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Pedro Narrando

Assim que desliguei o telefone, desci as escadas.

- E aí? Ela está bem? - perguntou Rafa abraçado com a minha irmã.

- Sim...

- O que aconteceu? - perguntou a loira.

- Parece que ela encontrou alguém que pode tratá-la melhor...

- Ela pegou um gringo? - perguntaram juntos.

- Não, parece que ele tentou algo mas ela recusou. Só que ao telefone, eu fui dar uma indireta para ela e ela acabou entendendo errado, fazendo-a pensar em investir no Dylan.

- Dylan é o gringo assanhado? - perguntou Becca.

- Sim... - respondi.

- Não fica assim, brô. Você consegue arranjar alguma menina aqui. - respondeu Rafa - Não que eu não queira ter você como cunhado, mas eu sei que você consegue superar.

- Rafa, eu já sou seu cunhado. - respondi me referindo ao seu namoro.

- Ah, é verdade... - respondeu sorrindo dando um selinho em minha irmã em seguida.

Estou de vela, que ótimo.

- Acho que vou ser indicado ao Oscar: "A melhor vela do ano".

- Engraçadinho. - respondeu minha irmã.

- Não se você arranjar alguém. - disse Rafa.

- Como se a única garota que me interessa está fora do país?

- Você não conhece todas as garotas do mundo para saber. - respondeu a loira.

- Exatamente, amor. - respondeu Rafa - Hoje terá uma festa lá no clube e você irá comigo.

- E eu também, senhor Rafael. - respondeu cruzando os braços.

- Claro, meu amor. - respondeu a abraçando.

- Ah, eu não sei não... Não estou em clima pra festa...

- Ah, nem vem, Pedro! Vamos sim! E eu prometo que você não vai ficar de vela! - insistiu Becca - Quer dizer, isso só depende de você...

- Ai, tá! Eu vou.

- Ebaaa! - comemorou minha irmã me abraçando.

[...]

Assim que chegamos no clube, às 21:15, já não tinha mais vagas no estacionamento. Conclusão: estava praticamente lotado.
Entramos no salão de festas e pude enxergar a mesa do DJ logo ao fundo do salão; algumas mesinhas com petiscos; um bar e muita gente. Muita mesmo.

- Pedro, vem comigo. Vou pegar bebida. - gritou Rafa, devido à música alta.

Seguimos até o bar e avistei duas garotas nos encarando. Uma cochichava enquanto a outra olhava para nós e sorria levemente. Fiquei um pouco desconfortado com a situação mas ignorei. Ou melhor, tentei ignorar.

- Rafa, aquelas duas garotas não param de olhar pra cá. - apontei disfarçadamente.

- Perfeito! - sorriu.

- Ahn? Como assim?

- Ô, mula! É sua chance! Sorri de volta, vai que elas vem até aqui!

- Ah, eu não sei não...

- Relaxa, brô. Pode deixar comigo. - respondeu dando um piscada para mim.

Em seguida, Rafa acenou para as duas meninas que vieram em seguida para o balcão, próximo a nós. Será que tem como eu cavar um buraco aqui no chão e me enfiar lá dentro sem ninguém perceber?

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