Capítulo 1 - Família Oliveira Menezes

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"A vida é feita de fases. Somos gerados, logo crescemos. Como consequência, provemos de subir degraus alinhados aos fundamentos de cada ciclo: bem como viver os momentos de euforia e desfrutar dos desejos da jovialidade. À medida que amadurecemos, passamos a adotar deveres e compromissos que concebem o nosso caráter e nos levam até a fase evolutiva de um ser. Assim, após as fases iniciais e intermediárias, somos remetidos à fase de conclusão da vida."

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Caroline narra:

Nome: Caroline de Oliveira Menezes

Idade: 19 anos

Endereço: Rua JK - nº 540 - bairro São José - Costa Rica - MS

Escolaridade: Cursando Pedagogia na Universidade Paulo de Sá

Pais: Ana Elisa de Oliveira Menezes e Joaquim Amaral Menezes

Irmãos: Sara de Oliveira Menezes - 16 anos; Lucas de Oliveira Menezes - 10 anos; Hadassa de Oliveira Menezes - 3 anos.

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Minha história começa há vinte e três anos atrás, quando meus pais encaravam o momento mais vulnerável do casamento: minha mãe, nascida em berço protestante era desprovida de filhos, mas admitia uma fé que a motivava em acreditar nos milagres feitos por Deus, e meu pai, não acreditava em religiões nem sequer em divindades espirituais, portanto enfrentavam uma crise conjugal.

Depois que se casou, minha mãe frequentava a igreja somente aos domingos como era imposto pelo meu pai e, sempre orava a Deus por misericórdia e graça. Apesar de sentir a ausência de um filho e viver um jugo desigual no seu casamento, ela não abriu mão de esperar o tempo da realização milagrosa divina. Inspirava-se em Ana, a mãe de Samuel na bíblia, que também era estéril e sofria a pressão no meio familiar e acreditava que Deus poderia fazer o mesmo com ela. Se Deus a desse o poder de conceber, os seus filhos seriam separados e consagrados a Deus. Não cortariam os cabelos, não comeriam carne ensanguentada e não beberiam álcool ou coisa desprezível. Mesmo com meu pai brigando e a censurando de frequentar a igreja, ela sempre indagava um jeito para manter seu voto.
Um ano se passou. Minha mãe encontrava-se chorando e sem forças para ir à igreja clamar pelo auxílio divino. Aos pés de sua cama, humilhava-se ao Senhor pois a dor que sentia era tão forte e intensa que às vezes, presumia que a ausência de Deus implicava na sua possível existência. As lágrimas caíam do seu rosto e tocavam lentamente ao chão. Podia-se ouvir um silencioso estrondo no impacto entre o chão e as lágrimas - era o momento mágico em que o choro se tornava a ferramenta poderosa de oração. Levantou-se do chão pois já se aproximava a hora que meu pai chegaria do serviço, e se ele a visse nesse estado, brigariam ainda mais. Então foi à cozinha preparar o jantar e ligou o rádio. Foi quando na rádio, tocava um louvor:

"Estou contigo, oh meu filho!
Nunca te deixo sozinho!
Sou um Deus que dos filhos
Sempre velo muito bem
E de ti não esqueço também."

A canção soou de tal forma sobre as emoções dela, que rapidamente entendeu o recado: DEUS ACABARA DE FALAR COM ELA.

Subitamente, ela começou a passar mal e sentir-se fora de si. Deitou-se e dormiu por um longo período. Algumas semanas se passaram, e Elisa notou que seu ciclo estava atrasado e que todos os dias acordava indisposta e com um mal estar desconfortável. Resolveu ir ao médico com meu pai para descobrir o real motivo de todos os acontecimentos. O médico entrou em uma sala e fez alguns exames, sem demorar, logo chamou o nome da minha mãe que aguardava ansiosamente na sala de espera.

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