primer

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mais uma tradução, yay!!! então gente, antes que vocês comecem a ler eu gostaria de lembrar mais uma vez que essa é apenas uma tradução e eu tenho a permissão da autora pra isso. e mais uma coisinha, eu não sei se a autora confundiu ou algo assim, mas ela permitiu duas traduções em português e pra não bagunçar tudo e cada tradutora ter seus direitos, a @missugarblue e eu decidimos traduzir juntas, em uma parceria. esperamos que vocês gostem, comentem e votem pra sabermos a opinião de vocês. obrigada por tudo, tenham uma boa leitura :)

- lua xx

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Professores, Louis pensa, devem ser as pessoas mais tristes da face da terra. Por que alguém iria querer desperdiçar seu dia trabalhando com adolescentes que odeiam? Só para tê-los os odiando de volta todos os dias da sua vida profissional até sua aposentadoria. Mas ele não está questionando as escolhas da vida das pessoas.

E é por isso que não o importa o lindo garoto que senta ao seu lado na aula de química tanto quanto ele mente que se importa com Pamela, que senta duas cadeiras a sua frente. Ela aparentemente nunca havia escutado sobre um cinto antes e sempre mostra a parte superior da sua calcinha pra quem está sentado atrás dela (isso é um hábito bastante desagradável, ele tem que admitir. Alguém devia alertar a pobre Pamela).

Professores não são tão ruins, Louis supõe, porque ele tem certeza que muitos deles são pessoas normais que se preocupam em sustentar suas famílias normais e cumprir seus desejos normais. Louis sendo ele mesmo, extraordinário.

Extraordinário. Como um extra-ordinário. Sendo extremamente ordinário.

Chato.

"Como foi o final de semana de vocês, classe?" Horrível.

O coro monótono e habitual de "Bom." ecoa por toda sala de aula. O professor parece mais satisfeito do que nunca enquanto limpa as vagas marcas do quadro empoeirado com um apagador tão velho e cinza como os cabelos em sua cabeça. Ele tosse enquanto coloca as mãos juntas sobre o rosto e logo após desliza os óculos sobre seu nariz pontudo. Louis muitas vezes se pergunta com o que pode trabalhar, porque ele é afiado o suficiente para estourar um pulmão.

Pulmões podem ser estourados?

Louis sempre os imaginou como balões gigantes de ar ocupando espaço em seu peito. Ele cutuca sua caixa torácica. Existem lacunas na mesma, mas nenhuma delas são grandes o suficiente para Louis para deslizar seu dedo completamente. Uma bênção disfarçada, Louis supõe, porque ele se concentra mais em seus pulmões do que na aula em si. Soa como uma ótima maneira de falhar nas suas provas.

"Abram seus livros na página 15." Merda.

Que tipo de idiota vem pra aula sem o livro?

Louis observava o garoto sentado ao seu lado enquanto este se inclinava e agarrava seu próprio livro com sua pilha de cadernos e folhas soltas. Louis tenta não deixar seu olhar muito tempo na pele suave das longas pernas do garoto ou no estampado xadrez de sua saia (que é fofa, na verdade. Louis deveria estar perturbado, mas em vez disso, ele encontra-se fascinado pela maneira que o tecido contrasta tão bem a pele do menino) por muito, muito tempo.

Aparentemente, é o tempo suficiente para que Long Legs (que Louis tinha inteligentemente apelidado-o nos breves dez segundos que passara cobiçando a seus membros como um psicopata) notá-lo. Ele pisca pra Louis, uma, duas, três vezes - e, em seguida, fala.

"Posso te ajudar com algo?" E, Jesus, esse sotaque complementado com uma bela voz é música para os ouvidos de Louis. "Hum... Qual é o seu nome?"

"Louis." Ele fornece, porque ele está sentado ao lado de Long Legs por cerca de dois meses e agora ele percebe que nunca havia chegado na parte das apresentações necessárias. Ele estende sua mão que está tremendo, educadamente. Long Legs olha pra sua mão com um olhar duro por um segundo antes de desviar seu olhar e lamber seus lábios-rosas-demais-para-serem-naturais. Louis deixa sua mão cair e desajeitadamente passa os dedos em sua nuca. "E - uh. E o seu?"

"Posso te ajudar com algo?" Ele ignora a pergunta de Louis. O mesmo tenta não ficar ofendido, mas o resto da classe já está rabiscando notas e Louis não tem certeza de quanto tempo eles podem continuar esta pequena conversa antes que ambos sejam pegos.

"Você pode me emprestar seu livro? Eu esqueci o meu." Louis pergunta baixinho.

Long Legs parece considerar isso por um segundo antes de dar de ombros e colocar o livro sobre a mesa suavemente. "Não, não acho que posso."

Louis empalidece. "Huh?"

"Olhe, este é o meu livro. Sempre foi meu livro, e sempre será meu livro. Vê isso?" Ele aponta para a mesa vazia de Louis. "Era onde seu livro deveria estar. Você esqueceu seu livro, okay, que seja. Não é grande coisa. Mas se eu lhe emprestar esse aqui, a minha mesa ficará vazia. E isso tudo é uma grande merda."

"Como é?" Louis murmura. "Eu não - olhe, companheiro. Apenas me empreste por um minuto. E depois podemos, uh, deixá-lo no seu lugar, suponho. Sem merdas."

"Não é assim que funciona."

"Por que você tem que complicar tudo? Apenas diga sim ou não!" Long Legs franze as sobrancelhas e Louis chuta-se debaixo da mesa.

"Não." E então ele se vira.

Louis se move desconfortavelmente em seu assento (o professor está o fitando curioso na frente da sala). Ele bate seu lápis contra a borda da mesa e bufa entediado se ocupando escrevendo seu nome sete vezes no canto do papel.

E então ele decide tentar outra vez.

"Por favor? Apenas me empreste."

"Não."

"Puta que pariu!"

"Você sabe, não vai mudar minha mente se xingar. Ou ter um ataque. Vai deixar você mesmo em apuros." Long Legs disse em desaprovação. Louis realmente o odeia. "Quem que esqueceu o livro? Você. O único que esqueceu o livro nos armários." Ele dá de ombros. Louis suspira.

Ele não sabe mais o que dizer a este garoto/garota anormalmente atrativo sendo materialista. Louis massageia suas têmporas. É apenas oito da manhã e ele já está fodidamente estressado. "Mas você podia fazer o certo e me ajudar." Disse suavemente. Long Legs o ignora e choca a ponta de seu Converse contra a mesa.

Louis range seus dentes antes de bater a mão sobre a página do livro do garoto que lia atentamente. Long Legs volta a o encarar. "Certo. Mas, o que você me daria em troca?"

"O que você quiser."

O outro garoto parece pensar um momento antes de colocar seu lápis na mesa e deslizar o livro nas mãos de Louis, que suspira aliviado. "Tudo bem. Você me deve... Um beijo."

"Um beijo?!"

"Nos lábios." E estala os mesmos enfatizando a frase antes de deslizar a língua pra fora e lamber os lábios provocativamente. Louis engasga e volta sua atenção para o texto com a esperança de disfarçar o rubor em suas bochechas. Porra, esse garoto não pode ser real. "Combinado?"

"Eu - Eu acho-"

"Meninos!" O professor repreende. "Ou, menino e Harry."

Harry? Esse é seu nome? Ele não se parece com um Harry. Louis encara fixamente seus olhos verdes arregalados e as sobrancelhas arqueadas perfeitamente. Jesus, ele é muito bonito. Louis se sente como se estivesse olhando para o Sol.

"Voltem ao trabalho."

"Sim, senhor." Louis tosse, porque a metade da classe estava os encarando.

Ele encolhe em seu assento.

Baby Lips [l.s mpreg] (portuguese version)Onde histórias criam vida. Descubra agora