Roteiro - O filme de nossas vidas

Cenas 91 a 100

CENA 91 - INT. HOSPITAL / QUARTO - DIA

O médico deixa Carla na porta.

Douglas olha para a janela.

Carla o observa da porta.

Douglas está coberto por um lençol e com a cabeça enfaixada.

Douglas se vira para Carla e trocam sorrisos.

DOUGLAS: Sente-se aqui.

Carla se senta na cadeira ao lado dele e pega sua mão.

CARLA: Como está se sentindo?

DOUGLAS: Como vê...

CARLA: Seu pai está vindo para cá.

DOUGLAS: (com dificuldade) Que bom. - Foi preciso acontecer isso para ele ignorar seu orgulho... Se ele não chegar a tempo diga que eu o perdoo.

CARLA: Não!!! Vai acabar tudo bem. - Vocês ainda vão se falar, e tudo que aconteceu será esquecido.

DOUGLAS: Se não acontecer assim, diga ao meu pai que ele tem o meu perdão. Não quero que ele se sinta culpado pelo que aconteceu.

CARLA: Não fale assim. (Chorando) Você não vai me deixar. Não pode me deixar agora.

Carla debruça sobre ele chorando.

CARLA: Por favor, não me deixe.

DOUGLAS: Você é a melhor coisa que me aconteceu. Com certeza é a melhor parte do filme da minha vida.

CARLA: Nossa história não pode acabar aqui, assim.

A enfermeira entra.

ENFERMEIRA: Venha! Vou lhe arranjar um copo d'água com açúcar.

Carla se levanta dizendo:

CARLA: Eu volto já.

ENFERMEIRA: Fique tranquila! Vai dar tudo certo.

CENA 92 - INT. HOSPITAL / SALINHA - DIA

Carla está sentada em um sofá muito abalada.

A enfermeira lhe trás um copo de água com açúcar.

ENFERMEIRA: Tome isso. Vai te acalmar.

CARLA: Obrigada.

Carla toma um gole.

Um grupo de enfermeiros e médicos passam apressadamente pelo corredor com aparelhos.

GRUPO: Rápido! Depressa! Vamos perdê-lo. Corram!

Carla vai até a porta aflita.

ENFERMEIRA: Calma!

Carla sai atrás do grupo.

CENA 93 - INT. HOSPITAL / CORREDOR - DIA

Carla os vê entrando no quarto de Douglas.

Carla desespera-se.

Segue rumo ao quarto e é barrada pelo médico.

MÉDICO: Não entre lá.

CARLA: O que está acontecendo com ele?

MÉDICO: Estão tentando salvá-lo. - Ele sofreu uma parada cardíaca.

Carla entra em pânico. Grita e chora.

CARLA: Não! - Isso não pode estar acontecendo. Ele não pode me deixar.

CENA 94 - EXT. CEMITÉRIO - DIA