Cap 7: Sem reaposta

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Ouvi passos cada vez mais proximos, esperei até ter certeza que não seria ele... aliás ele saiu a 4 horas atrás não poderia estar até agora no estacionamento do nosso prédio.

- Com licença, Senhorita Scott - dei um pulo no acento do meu carro com a voz de um homem
na janela do meu carro

- Ah... Meu Deus - Baixei o vidro e o encarei

- A senhorita está bem? Notei que chegou e estava bem tensa - ele disse enquanto eu passava os olhos por todo estacionamento

- N-Não... só estou cansada... obrigada

- Tem certeza? - ele perguntou

- Sim, sim boa noite, senhor

- Boa noite, Senhorita.

Ansiedade? Não! Talvez medo...
Medo dele? Pffff.... Oraaaas Por favor, medo do que? Oque ele pode fazer contra mim? Sou eu a sua chefe se tem alguém que pode fazer algo aqui sou eu... bom pelo menos na delegacia.descartei a possibilidade de estar me sentindo amedontrada por aquele estupido vizinho e apertei o botão do meu andar...
Olhei para meus pés e em seguida para os números que apontavam os proximos andares, a porta logo se abriu e eu saí devagarinho olhando para os lados. Me convenci pra mim mesma que não estava me escondendo dele por que eu não teria motivos pra isso a não ser que eu estivessse intimidada por ele e claro que eu não estava. Abri rapidamente minha porta e entrei tirando os sapatos. Joguei a bolsa na minha poltrona e abri os 2 primeiros botões da minha blusa. Fui até a geladeira e retirei de lá uma jarra de suco e alguns igredientes para um sanduiche.

Ovos... queijo... presunto... tomate... alface... mostarda... ketchup ....ahhhh o paraíso estava em minha boca. Quando pequena lembro dos sanduíches que meu pai costumava fazer ele sempre fez os melhores, disso eu nunca tive duvidas até agora.... talvez tenha sido a fome que me tenha feito aproveitar mais o sanduíche e chegar a conclusão de que talvez eu cozinhe um pouco bem... ou pode se notar que sou apenas uma maluca sentada no balcão da minha cozinha pensando em sanduíches.

Depois do lachinho muito bom. Uma ducha ajudaria a relaxar.
E uma bela noite de sono talvez me ajudasse a aossegar meus pensamentos mas como sempre eu jamais conseguiria dormir em meio a um caso. Sempre foi um defeito meu.
Eu fico deitada aparentando estar bem relaxada quando na verdade um turbilhão de coisas estão circulando na minha cabeça. Me revirei na minha cama praticamente a noite toda. Posso estar enganada mais eram 3:00 da manhã quando ouvi alguém bater na porta. Fiquei quieta por alguns instantes e então ouvi uma batida mais forte. Fui até a porta e a abri.

Stan Moore estava parado na minha frente com seus braços soltos. Sem camisa, só um short que como pude notar parecia moletom. Tudo em mim parecia surtar por te-lo ali, não sei como nem o por que mas meu sangue começou a correr mais rapido por minhas veias, meu coração estava como a bateria de uma escola de samba. Posso sentir meus nervos tão enlouquecidos quanto meu sangue acelerado.

- O que você está fazendo aqui? - Perguntei franzindo a testa

- Desculpe... eu só... nada - Ele disse voltando até seu apartamento e batendo a porta atrás de si.

Que... maluco.

Fechei a minha porta balançando a cabeça sem entender nada e mal tive tempo para dar um passo quando escutei outra batida
Abri a porta novamente

- Ta se divertindo? - Perguntei irritada - batendo na minha porta as Três da manhã

- Você estava dormindo. - falou absoluto - E preciso falar com você.

- Seja o que for, podemos resolver isso mais tarde na delegacia, Moore - eu disse piscando devagar

- Não, na delegacia não posso tratar desse assunto com você - Ele disse balançando a cabeça.

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