CAPÍTULO 4

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   Por incrível que pareça meu primeiro dia de trabalho foi bastante corrido, e olha que meu chefe nem na empresa estava. Era uma sexta-feira, um dia estranho pra se começar a trabalhar, mas como eu não mando em nada e a Dona Sol disse que era pra eu ir hoje, eu fui. Enquanto minha companheira organiza alguns documentos eu pergunto:

- Ana será se eu posso sair só um pouquinho mais cedo hoje, tipo uns 15 minutinhos? É porque eu tenho que passar no Rh pra pegar meu crachá. – Mal comecei a trabalhar e já estou pedindo pra sair mais cedo.

- Claro Denise, pode sim. Não se preocupe. Quinze minutinhos não vão fazer tanta diferença assim, afinal seu Leonardo nem está aqui.

- Muito obrigada, segunda estarei aqui no horário certo. Bom fim de semana! – Falo pegando minha bolsa no armário e caminhando rumo a porta.

- De nada! Pra você também.

   Sigo rumo a sala da dona Sol, pego meu crachá e vejo uma foto horrível. – Nossa Senhora, como alguém pode ficar tão feia assim em uma foto? Cruzes! Vou usar esse crachá pra espantar os mosquitos da dengue lá de casa. Nunca vi uma foto 3x4 sair que preste. - Digo pra mim mesma no elevador e de lá parto correndo rumo a parada de Ônibus. Não posso me atrasar, hoje o meu professor orientador do tcc ficou de passar umas orientações para mim e para a Amanda.

Graças ao meu bom Deus chego às 18 horas, o horário marcado. Encontro-me com minha melhor amiga que está me esperando na biblioteca.

- E ai amiguinha? Como foi seu primeiro dia de trabalho? – Ela me pergunta sorridente.

- Foi cansativo, mas muito bom também. Ainda tenho muito o que aprender.

- Sem problemas Ise. Você vai tirar esse trabalho de letra. E como é seu chefe? É gente boa?

- Tomara best. Ainda não o conheço, ele tá viajando e só volta a trabalhar na segunda.

- Ah sim. Gente importante é assim mesmo. A gente não tem esses problemas.

- Realmente não temos, nem somos importantes. – Caímos na gargalhada e algumas pessoas pedem silêncio. Uns chatos, porque estamos na área de reunião de grupos, aqui podemos conversar.

- Vamos nos encontrar com o prof. Paulo que ele deve estar a nossa espera.

- Vamos sim. – Nos levantamos e vamos até a sala dos professores.

   Depois da nossa reunião com o professor tivemos que passar na biblioteca para pegar alguns livros de pesquisa e assistimos aula normalmente. Quando já estávamos na condução lembro que não marquei nada para comemorar meu emprego novo.

- Amanda, agora que me lembrei que não marcamos nada pra comemorar meu primeiro emprego.

- É mesmo amiga, eu também esqueci. Meus dias lá no restaurante estão bastantes corridos. Mas o que você quer fazer?

- Eu não sei. Tava pensando em irmos a alguma festa. O que acha? Podemos chamar o Cláudio, Victor e a Rita.

- Hum...o Cláudio muito me interessa. – Fala com a cara de quem tem segundas intenções.

- Eu sei bem o que você quer. Então vamos?

- Vamos sim. Amanhã às 10 horas. Vamos todos juntos. Chegar em casa mando mensagem pra eles.

- Tá bom. Agora apressa amiga que sua parada é essa. – Digo sorrindo da sua cara.

- É mesmo, nem tinha percebido. Tchau Ise. Depois te mando mensagem. – Vai saindo do bus e gritando pra todo mundo ouvir. Que vergonha. Aceno tchau pra ela na janela e sorrio sozinha.

De repente é... AMOR! (#Wattys2016)Onde histórias criam vida. Descubra agora