A mais de uma semana que não via Justin, mas sabia que ele vinha cá em casa visitar Angel e pegar algumas roupas. Tentava sempre não estar por casa quando ele lá estava, não conseguia olhar na cara dele, era doloroso de mais.
-Mamãe, papai está lá na sala, querendo falar com você – Angel falou entrando correndo pelo escritório.
-Droga – murmurei – Fala para seu pai vim falar comigo aqui meu amor – falei depositando um beijo suave em sua bochecha.
-Tá bom mamãe – ela falou abandonando o local.
Que porra queria ele falar comigo, achei que já tínhamos dito tudo, mas que foda de vida a minha.
-Oi Christiane – pausa – eu posso entrar? – ele falou me tirando de meus devaneios. Que saudades que eu tinha daquela voz calma, e daquele sorriso envergonhado. Oh Deus.
-Oi Justin – falei fazendo sinal para ele entrar. Ele logo entrou, se aproximando, depositando um beijo em minha bochecha. Merda eu amo esse garoto. Sentando-se de seguida na cadeira da frente.
-Tudo bem com você? – ele perguntou sorrindo.
-Hum Hum – murmurei. – E com você?
-Tudo bem. Vim avisar que hoje vai vir um carregamento que teremos de pegar, estou contando com sua ajuda. – ele falou sorrindo. Realmente nessa semana tinha mudado muita coisa, Justin parecia normal e sereno, o que era estranho neste momento, mas que se foda, eu não ia voltar com minha palavra, pelo menos por agora.
-Irei ajudar claro – falei sorrindo.
-Então até mais tarde, nos encontramos aqui em casa – falou se levantando – Vou levar Angel para passear, quer vim junto?
-Tenho assuntos para tratar, vão vocês e se divirtam – falei sorrindo de lado.
-Tá bom, até mais tarde então – ele falou abrindo a porta.
-Justin – o chamei fazendo ele me olhar, parado na porta – É bom ver você assim – falei fazendo ele dar um enorme sorriso.
-É bom ouvir isso vindo de si – ele falou fechando a porta atrás de si.
A tarde passou bem rápido, tratei de todos os pagamentos e carregamentos de todas as boates, passei a tarde fazendo telefonemas, até Angel entrar pelo escritório correndo.
-Oii mamãe voltei – Angel falou pulando em meu colo.
-E como foi sua tarde meu amor?
-Foi legal mamãe, papai me levou no cinema e comi pipocas – pausa – Porque você não veio? – ela perguntou com uma voz triste.
-Mamãe teve muito trabalho amor, para a próxima mamãe vai, tá bom? - falei a abraçando de lado.
-Tá bom, cadê Jazy e Jaxon? – ela perguntou saindo de meu colo.
-Tão lá em cima com Katie. – falei remexendo em meus papeis.
As horas se passaram, resolvi ir lá em cima jogar uma água no corpo e vestir uma roupa confortável. Acabei vestindo minha calça justa preta, com uma blusa moletom cinza, do Justin, podia ser que ele não notasse, e minha bota preta.
Fui no quarto das crianças, dar um beijo nelas antes de sair, desci as escadas, Justin já tava me esperando.
-Boa noite – falei sorrindo de lado.
-Heyy, vamos? – ele falou sorrindo.
-Cadê os moleques? - Perguntei.
-Eles já lá estão, vamos logo – ele falou andando na minha frente.
Entrei no carro, o caminho foi calmo, Justin abanava a cabeça ao som da música e de vez em quando me olhava sorrindo.
-O carregamento vai ser numa praia? – Perguntei confusa.
-Hum Hum – ele murmurou.
-Chegámos – ele falou ao fim de um tempo, estacionando.
-Não vejo ninguém não Justin – pausa – Apenas umas luzes lá no fundo – falei o olhando.
-É lá mesmo – ele falou sorrindo.
Que droga, Justin não parava de sorrir por um minuto, era constrangedor, porque era suposto eu estar brigada com ele, mas vendo ele sorrir a toda a hora, fazia com que eu sorrisse também.
-Minhas roupas ficam muito bem em você – ele falou no escuro da noite, mas ainda assim eu sabia que ele tava sorrindo.
-É...eu sei – respondi envergonhada.
Continuamos andando, até eu me deparar com uma cama em forma de coração, debaixo de uma cabana iluminada, com música, várias fotos minhas, de Justin e de Angel, e uma mesa com comida de todas as espécies.
-Porque você fez isto? – perguntei o olhando, com uma expressão envergonhada.
-Eu fiz isto para me desculpar de todo o sofrimento que causei a você, sei que não chega para me redimir, mas eu vou lutar por você, eu já não sei como é viver sem você, eu errei, eu sei disso, mas por favor Christiane me perdoe, pelo amor de Deus, me perdoe, não aguento mais sem você...- o abracei forte, sentindo seus braços envolverem minha cintura, eu mesma não aguentava mais sem ele, o amava de mais para ficar brigada com ele.
-Eu amo você – falei o apertando mais.
-Eu vou beijar você! – ele anunciou pegando minha cara delicadamente, me beijando logo em seguida, um beijo calmo, apaixonado e muito delicado.
Justin foi muito querido em fazer isto para mim, ele tinha errado e muito, mas ele se arrependeu, e acho que isso vale muito. Comemos, ouvimos música, conversamos e no fim dançamos bem agarradinhos.
-Gostou? – justin falou me abraçando de lado, até ao carro.
-Eu amei, obrigado.
Voltámos para casa, o portão estava aberto o que era estranho, todos os carros se encontravam ali, até o de Jeremy.
-É outra surpresa? – perguntei sentindo uma sensação estranha percorrer meu corpo.
-Preparada por mim não – Justin falou confuso, pegando minha mão.
Entrámos em casa e todo o mundo tava lá, algo de errado tinha acontecido, Pattie chorava, e todo o mundo estava com uma cara nada boa, até seguranças tinha na sala.
-Que tá acontecendo? – Justin perguntou, mas ninguém falou, apenas se entreolharam – Que merda aconteceu, alguém me explica? Cadê as crianças?
-Justin – Alfredo o chamou – Seus irmãos, sua filha e Katie desapareceram.
Meu coração apertou de uma maneira inexplicável, fiquei intacta, não consegui mexer um músculo, ou prenunciar alguma palavra.
-O QUE VOCÊ FALOU? – Justin girtou, largando minha mão.
-Quando chegámos cá, ficámos aqui na sala, mas depois ouvimos um estrondo e fomos lá em cima, e quando chegámos eles já lá não estavam e a janela tinha sido arrombada – pausa – E os poucos seguranças que aqui havia foram mortos.
-Isso não pode estar acontecendo – Justin falava andando de um lado para o outro.
Corri para o escritório, peguei minha arma, e nas chaves de meu carro e voltei para a sala correndo.
-Onde você vai Chris? – Justin perguntou agarrando minha mão.
-Eu sei onde eles estão! – falei me soltando.
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A Haven of Life!
FanfictionChristiane Felix uma adolescente sensível e inteligente, que em menos de um anos após ter fumado o seu primeiro "charro", é obrigada por Detlef um rapaz por quem se apaixonou, a injetar-se com heroína e prostituir-se para pagar a sua dose...