Capítulo 32 - On Fire

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Acordei sentada na mesma cadeira, amarrada do mesmo jeito. Merda, minhas costas doíam pra caralho, e meu corpo todo, estava gelado.

-Bom dia princesinha – Detlef entrou pela porta do quarto, me encarando, sorrindo.

-Só se for para você! Não basta estar gelada, e ainda dormi nua, amarrada a uma cadeira. Acha isso bem?

-É tem razão, foi mal. Logo vai dormir comigo bem quentinha.

-Legal, agora me tira daqui e me dá qualquer coisa para vestir.

Ele não falou nada, apenas saiu do quarto e voltou com um short, um moletom, e uma cueca box.

-Obrigado – disse simples.

-Tem fome? – Ele falou sorrindo.

-O que você quer de mim? – Perguntei o olhando, vendo seu rosto mudar. Eu realmente não entendia, num momento ele me batia e era grosso comigo, noutro era a pessoa mais querida do mundo. – Me diga, o que você quer de mim? – Repeti.

-Eu quero tudo de você, eu amo você mais que tudo em minha vida, eu não aguento ficar sem você, eu preciso de você, agora, e sempre. Minha maneira de amar é assim, e eu não posso fazer nada. Eu tenho este jeito grosso, mas era incapaz de matar você. Eu sei que fiz muita coisa errada mas... – se sentou na cama me encarando – Eu amo você.

-Você já me matou! Só você que não entende isso? Eu já amei você, eu já amei muito você, mas desde o dia que você me meteu naquele quarto e me drogou com tudo o que podia, desde o dia que magoou minha mãe e minha irmã, você passou a ser aquilo que eu mais odeio. Se você realmente me ama, me deixa viver minha vida, deixa eu ser feliz com a pessoa que amo e que sempre quis meu bem, me liberta.

-Prefiro que você morra, a deixar você ir. Você é minha, você assinou, agora não tem mais jeito. É minha submissa! – Ele me olhou sorrindo.

-Sua quê? Eu não assinei nada – disse quase gritando.

Detlef saiu do quarto sem dizer nada, quando voltou trazia uns papéis na mão.

-Leia, tá assinado por si. – Ele disse, me entregando os papéis.

Contrato

"A submissa obedecerá a quaisquer instruções dadas pelo dominador (Detlef), sem hesitações nem reservas. Concordará com qualquer actividade sexual considerada adequada e prazerosa pelo dominador.

• Atos que envolvam fogo

• Atos que envolvam agulhas, lâminas, perfuração ou sangue.

• Atos que deixem marcas permanentes na pele

• Atos que envolvam o contacto directo com a corrente eléctrica, fogo ou chamas.

*O incumprimento do contrato será seguido de um castigo, á escolha do dominador.

• Açoitamento

• Ser mordida

• Palmatórias

• Gelo

• Fogo

Assinatura da submissa: Christiane Felix"

-Você é louco, eu não assinei nada disso, eu não lembro de nada disso – falei surpresa depois de ler aquilo, e ver que era minha assinatura.

-Ontem quando eu droguei você, depois você assinou – ele falou sorrindo.

-Você é um merda, eu odeio você. Você disse que me amava, não é o que tá parecendo. E eu não vou fazer nada daquilo. – Falei jogando o papel no chão, indo em direcção á porta. Sendo agarrada e jogada no chão, por ele.

-Nunca mais diga, que eu não amo você. E vai fazer tudo aquilo sim, você leu, e sabe que tem castigo se não o fizer. Que tal começarmos já?

-Tenho fome – falei seca.

-Tudo bem, vamos comer. Hoje eu não faço nada com você. Mas amanhã já sabe. – Ele disse saindo de cima de mim.

-Tudo bem – Mas que merda era essa? Esse moleque é louco. Fui para a cozinha, tomei meu café da manha, e logo me lembrei de minha irmã, de Justin, de minha mãe, das crianças. As saudades que eu já tinha, e nem um dia havia se passado.

-Ei acorde – Detlef falou fazendo me despertar.

-Preciso de notícias de Caissy – falei breve.

-Ela não morreu

-Como você sabe?

-Eu simplesmente sei, agora coma.

Terminei meu café da manha e logo me levantei.

-Onde vai? – Detlef me perguntou.

-Eu preciso descansar, minhas costas estão doendo.

-Tudo bem pode ir.

Voltei para aquele maldito quarto, eu iria sofrer muito ali, mas tinha de seguir com meu plano. Me deitei e várias lembranças vieram em minha mente, tentei ser forte desde que entrei nesta casa, mas uma hora agente cansa, como eu ia sair dessa? Eu realmente não sabia, mas eu ia sair.

-Acorde logo Chris, já dormiu o suficiente.

-Larga de ser chato Bieber, me deixa dormir – falei ainda dormindo.

-QUE MERDA VOCÊ ME CHAMOU? – Fui empurrada da cama, logo despertei.

-Você é louco? Eu tava dormindo, não precisa ser tão grosso assim.

-Você me chamou de Bieber, como quer que seja brando com você? – ele falou e logo entendi, eu falei enquanto dormia. Fodeu!

-Normalmente quando as pessoas dormem, não tem controlo sobre o que fazem ou dizem. Me desculpe. – falei. Mas logo fui empurrada de novo, ele me amarrou a umas correntes de aço que tinha na parede, mas primeiro tirou toda a minha roupa.

-Eu pedi desculpa, pare por favor – entrei em pânico quando vi ele acender uma toxa com fogo.

-Cala a puta dessa boca – ele falou vindo em minha direcção.

Em seguida pousou a toxa num suporte que tinha ali, e pegou num chicote. Começando a bater-me com ele, criando pequenos golpes em meu corpo.

-Pare com isso você é louco – eu gritava e chorava ao mesmo tempo, praticamente meu corpo estava coberto por pequenos golpes, devido às fitas de cabedal do chicote, que cortavam minha pele.

-Já falei para calar essa boca. – pausa – Para a próxima tenha mais cuidado quando dorme. – Detlef parou com o chicote o poisando no chão, em seguida foi buscar um balde de água frita, atirando em mim, tirando algum do sangue que escorria por meu corpo. Depois foi buscar a toxa.

-O que você vai fazer com isso? – Falei com uma expressão de medo.

-Vou aquecer um pouco você, a água devia estar gelada – falou sorrindo.

Vi Detlef ir em direção a uma cómoda e abrir uma gaveta, de lá tirou uma ferradura em forma de D, depois aqueceu a ferradura na toxa, durante uns 10 minutos.

-Prontinha! – ele falou sorrindo, vindo em minha direcção.

-AHHHH PARE POR FAVOR – implorei, sentido aquele metal quente em contacto com minha pele.

-Sua perna vai ficar bem bonitinha com a inicial do meu nome.

-Eu odeio você – falei em sussurro, sentindo minha perna arder.

-Eu amo você – ele me desprendeu das correntes e me indicou o banheiro, para tomar banho.

A água me ardia em todo o meu corpo, pelos cortes e pela queimadura em forma de D, em minha perna, não era muito grande, graças a deus.

Saí do banho e tinha uma toalha lavada, onde me enrolei, uma regata, uma cueca box, e uma pomada para aplicar na queimadura. Desgraçado. Murmurei.

Saí do banheiro, e não vi mais ele, logo fui directo para a cama, pegando no sono.


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