O Selgen - VI

50 6 2
                                    

Já era noite e a ansiedade havia tirado o sono de Loris, todas na carruagem já dormiam inconfortaveis em suas posiçoes.

Lori olhou investigamente pras criadas para ter a certeza de que estavam dormindo, ao que parecia estavam, Ela pegou o antigo livro que escondia e o leu pela primeira vez:

Meu Querido Diario, 9 de julho de 1620.

Hoje eu fiz uma experencia que precisava relatar com outras geraçoes de feiticeiras, quer dizer, quero ser uma grande feiticeira e grandes feiticeiras geralmente relatam suas historias, Mas antes vamos fazer uma breve apresentação: Me chamo Valeha Wickland Dhaja Lopez, Tenho quatorze anos e adoro a magia de ligação! Quero que quando as pessoas ouçam meu nome a palavra ligação venha junto a mente. Minha mãe é a minha fiel companheira nesta jornada, vivo com minha "pequena" familia de sete irmãos, sou a unica filha mulher, Estou muito ansiosa para relatar-vós com minha descorberta, mas acho que não é legal lotar a cabeça de conhecimentos da pessoa que me lê já na primeira página, então seja paciente! Não pule nenhuma pagina! Irei relatar cada passo de minha aventura em busca do conhecimento neste livro, use essa sabedoria com cuidado!

Depois que Loris leu a primeira pagina percebeu que sua avó, Valeha a dona do diario, parecia demasiadamente com sua amiga Indi isso a fez se apaixonar pela jovem Valeha.

Sem perceber Loris já estava lendo a proxima pagina, estava tão concentrada nos pensamentos de sua avó que nem o chacoalhar da carruagem a interrompeu de sua leitura.

*

Já estava claro e a feiticeira havia acordado com uma insuportavel dor no pescoço, massageu-os levemente rezando para que não tivesse que dormir mais uma noite naquela carruagem.

- Bom dia, vamos fazer uma parada para comermos comida fresca! - Disse Becca entusiasmada, não havia ninguém na carroça alem de Becca e a feiticeira, Isso fez Loris se sentir magoada por ter sido esquecida - Vamos lá!

As duas saíram da carruagem, de inicio a luz do sol irritou os olhos da feiticeira que fez uma sombra contra o sol com uma das mãos.

- Onde estamos? - Perguntou Lori á Becca.

- Estamos no Vilarejo de Meseryn, não me pergunte mais nada, eu nunca saí de Floren essa é minha primeira vez! - Disse Becca dando pulinhos de alegria em direção a uma Taverna. Na porta da Taverna estava escrito A Gaiola da Bebada. Comparado aos nomes de Taverna que Loris ja ouvira falar, essa parecia um tanto simples, ao lado dizia que era permitido a entrada de mulheres.

- Vocês tem dinheiro, aqui só entra quem tiver dinheiro! - Disse a velha ranzinza assim que as duas passaram pela porta.

- Elas estão comigo, Teresa. - Manifestou-se Claudia interrompendo o fervor do olhar da mulher de cabelos brancos.

- É bom que você tenha dinheiro também, Claudia. - A mulher recolheu os copos abandonados de uma mesa e desapareceu por uma porta.

- Não liguem pra ela, venham queridas. - Disse Claudia guiando as meninas até uma mesa vazia. - Meseryn é uma vila bem caridosa, mas nunca é bom generalizar.

- São poucas as Tavernas que aceitam mulheres, não podemos reclamar.

Uma mulher mais jovem se aproximou e perguntou com um sorriso simpático:

- O que vão querer?

- Vamos querer a sopa. - Falou Claudia tirando qualquer tipo de chance das jovens se iludirem. O preço da sopa era o mais razoavel, o clima não estava favoravel para uma sopa, mas era o que tinham.

A mulher saíu e não demorou para trazer as tigelas de sopa. Loris e Rebecca comeram o mais rapido que puderam, pois o gosto não era lá dos melhores. Claudia insistiu em pagar em todas as paradas que vizeram.

A Rainha Feiticeira [Em Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora