Baby Lips [l.s mpreg] (portuguese version)

fifteen weeks - mar 13

Louis acorda ao som de batidas. 

Ele está em sua própria cama, o rosto esmagado no travesseiro que ele tinha tomado do quarto de Harry, com os braços ao redor do tecido macio. Seu braço esquerdo está como um peso morto, formigando e pesado, então ele usa seu outro para levantá-lo e tentar fazer seus dedos voltarem ao normal. Uma vez que ele está sentado ele examina seu quarto para procurar a fonte da interrupção - é duas da manhã, depois de tudo - com poucos resultados. Com um grunhido e um toque de sua mão através de sua franja, ele se levanta e arrasta-se para fora de seu quarto para verificar suas irmãs. 

A luz do quarto de Lottie e Fizzy está desligada e elas estão cobertas confortavelmente em suas camas, pequenos bichos de pelúcia e bonecas estão espalhadas pelo tapete no chão do quarto, e a mesma situação se aplica para Daisy e Phoebe. Sua mãe não está em casa no momento, o que ele já estava esperando, porque ela sempre trabalha em turnos a noite às terças-feiras, então ele está bastante certo de que ele está apenas ouvindo coisas e realmente deveria voltar a dormir. 

Ele volta para a cama mais uma vez até que de repente ele ouve novamente. O som é mais persistente e evidente agora, puxando ele como uma corda, e dura por alguns segundos. Ele aperta os olhos para a escuridão de seu quarto. "O quê?"

Tap, tap, tap- ele está definitivamente acordado agora. Ele liga o abajur do seu quarto, puxa todos os cobertores da sua cama, vasculha em suas gavetas, e até mesmo se atreve a abrir a porta do armário no caso de algo estar caindo e batendo, ou algo parecido. Nada. 

Grunhindo frustrado, ele fecha a porta e se recosta na parede ao lado de sua janela. Porque ele está apenas vestido em suas mais impressionantes boxers do Superman, arrepios rompem a pele nua de seu peito e as pernas no segundo em que suas costas tocam a frieza da parede almofadada. Ele enrola os dedos dos pés no tapete em uma busca desesperada por qualquer tipo de calor. Apesar de seu desconforto físico, ele dilacera seu cérebro para qualquer tipo de ideia sobre o que poderia estar causando o ruído. Um assaltante, ou talvez um serial killer? Um animal de rua? O ar condicionado, talvez, ou um galho de árvore batendo contra a janela?

Um galho de árvore parece ser a opção menos assustadora. A casa é antiga e as janelas são pegajosas e pesadas, por isso leva um pouco mais tempo do que gostaria de admitir a empurrá-la, mas uma brisa fresca faz cócegas na sua pele quando ele finalmente consegue abrir o suficiente para atravessar sua cabeça completamente. O céu está escuro como Louis nunca viu, e sua visão ainda não se ajustou à falta de luz, então ele aperta os olhos para tentar identificar quaisquer árvores que podem estar perto o suficiente para ser a culpada. Estranho, porque ele certamente não se lembra de alguma árvore que fique perto da sua janela.

Click. Algo acerta a lente de seu óculos, assustando-o o suficiente para o afastar balançando para trás e batendo a parte de trás da sua cabeça na janela. Ele tropeça por um momento, agitando os braços para ajudá-lo a se equilibrar - para que ele não caia da janela, ou qualquer coisa - enquanto ele resmunga, "Merda. Que porra?"

"Louis?" Ele ouve. "Ei, Lou." 

Ele reconheceria essa voz até mesmo em coma, ele jura. "Harry, mas que diabos?" Ele se endireita, lutando com o peso da janela afundando, como os dedos dos pés descalços empurrando a parede, na tentativa de dar-lhe algum tipo de alavancagem. "O que você está fazendo aqui?" 

Harry faz uma pausa. Assim que Louis para pra pensar, ele se pergunta por que ele não tinha notado-o para começar. Harry está de pé em seu gramado, um pequeno chapéu puxado entre cabelo e orelhas, com sua jaqueta jeans por cima do pijama. "Sendo seu Romeo," Harry diz simplesmente, e um barulho ressoa a partir da janela como prova de sua resposta, "Jogando pedras."