Cartas

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Mil cartas já escrevi,
Tantas outras eu já li,
Cartas de amor,
Cartas de saudade,
Cartas de adeus,
Cartas de irmandade...

Cartas que mais não são que linhas,
Para as compreender é preciso saber ler nas entrelinhas.
Umas só uma página têm,
Outras mais de mil contêm.

Umas são cartas putas,
Outras são cartas lindas,
Sobre umas choramos,
Outras rasgamos.

Algumas cartas foram para o fogo da lareira,
Outras tantas foram escritas numa clareira.
Umas cartas foram o deboche, puro regabofe,
Outras tantas foram uma choradeira, sem pingo de brincadeira!

Cartas há muitas,
Mas como cartas de amor,
Cartas mais fortes que essas não há!
São cartas de pureza,
Cartas do profundo sentir do coração,
E o amor faz parte da humana natureza,
Que enlouquece com a emoção.

Tantas cartas já escrevi,
Outras tantas espero escrever.
As cartas são um meio de me expremir...
Demoro um pouco no seu começo,
Mas servem para esvair a emoção,
Senão entre a guerra do coração e pensamento... um dia... um destes enlouqueço!

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