Sonhei!!

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Sonhei! Sim sonhei contigo
Mas não me importei de sonhar.
Sim sonhei! Mas de um sonhar
Que me elevou o espírito e do qual não queria acordar.

Sim era um sonho,
Mas um sonho real,
Um sonho da vida que parecia uma dádiva,
Da qual a minha alma estava ávida.

Sonhei com esses teus olhos,
Olhos de um verde-esmeralda,
Dos quais minha alma ficou aprisionada,
E dos quais não queria ser libertada.

Sonhei! Errado! Ainda sonho
E quero continuar a sonhar,
A sonhar real, a ver-te como meu onírico real,
Como meu desejo sem mal.

Tu que és meu onírico real,
Por quem sonho e posso tocar,
Leva-me para dentro desse teu firmamento ocular,
Mostra-me as profundezas desse teu espírito tão belo de arrebatar.

Deixa-me sonhar contigo,
Não me tires tal prazer,
Não quebres tal sonho do real,
Deixa-me ser teu cavaleiro andante,
Teu ombro reconfortante,
Sonho meu, onírico real, olhos verdes, divinal!

Tu que me ignoras sem o saberes,
Que me feres e sangras a alma com gestos,
Gestos que me cortam como sabres,
E que me criam mil ferimentos.

Tu que me conspurcas, que me descontrolas
Este meu pensamento racional,
Criador de uma teoria relacional
De cálculos infra decimais.

Tu que me infectas o cérebro,
Que o inactivas sempre que por mim passas,
Que arrebatas minha alma, tornas o sentimento em meu credo.

Tu por quem eu sonho,
Desejo real do meu onírico.
Que me descontrolas e tornas-me não eu,
Que se não eu próprio noutro modo.
Passa por mim sempre que quiseres,
Descontrola-me,
Olha-me, para eu te olhar infinitamente,
Encosta-te sempre que vos apetecer.

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