais tarde amor. -Respondi encarando a tevê.

— Que foi?

— Nada.

Ele levantou-se e em segundos atirou-se ao meu lado.

— Ih... Quando você diz, nada, já sei que é tudo. O que eu fiz agora?

O olhei e seus braços me envolveram.

— Nada. -Repeti inquieta.

— Fala amor.

— Nada Luan.

— Então vamos lá pra área, vem.

Sua mão segurou a minha mas eu não me mexi.

— Não quero amor, estou com dor de cabeça. -Comentei mau humorada.

— Chifre. -Sussurrou ele e eu o encarei.

— Como é, que é, Luan? -Perguntei perplexa.

Ele riu abraçando-me com mais intensidade, mas eu logo o empurrei de leve levantando-me.

— Tô brincando amor. -Disse ele pegando minha mão e puxando-me para sentar em seu colo.

— Sai, não quero mais papo contigo. -Resmunguei brava enquanto tentava, em vão, me levantar.

Luan abraçou-me fortemente e beijou minha bochecha.

— É só brincadeira minha linda. -Sussurrou e em seguida mordeu o lóbulo de minha orelha.

— Brincadeiras tem limite, Luan! -Retruquei ainda chateada.

— Desculpa amor, não faço mais. Eu só estava brincando, não era pra você ficar brava. Você sabe que eu gosto de te perturbar.

Sua mão puxou minhas pernas pra cima do sofá, que imediatamente dobrei, deixando assim, meus pés de fora.

— Uhum sei, será mesmo que é brincadeira?! -Sussurrei desviando o olhar.

— Ah qual é, não confia em mim? -Perguntou ele levemente magoado. — Larissa, você sabe que eu não teria coragem de fazer isso com você, a gente conversa tantas vezes sobre isso e já te mostrei muito mais vezes que eu quero você. Se eu não quisesse uma coisa séria eu não teria te pedido em namoro. E se não for pra sempre, que seja verdadeiro. Jamais teria coragem de fazer isso com você ou com qualquer outra garota! Você me deixa até magoado, falando isso.

Suspirei. Ele estava certo, e eu odiava ter que admitir isso.

Deitei minha cabeça em seu ombro e passei meu braço direito em torno dele.

— Eu sei. -Sussurrei fechando os olhos. — É que você fez piadinha na hora errada amor.

— Porque?