Wild - Dramione

Capítulo 21 - Postre

16 de Novembro de 1999, Witchland.

Hermione umedeceu os lábios e encarou o teto. Havia discutido com Draco e isso lhe estava incomodando muito. Estava irritada com o loiro.

E ele estava deitado ao seu lado, na cama de casal. O clima estava certamente tenso. Draco queria dizer algo, mas as palavras não saiam.

A castanha, percebendo que ele não diria nada, e não tendo a mínima vontade de falar também, desligou o abajur de luz alaranjada e virou para o lado, encarando a janela.

Estava sem sono, ambos não conseguiam dormir.

— Boa noite. — Hermione murmurou, percebendo que não conseguiria dormir sem ouvir aquelas mesmas palavras saindo da boca de Draco.

— Boa noite. — ele respondeu, com uma leve rouquidão. Agora sim, ele conseguiria dormir.

17 de Setembro de 1999, Witchland.

Como de costume, Hermione estava preparando o café, enquanto que Draco preparava algo para comer. Quase não haviam trocado nenhuma palavra aquela manhã.

— Hermione... — o loiro chamou sua atenção, enquanto ela fingia prestar a atenção na jarra de café. — Precisamos conversar.

— Você vai se atrasar para o trabalho. — sua resposta, curta e grossa.

— Não importa. Só sei que precisamos conversar, assim eu coloco para fora esse sentimento sufocante. — ele falou, apoiando o corpo na bancada da cozinha. — Não sei por que está brava comigo, eu não fiz nada e não sei como te provar isso.

— Sei que não fez nada. Mas você aparentemente me escondeu algo, certamente por algum motivo, estou certa?

— Não! — ele respondeu a pergunta como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. — Para de tentar encontrar algo onde não tem! Eu nem comheço Brenda direito. Essa acusação é completamente ridícula... E você vai ter que fazer uma escolha agora...

— Hum? — Hermione assumiu um semblante confuso.

— Isso. E essa escolha pode definir nosso futuro. Vai ter que decidir se vai confiar em mim ou na pessoa que lhe contou essa mentira. — ele falou, lançando-lhe um olhqr penetrante.

— Vou confiar em... — a resposta não era tão difícil de ser encontrada, de qualquer forma, sempre seria esta: — você.

— Escolha certa... — ele sorriu de lado, sem vida.

Hermione engoliu em seco e o abraçou, sem dizer nada. Draco também não disse nada. Era como se não fosse preciso palavras para definir aquele momento.

Eles podiam ser diferentes, super diferentes. Podiam discutir sempre por coisas fúteis, mas tinham certeza de que o destino lhes preparou apenas um caminho. E seguiriam esse caminho, não por falta de opção, mas por amor.

— Agora sim, está atrasado. — murmurou Hermione, contra seu peito. Ainda abraçada a ele, não queria mais soltá-lo, mas era preciso.

— Não vou ao trabalho hoje. — Draco falou, e Hermione sorriu. — Vou ficar com você.

— Bom mesmo. — ela normalmente discordaria daquilo, mas dessa vez não.

Draco e Hermione seguiram para a mesa para tomar o café.

— Vai me dizer agora, quem lhe contou aquela increditável mentira? — perguntou Draco, e isso fez a castanha fazer cara feia.