Capítulo 4

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Pov - Olívia

─Mamãe ele quer ser meu pai? - Lizzie me pergunta quando caminho de mãos dadas com ela em direção ao colégio. Desde que levantou já fez mil perguntas e sei que tem mais pelo menos outras mil a caminho.

─Claro que sim filha, ele veio correndo te ver assim que chegou de viagem.

─Ah! Mas você que é minha mãe, isso é sempre igualzinho?

─Eu te amo Lizzie, isso sim é sempre igualzinho, é meu solzinho, não muda.

Ela me olha desconfiada, não vou fazer promessas a menos que possa cumprir e amar Lizzie é definitivo.

─Mamãe, a gente vai no ballet e depois quando eu chegar em casa que ele chega?

─Sim senhora. - Paramos na porta da escola, ela me abraça apertado.

─O que o senhor Heitor faz?

─Ele é um executivo.

─O que é isso?

─Que tal entrar na aula e deixar um pouco de perguntas para ele?

─E se me esquecer de alguma?

─Vocês vão ter muito tempo, boa aula e se comporta te pego as quatro.

Beijo Lizzie e assisto quando ela corre para dentro alegre como todos os dias.

Volto para casa, tenho quatro trabalhos para corrigir antes do fim da semana, com o fim do semestre são muitos os alunos com prazo para entregar trabalhos.

─Senhor Flinn! - A campainha toca no começo da tarde enquanto estou envolvida no trabalho, dou espaço para que ele entre.

─Trouxe o bolo, agora você faz o chá! - Ele me mostra um pratinho coberto, sorrio e seguimos para a cozinha, ele se senta enquanto coloco um pouco de água para ferver e preparo as xicaras. - Me conte como vão as coisas.

─O pai da Lizzie apareceu.

─Eu sei. Ele tocou mais cedo no dia que veio, não estavam, mas senti que era ele. Tem um sotaque bem leve, e logo vi que só podia ser ele. Como foi? Não quis perguntar antes por causa da Lizzie.

─Péssimo, ele quer me tirar meu bebê, foi difícil, assustador. Tenho tanto medo do que vem pela frente e mesmo sabendo que ele é o pai e que ela merece essa chance ainda dói. Não posso lutar com um homem poderoso como ele.

─Se esse pai da Lizzie amar mesmo a filha nunca vai separar vocês. - Ele aperta minha mão, nem sei quantas vezes esteve do meu lado, sem esses meus amigos minha vida teria sido impossível. - Ele pode ajudar, trabalha dia e noite para manter essa casa e sua filha, mesmo com aquela avó rica e desnaturada dela que podia ajudar a única neta e simplesmente ignora.

─Chloe só sabe culpar Lizzie, mas basta descobrir quem é o pai de Lizzie e vai correr aqui como um raio, para ela dinheiro não basta, ela quer prestigio e vai ter muito se conseguir se infiltrar na família Stefanos.

─Uma velha bruxa isso sim.

─Eu fico muito feliz de não tê-la em nossas vidas. Acha que esse tipo de coisas sai nos jornais?

─É possível. ― Flinn me olha preocupado. ― Liv meu filho tem insistido para que eu vá passar uns dias com ele.

─O senhor vai me deixar justo agora? - Ele aperta minha mão, não confio em muita gente e o velho Flinn é um pouco meu porto seguro.

Paixões Gregas - Destinos Cruzados (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora