Me Perseguindo?

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O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
1 Coríntios 13:4

Capítulo 3

Batucando meus dedos gelados na direção do carro eu seguia em voz baixa a melodia que saia do som. Justin Timberlake sempre fora tão épico, gostava da maneira como ele levava o ritmo da música, e sua voz, nossa, sua voz era a melhor. O vento entrava pela janela do carro fazendo minhas mechas castanhas brigarem entre se, formando nós terríveis de desmanchar. Isso não me incomodava, eu gostava da sensação do vento batendo no meu rosto, e das pontinhas bem cortadas do meu cabelo fazendo cócegas no meu pescoço. Eu também gostava de dirigir, sempre preferi ao carro do que avião, ou qualquer outro tipo de transporte. Por este motivo, decidi fazer minha viagem até Londres no meu audi vermelho, minha única herança que não foi leiloada - além do apartamento é claro -.

O GPS me manda virar para direita e afirma que já estamos perto do meu destino.
A rua era bem movimentada apesar de ser noite, havia uma cafeteria, um supermercado, e uma empresa ao qual não sabia do que se tratava. Pessoas andavam de um lado para o outro todo tempo, e os carros não paravam de buzinar. Varro o lugar com os olhos em busca de vagas.
Depois de um tempo, descubro que o apartamento ficava em um prédio alto e de azulejos azuis, ele ficava em frente à cafeteria, Mark, o porteiro, me induzirá a colocar o carro dentro da garagem do prédio alegando que eu podia usa-la quando quisesse.
Enfio a chave na tranca da porta de madeira branca e a giro com um pouco de dificuldade. O apartamento era aconchegante: a sala tinha um ar de espaçosa por conta das paredes pintadas de um branco gelo de impressionar, o sofá felpudo combinava perfeitamente com o carpete grosso esticado no chão. A única coisa que dividia a cozinha da sala era apenas balcão alto de mármore. De onde eu estava podia-se vê o corredor vazio que levava para dois quartos pequenos e um banheiro. Bem vinda ao novo lar Audrey.

Os leves raios solares atingiam meu rosto sem piedade enquanto o vendo soprava as cortinas finas. Me espreguicei sentando na cama macia, levando os braços para atrás das costas. Faço um coque alto e sigo para o banheiro com o objetivo de fazer minhas atividades matinais.
Depois do banho e de vesti-me, faço uma nota mental do que fazer hoje. Eu precisa ir ao supermercado, eu precisava achar um emprego, e eu precisava alugar o meu quarto vago para alguém. Paro em frente ao espelho me analisando, eu estava magra demais, minhas curvas estavam sumindo, mas, apesar das más circunstâncias o jeans preto me servia bem, graça o número baixo ao qual eu havia comprado. E meu suéter cinza um número maior que o meu caíra bem em me. As botas baixas negras, me protegiam do frio que o floquinhos de neve proporcionará na madrugada anterior. Deslizo os dedos gelados pelos cabelos castanhos claros tentando deixa-los ainda mais domados, e revejo mais uma vez meus olhos castanhos grandes demais para meu rosto em busca de algum quesito de marcas fundas. Se não fosse a maquiagem que cobrirá bem podia-se vê-las. Enfio o dinheiro dentro da bolsa pequenina e saiu do apartamento.

Eu podia senti o cheirinho do café adentrarem minhas narinas do outro lado da rua, e quase senti seu gostinho em minha boca. Meu estômago ainda não estava pronto para receber alimentos em grande quantidade, mas, pela primeira vez em dias eu estava com fome, talvez fosse o clima da cidade.
O sinal do pedestre abriu e eu atravessei a rua cheia de veículos observando uma banquinha de pulseiras no outro lado da rua com uma senhora simpática e rechonchuda atrás em busca de clientes. Nunca fui do tipo que gostava de bairros movimentados, mas, pela primeira vez desde que nasci a ideia de todos os dias serem assim me fazia bem. Talvez porque finalmente eu ficaria cercada de pessoas. Eu gostava da sensação.
Passei pelas portas de vidro da cafeteria, sentindo o aroma ainda melhor do que lá fora. Busquei uma mesa vazia e perto da janela e me sentei nela.

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⏰ Última atualização: Aug 13, 2016 ⏰

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