A música tocava tão alto que ela não conseguia organizar os seus pensamentos por nada.
Resmungou com os seus botões conforme passava por pessoas que estavam mais interessadas em dançar que os simples "com licença" que ela tentava dizer alto o sufiente.
Até que ela o viu, tão belo como se lembrava, rodeado de raparigas que dançavam com o corpo quase todo a mostra, ele não mostrava qualquer interesse nelas, como se fosse algo que via todos os dias. Ele estava numa zona considerada VIP, nada fora do normal com o estatuto que tinha.
Ela mordeu o lábio com a tentação de fazer algo mais drástico mas sem saber ao certo o quê, foi então que olhou a volta vendo que todos dançavam ao som da música alta que fazia os corpos todos vibrarem com as ondas de som e que de certo acabariam com os tímpanos dos mais próximos das colunas.
Margerie tinha lhe dito que era uma má ideia ela vir, sabendo que não era o seu tipo de coisa, mas ela tinha de vir.
Dirigiu-se a casa de banho onde muitas outras raparigas se encontravam a retocar a maquilhagem e a trocar substâncias das quais ela preferia não se meter.
Olhou para o seu reflexo no espelho e respirou fundo.
"Tu consegues" disse a si mesma num murmúrio. Mordeu os lábios deixando-os lugeiramente mais vermelhos e ajeitou a sua roupa de maneira a revelar um pouco mais de pele, não que a t-shirt branca que usava fosse ajudar em algo por isso simplesmente a deixou estar ajeitando simplesmente o decote, os seus calções revelavam as suas pernas esguias e definidas.
Saiu da casa de banho e voltou para o meio da multidão, agradecendo mentalmente ter deixado a sua mala no carro.
Remexeu o seu cabelo loiro que estava solto e fechou os olhos deixando-se levar pela música movendo o seu corpo ao som da mesma, imaginava-se nuam sala vazia onde ninguém a iria julgar pelas suas figuras, embora naquela discoteca estivessem todos bêbados demais para sequer notar, ela simplesmente movia o corpo com movimentos fluidos passando as mãos no seu próprio corpo sentindo um lado desconhecido surgir, uma certa adernalida e sentido de liberdade a preenche-la. Só então reparou que estavam a assobiar, assustada que tivesse feito figura de idiota abriu os olhos vendo os rapazes olhá-la com desejo enquanto as raparigas estavam divididas entre a raiva e os ciúmes, mas quem ela mais queria também olhava para ela, um brilho de curiosidade nos seus olhos verdes enquanto que ela o olhou desafiante fazendo com que ele sorrisse de lado.
Ela replicou o seu sorriso e continou a dançar desta vez sabendo que o fazia bem e confiante consigo mesma sentindo o olhar do rapaz VIP sempre nela.