prólogo

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Estava a ponto de me jogar de um pequeno penhasco, pequeno pra uns mas grande o suficiente pra matar alguem! Eu nao sei se deveria acabar com a minha vida assim, sem mais nem menos, por um motivo tao banal, deveria destruir tudo que vivi por isso? Talvez essa fosse a maneira de deixar todos em paz, livres de mim, ja estava viciada em drogas, bebia e sofria depressão, seria menos um trabalho à dar pra Deus, à meus pais, à todos. Respirava fundo varias vezes sentia o meu corpo amolecer e dizer "nao va!" meu rosto estava molhado e vermelho, meus braços e pernas cruzados, minha roupa encharcada pela chuva que acabara de cair. Resolvi ir, ajudaria todo mundo se fizesse isso, quando estou a um passo de pular sinto dois fortes braços me segurarem e me puxarem ate o corpo da pessoa que me impediu:

- o que pensa que estava fazendo? Eu te amo de mais pra voce se matar! - eu sabia muito bem quem era

Flash back onn :

Vi uma multidão e varias pessoas rindo de mim, nao sabia porque daquilo tudo mas resolvi ir ate onde tinha começado a confusão, vejo o garoto que eu mais amo e que diz que me "ama" tambem, beijando minha melhor amiga, vi minha vista embaçar e sai correndo, fiquei dias chorando, me cortando, me drogando, sem ir a aula, ele me ligava e me mandava mensagem, eu nem sequer as lia, so queria morrer. Decidi me matar!

Flash back off

- voce beijou minha melhor amiga! Isso pra mim nao é amar!
- o beijo foi roubado, eu nao retribui! Eu te amo, e vou gritar aos quatro ventos, pra Deus, Terra, Marte, Vênus, mercúrio, urano, netuno, plutao, saturno, e ate Adrômeda vai escutar... - me soltou, levantou e abriu os braços- EU TE AMO AMANDA!

Eu nao sabia como reagir, levantei e sai correndo, corri mas ele me segurou pela cintura novamente:

- me solta Henry nao quero te machucar!
- nao vai!
- por favor!

Ele nao me soltou e eu dei uma pesada em seu membro e corri mais rapido o possível pra minha casa, via tudo embaçado e lágrimas escorrendo desesperadas pelo meu rosto sem querer cessar. Cheguei em casa e fui direto pro meu quarto, peguei minha melhor amiga e comecei a fazer novos desenhos desgrenhados noeu braço, vi a porta sendo aberta, puxei a manga da blusa pra baixo e pus a lâmina debaixo da perna, minha mae entrou com uma feição triste e preocupada:

- filha.... - me abraçou, nao conseguia mais falar, e depois de vários fungados, ela disse tres palavras - eu sinto muito!

Eu sabia muito bem do que e de quem ela falava, senti tudo doer, meu corpo doeu, meu coração doeu, lágrimas e mais lágrimas desceram pelo meu rosto, a abracei com uma força que eu nem sei daonde veio, chorava de soluçar, feito uma criancinha, era tudo culpa minha, eu fui muito burra, vi minha vista escurecer e o corpo amolecer, acabei desmaiando abraçada à minha mae.

A Filha De ÁrtemisOnde histórias criam vida. Descubra agora