A Fada Amaldiçoada

CAP 6

- Acorda... Olá, oi, ei dorminhoca!

Ouço uma voz me chamar e abro os olhos devagar, minha respiração estava lenta, e ainda deitada olho em volta com os olhos entreabertos - Ainda estou na casa daqueles dois - Digo em meus pensamentos. Quando de repente alguém que parecia estar bem eufórica me joga um travesseiro.

Levo um susto e me sento na cama, tinha uma garota sentada na ponta da mesma e ela me olhava sorrindo parecendo está animada com algo. Ela era muito bonita também, tinha os olhos verde que puxavam para um azul bem clarinho e a pele extremamente branca, que combinava com seus longos cabelos negros.

- Vamos levante! Como você dorme heim guria. - Ela começa a sorrir e se levanta da cama. - Quando me falaram que tinha uma fada aqui em casa eu nem acreditei, achei que meus irmãos estavam pirando como sempre. Mas pelo visto é verdade, me mostra suas asas? Elas devem ser incríveis. Seu cabelo é ruivo mesmo?

Eu arregalei os olhos e pensei "Quantas perguntas. Como eles não se impressionam com o fato de eu ser uma fada?", mas depois sorri de leve enquanto retirava as cobertas de mim - Bem... Eu acho melhor manter as asas escondidas por enquanto. E sim, eu sou ruiva. Olha não me entenda mal, mas eu preciso ir embora. Minha irmã está em algum lugar e ontem aconteceram algumas coisas que....

- Sim, sim. Eu já sei
Meu irmão mais velho deu uma de chato outra vez, eu fiquei sabendo. Mas relaxa, ele só tava querendo provocar como sempre. E você também não parece está completamente bem para sair por ai. - Ela cruzou os braços e me olhou, realmente ela estava certa. Eu queria ir embora, mas para onde? Eu não me lembrava de quase nada, nem de como me encontrava naquela situação dias atrás.

- Eu entendo...Mas é que tudo isso é muito confuso para mim, são muitas coisas acontecendo. Eu não consigo me lembrar de muitas coisas, só de alguns pequenos fragmentos, nem sei que lugar é este exatamente.

- Não se preocupe, você pode confiar na gente. Se meus irmãos quisessem fazer algo contra você, eles já teriam feito você não acha? Bem, eu me chamo Valentina. Muito prazer - Ela sorrio para mim e estendeu a mão.

- Muito prazer Valentina. Realmente eu reconheço que se eles quisessem fazer algo, ja teriam o feito.

- Exatamente. Então... eu pedi para uma das empregadas preparar um banho super relaxante para você. E depois você pode se vestir e vim almoçar com a gente, o que acha?

- Eu adoraria, mas não quero incomodar.- A verdade era que eu não podia ficar ali. Eu sentia que quanto mais tempo ficava naquela casa, mais coisas ruins aconteciam e mais eu me distanciava de minha irmã. Entretanto eu precisava da ajuda deles, talvez eles pudessem me ajudar a recuperar minha memória e eu poderia então ir para casa.

- Você não vai incomodar não, deixa de ser boba. Vem, o banheiro e nessa porta aqui do outro lado do quarto. - Ela me levou até o banheiro e eu entrei. Só então que me dei conta de que estava com uma camisola de seda branca, então fiquei olhando para ela pensando "como isso veio parar em mim"?

- Então...pode ficar a vontade. E não se preocupe, quem vestiu isso em você foi uma das empregadas -Ela sorrio e em seguida desapareceu de lá em um piscar de olhos.

Levantei uma das sombrancelhas e suspirei, fiquei por alguns segundos tentando processar o que estava acontecendo comigo, o por que de eu estar ali e como tudo isso foi acontecer. Em seguida Coloquei de leve uma de minhas mãos em meu pescoço e senti algo,era um cordão de ouro muito belo com uma linda e delicada pedra brilhante de Rubi, senti magia emanando dele e logo veio uma imagem em minha mente, eu estava sentada e uma mulher veio e colocou o colar em mim, então conclui que ele me pertencia.

Fiz um coque, Retirei a camisola e as minhas roupas de baixo e depois entrei na banheira. A agua estava ótima, eu realmente precisava daquele banho. Deixei apenas o ombro e a cabeça de fora e Fechei os olhos devagar para relaxar mais.

*****

- Nossa que gata, vem aqui - Várias vozes masculinas me cercavam - Ela parece ser meio tímida não é? Me mostra o que você tem ai...

- Não , não me toque! - Gritei.

Continua...