CAPÍTULO 7

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Oi minhas leitoras, aposto que esse capítulo foi muito aguardado até porque eu estava louca pra postar. Fiz com muito carinho e espero que vocês gostem. Não esqueçam de dar aquele votinho e indicar a leitura do nosso livro para as amigas. Bjs e até semana que vem!  

 Acordei antes do despertador tocar, mal consegui dormir direito. Não tive coragem de me levantar e continuei deitada na cama lembrando de tudo que me aconteceu nos últimos dias, uma mudança significativa para uma menina que estava acostumada a só estudar e ser humilhada pelas irmãs. Lembrei-me também do meu passado, onde desde pequena minhas irmãs gastavam o tempo delas me enchendo a paciência. Perdi as contas de quantas vezes Carla ou Valéria roubavam o garoto que eu estava interessada. Elas jamais permitiriam que alguém como eu fosse melhor que elas, ou ficasse com um cara mais bonito do que os que elas ficavam.

   A diferença entre nossas idades não era tão grande, da Carla pra mim a diferença é de 3 anos, e de mim para Valéria a diferença é ainda menor, 1 ano apenas. Quando pequena as roupas que eu tinha eram herdadas da Carla, ia passando dela pra mim, agora pra Valéria as roupas eram sempre novas, não passavam de mim para ela, minha mãe dizia que era porque as roupas já estavam velhas e não serviam mais para serem aproveitadas. Tudo na nossa casa era pra mais velha ou pra caçula e eu era deixada de lado. Fui crescendo e aprendendo a lidar com esse tipo de coisa e tendo sempre em mente que meu esforço tinha que ser em dobro para demonstrar que eu podia ser melhor em algo. Infelizmente, não passei em uma Universidade pública e tive que ouvir mais uma vez que minhas irmãs eram melhores porque conseguiram vaga na USP e eu não. Passei em uma faculdade particular, desde então me esforço imensamente pra não reprovar nenhuma matéria e ser uma das melhores da turma.

Espantei meus pensamentos no momento em que o despertador do celular tocou. Levantei e fui fazer minhas higienes pessoais. Depois do banho fui escolher minha roupa, uma coisa muito complicada pra quem não tinha muitas opções, vesti todas as roupas mais arrumadas que tinha na semana passada, agora vou ter que repetir tudo de novo. Revirei meu guarda roupa e encontrei minha ultima peça social. Resolvi vestir o vestido social preto com branco, ele marcava minha cintura e estava a altura de uma menina que logo seria despedida. Dessa vez optei por um scarpan preto, mas não muito alto, passei uma maquiagem leve e um batom cor de boca. Penteei meus cabelos e esperei que eles secassem naturamente. Olhei-me no espelho e gostei do que vi. – Pronto Ise, você será demitida, mas saíra de lá em grande estilo. – Falei para mim mesma. Peguei minha bolsa e fui tomar café da manhã. Não disse nada para meus pais da minha demissão, não queria decepcioná-los mais uma vez. Tomei café rapidamente e partir rumo a parada de ônibus.

O bus não demorou tanto e pra meu pesadelo veio lotado, não consegui cadeira pra me sentar e tive que ficar em pé. Me equilibrava o máximo que podia em cima dos meus saltos, mas em uma curva não consegui me segurar direito e minhas mãos deslizaram no corrimão fazendo com que eu caísse sentada nas pernas de um cara, quer dizer, eu achava que era um cara.

- Aii... – O cara que eu sai sentada em seu colo gritou e eu logo percebi que ela era gay. – Tá louca bicha, quer me matar esmagada? Sou muito nova pra morrer. – Todos no bus olhavam pra gente.

-Desculpa. Não consegui me segurar. – Digo um pouco envergonhada e continuo sentada em seu colo.

- Tá bom. Vou fingir que acredito, embora acho que você só estava querendo se aproveitar do meu corpinho, mas fique sabendo que da fruta que você gosta eu como até o caroço. – Disse isso sorrindo.

- Eu jamais faria isso. Não sou atirada.

- Pois levanta do meu colo que eu não sou cadeira. – Me empurra pra que eu possa me levantar.

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⏰ Última atualização: Sep 04, 2016 ⏰

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