O Carinha Do Terceiro (Livro - I)

10 - Começar do fim

"O que seria dos começos se não existissem os finais?"

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Já era uma terça-feira. Não teve aula pois foi planejamento dos professores, meu plano era fica em casa, mas a Ster, minha amig lá da sala, implorou por minha ilustre presença para passear no shopping, e ir ao cinema, não tinha nada a perder, então resolvo ir.

Nunca fui o tipo de pessoa que tivesse paciência para se arrumar, mas nesse dia alguma coisa me dizia para eu ir "bonito", difícil? Muito. Impossível? Com certeza.

Fui de calça jeans, camisa social verde tênis e um topete, só tenho a agradecer ao gel de cabelo.
Enfim, cheguei no horário combinado, Ster não tinha chegado.

Tinha se passado meia hora e ela chega, eu tava um pouco bolado, talve muito. Ela foi de calça jeans azul escura e uma blusa amarela, e claro, ela estava bonita.

- Sim filha, você tava atravessando a pé a cidade é caboca... Perdemos a sessão - Digo, bufando um pouco.

- Boa tarde também. Eu só precisava fica mais diva. E relaxa que a gente pega a próxima sessão meu amor, tempo não é a questão - Comenta Ster.

- A próxima sessão começa daqui a uma hora, até la a gente faz o quê?

- Passeiar e conhece gente nova. E o mais importante você vai me falar o como tá você e o James...

Ster sabia do James e do César, falai pra ela pois confiava nela.

Fomos para a praça de alimentação e começamos a conversa:

- ...E foi isso a gente se Abraçou e ele foi embora. E eu fui pra casa atrás. E isso. Não nos falamos desde aquele dia. Mas estamos bem. Eu acho, sei lá.

- Caramba! E você acha que você gosta dele? Na mesma intensidade? - Pergunta Ster.

- É... Sei lá... Eu não sei dizer sobre isso. E tem o César, eu ainda sinto algo por ele.

- Puts. O quê você vai fazer quando César voltar do repouso? Tipo quando vocês se encontrarem. Porque isso vai ser inevitável.

- Eu irei falar a verdade.

- E qual é a verdade?

- Que eu gosto dele.

- E James?

- Um erro.

- Está bem. Boa sorte você vai
precisar - Me deseja Ster, rindo - Enfim, vamos compra as pipocas?

- Sim. Só me espere tenho que ir ao banheiro.

Fui ao banheiro. E ao sair do banheiro,  um indigente vem e esbarra em mim. Mas detalhe ele tava tomando refrigerante, ou seja, eu acho que é de imaginar o que aconteceu. Isso mesmo ele derrubou em mim .

- AÍ NÃO QUAL?! - Digo, super irritado.

- Desculpa, desculpa, desculpa, eu não queria, foi sem querer desculpa, desculpa.

Ele estava com casaco, então ele deu para eu me limpar.

- Toma - Fala ele, ao me dar o casaco.

- Não precisa. Tô bem cara.

Até então, eu estava de cabeça abaixada me limpando. Resolvo voltar para o banheiro e pego papel higiênico e, enxugo as partes onde o sujeito me molhou com refrigerante. O cara vem atrás e também pega papel higiênico e faz o mesmo.

Eu seguro pelos braços dele, dou um sorriso e olho no rosto dele pela primeira vez e digo:

- Não precisa, eu dou um jeito.