CAP 7

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- Não adianta gritar, ninguém vai te ouvir. - O homem desconhecido rasga parte do meu vestido. Eu não entendia o que estava acontecendo, quem são esses homens? Por que estão me perseguindo? - Me deixem em paz!

- Passa esse cordão se não você vai sofrer as consequências - Eles riam e se aproximavam. Um deles começou a passar a mão em meu corpo e a levantar meu vestido. Que nojo daquelas mãos me tocando! Comecei a ficar desesperada e a me mexer na banheira, banheira? Ótimo mais um dos meus pesadelos que estavam se tornando constantes. Tentei sair daquele sonho terrível mas não conseguia, fiquei oscilando entre esse sonho e o banheiro lutando para acordar.

Logo o pesadelo ficou mais intenso, eles já estavam com as mãos em meu pescoço. Eu tentei me sair mas estava quase sem forças para correr, sentia que algo terrível iria me acontecer. - Se afaste de mim! - Com as poucas forças que eu ainda tinha, os empurrei e fugi. Comecei a correr incessantemente até que fico tonta e Tudo começa a girar. Mas eu continuo correndo, apesar de está extremamente fraca por estar sangrando. Perco as forças aos poucos, sinto falta de ar... Já estou no banheiro novamente, eu estava me afogando na banheira. Vou desfalecendo, mas antes de ficar desacordada por completo eu vejo um rost...espera! É o rosto de Vincent outra vez, como já tinha visto antes na mesma situação. Então foi assim que ele me encontrou, ele realmente me salvou daqueles homens.

Vincent- Céus!

Sua voz era estridente então finalmente desperto e paro de oscilar entre o banheiro e o terrível pesadelo que estava tendo. Abro os olhos assustada e fico buscando ar, logo ele me enrola em uma toalha me tirando de dentro da banheira e me coloca no chão aonde havia se sentado comigo em seus braços.

Vincent- Você está bem?! Foi mais um de seus sonhos?

Coloquei a cabeça em seu peito e comecei a tossir, em seguida recuperei o ar e o olhei. Ele estava com uma expressão confusa e misturada com preocupação. -Aurora- Eu estou bem... Não se preocupe, foi apenas outro pesadelo. - Desvio o olhar para a porta do banheiro e lá estavam Valentina e Viktor sem entender nada também.

Vincent- "Apenas" outro pesadelo? Isso quase matou você afogada!

Valentina- Pode deixar comigo agora, depois encontramos vocês.

Vincent assentiu com a cabeça e se retirou juntamente com Viktor

Valentina- Guria você me deu um susto viu, te deixo sozinha por alguns minutos e você já está se afogando.

Ela sorrio e me levou até o quarto. Eu respondi com um breve sorriso e me sentei na cama ainda enrolada na toalha.

Valentina- Então... Você curte que tipo de roupa? Aqui tem alguns vestidos meus que eu não uso porque não faz muito o meu estilo sabe?

Aurora- Bem, qualquer coisa que seja confortável serve...- A olhei enquanto ela revirava o guarda roupas, em seguida ela retirou de lá um belo vestido lilás e branco. Ele era todo rodado até o joelho, realmente não fazia muito o estilo dela, Pois ela estava de calça jeans escura, uma blusa levemente decotada vermelha e uma bota cano alto preta.

Valentina- Esse aqui vai ficar legal em você.

Ela me entregou o vestido e virou de costas para arrumar a bagunça que ela tinha feito no guarda roupas. Eu peguei o vestido de suas mãos e me vesti, depois bati palma duas vezes e já estava devidamente arrumada da cabeça aos pés. Valentina me olhou e não conteve o riso.

Valentina- Sério que você faz essas coisas mesmo? Isso deve ser bem útil quando você tem uma balada pra ir mas ta atrasada.

Nem percebi que tinha feito aquilo, era quase que involuntário. Aurora- Sim é bem útil sim - Sorri - Mas eu não vou muito em "baladas"...

Valentina- Sei sim, você não tem cara de baladeira mesmo. Vem fada, vamos almoçar. To faminta.

Ela foi andando até a porta e eu a segui, Valentina parecia ser uma pessoa bem animada e descontraída e ao mesmo tempo misteriosa como seus irmãos, então tive que esclarecer uma dúvida que me deixava intrigada.

Aurora- Valentina - Paramos no meio do quarto. - Por que você e seus irmãos não acham nem um pouco estranho o fato de eu ser uma, vamos dizer, fada? E também parecem achar quase normal eu do nada desmaiar e quase morrer toda hora por causa dos meus pesadelos? Fora que eu tenho quase certeza que quem despedaçou a janela desse quarto foi eu.

O quarto foi tomado por um silêncio.

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Continua...

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