Capítulo 7 (último no site)

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Olá :)


Este é o último capítulo aqui colocado. 

Até pode ser que mais tarde, coloque a obra completa mas até lá espero que gostem da leitura e se pelo suspense e curiosidade, quiserem adquirir o livro, é só entrar em contacto comigo!

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Quando chegámos à cidade vizinha, Melinda parou o carro e olhou em redor pensativa.

- Cá estamos, finalmente! – Exclamou ela instantes depois. – Agora resta saber por onde devemos começar! O Lucas tem alguma ideia? – Perguntou-me ela.

- Vamos até ao centro da cidade, porque é lá que, normalmente, os mendigos costumam pedir esmola durante o dia, como é o sítio onde há mais gente. Mostrar-lhes-ei a fotografia da Sara a ver se conseguimos alguma pista. – Sugeri eu.

Tendo concordado com a ideia, saímos os três do carro e seguimos a pé até ao centro, onde vimos, de facto, alguns mendigos no largo, estendendo a mão às pessoas que por lá passavam apressadas. Estavam todos com roupas esfarrapadas e tinham aquele olhar triste de todos os mendigos, porque sabiam que não eram desejados ali, mas lutavam pela sua sobrevivência. Quantas histórias de vidas tristes se cruzavam naquele largo, histórias que ficavam por contar, porque ninguém estava disposto a ouví-las.

- Se eu tivesse dinheiro, convidava todos estes mendigos para um almoço no castelo! – Disse Melinda, enquanto olhava para eles entristecida. – Pelo menos eu saberia que, nesse dia, não passariam fome! – Acrescentou, enquanto eu olhava atentamente para uma jovem mendiga que estava um pouco mais afastada.

Fiquei a observar a rapariga e reparei que ela estava a desenhar. Tirei então a fotografia da Sara que tinha guardado no bolso e tentei comparar os rostos, mas não conseguia ver se havia alguma semelhança, devido à distância a que eu me encontrava dela.

- Há ali uma rapariga a desenhar. – Disse eu, chamando a atenção de Melinda. – Vamos até lá? – Sugeri, voltando a meter a fotografia no bolso.

Aproximamo-nos com cuidado e fingimos estar interessados nos desenhos que estavam expostos em cima de uma caixa de cartão à frente da rapariga. Depois colocamo-nos ao lado dela e apreciamos o desenho que ela estava a fazer.

- Desenhas muito bem. – Elogiou Melinda, sorrindo-lhe e tentando meter conversa com ela.

A rapariga nada disse, nem sequer sorriu.

- Quanto é que tu queres por esse desenho que estás a fazer? – Perguntei eu.

- Eu aceito o que o senhor quiser dar. – Respondeu a rapariga sem desviar os olhos do papel. – Já fico feliz se conseguir dinheiro suficiente para o almoço. – Desabafou ela com uma voz triste.

- Tenho a certeza que vais conseguir mais do que isso, porque os teus desenhos são muito bonitos. – Comentei. – E, além do mais, reparei que és a única pintora neste largo.

- Cada um faz o que pode pela vida, mas as pessoas nem sempre compreendem isso e muitas delas viram-nos a cara quando passam por aqui. – Informou a rapariga.

- E também fazes retratos de pessoas? – Perguntei. – Se eu te mostrasse uma fotografia fazias-me uma cópia? – Propus, com a intenção de lhe mostrar a fotografia da Sara.

- Fazia, sim, já fiz muitos e nunca ninguém se queixou. – Respondeu ela.

Tirei a fotografia do bolso, mostrei-a à rapariga e olhei para ela para ver como reagia. Ela examinou-a em silêncio durante algum tempo, antes de me confirmar se aceitava ou não o desafio que lhe tinha proposto.

O castelo mágico da princesa MelindaWhere stories live. Discover now