Um

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Corro pelo corredor da escola como se tudo estivesse em chamas. O que claramente não estava, era apenas minha paciência linda de grande que estava me deixando maluca.

"Amber ?" Karyn chama com um tom preocupado "Você está bem ?" Ela pergunta.

"Não. Eu preciso de uma passagem pra África do Sul." Viro pra ela com o olhar desesperado "Sério, meu pai vai me matar." Mostro meu F em Química II.

"Quê ? Você não estava estudando com o Rick ? O que houve, Amb ?" Ela pergunta como se EU soubesse.

"Cara, eu não sei nem por que eu eu existo, vou saber o que aconteceu com a porcaria da nota ?" Pergunto irritada.

"Calma, não precisa descontar em mim." Ela levanta as mãos.

Não precisa descontar nela, ora. Eu tiro nota baixa, meu pai vai me matar, ela faz pergunta idiota e não é pra descontar nela ? Eu mereço.

"Olha, Karyn, eu só não parto pra agressão porque eu tenho que falsificar essa nota. Se não, você estava ferrada." Aponto pra ela.

Ela abre a boca pra falar algo, mas uma voz a interrompe.

"Filha..."

Ah, não. Ah, não!

"Me diz que é Deus querendo me levar de uma vez." Estendo a mão pra ela, que apenas sorri.

Vagabunda.

"Sr. McStain." Ela cumprimenta.

"Papaizinho." Viro sorrindo com a maior cara de pau.

"Me chamaram pra falar com uma professora sua, deve ser sobre suas notas incríveis no último semestre, não é ?" Ele pergunta sorridente.

Eu vou morrer. Eu vou morrer, eu estou sentindo.

"Deve ser." Falo e olho ao redor querendo saber por qual janela eu iria me atirar quando ele voltasse, mas tive uma ideia legal "Pai, eu vou buscar o Dylan na creche. Tchau." Saio correndo para fora da escola esbarrando em muita gente até chegar na minha bicicleta.

Eu preciso mudar de planeta, de verdade.

Estava a quase dois metros da creche quando um carro preto parou do meu lado.

Merda, além de tirar nota baixa, agora vou ser sequestrada. Que droga de vida.

"Hey, podemos conversar ?" O homem que estava dirigindo pergunta sorrindo de canto.

Lição de vida da tia Amber, parte um: um homem de terno dentro de um carro preto sorrindo de canto com uma sacola estranha no banco de trás do carro, não quer só conversar.

"Er..." Tentei formar uma frase mas tudo que eu fiz foi pedalar mais rápido.

Ele acelera o carro e o atira contra minha humilde bicicleta.

"Porra, caralho." Grito levantando do chão com o joelho todo ralado.

Ele sai do carro e anda até mim consideravelmente rápido. Pressiona meu rosto contra um pano branco bem louco e sei lá mais o que aconteceu.

(...)

Abro os olhos devagar sentido minha cabeça latejar.

Será que eu já estou morta ? Será que meu pai sabia das minhas notas de verdade e mando aquele cara me matar ? Quem era aquele cara ? Porra, eu estou muito morta.

"Amber McStain ?" Uma voz masculina pergunta e assim que viro pra ver quem é, tomo um susto.

"Você me matou ?" Pergunto vendo o moreno enfiar uma agulha em mim "Ai, caralho. A gente diz oi antes de enfiar as coisas nos outros, seu merda." Dou um tapa no braço dele.

"Coleta de sangue." Ele sorri de canto.

Merda, além de tirar nota baixa, eu fui sequestrada, morta e agora vou ser clonada. Eu devo ter dançado Ragatanga com a pomba gira em cima da mesa da santa ceia pra merecer isso, está foda aqui.

"Antes que você pense merda, eu preciso saber se tem alguma coisa errada com você." Ele coloca meu sangue, meu lindo sangue, num potinho.

"Quer saber se eu sou mutante ?" Pergunto enrugando a testa.

"Quero saber se tem alguma doença, retardada." Revira os olhos desamarrando meus tornozelos, eu eu nem tinha percebido que estavam amarrados.

"Não, não tenho." Dou de ombros sentando na maca "O que é isso ?" Pergunto indicando o ambiente.

"Harry quer ver vocês em cinco minutos, esteja pronta, lindinha." E sai da sala.

Lindinha ? Esse cara está procurando, de verdade. Ele me sequestrou, me matou, vai me clonar e me chamou de lindinha. Se eu encontro ele por aí, eu parto pra violência.

"Amber ?" Uma mulher pergunta segurando minha mochila.

"Como todo mundo sabe meu nome ? Eu estudo dez anos na mesma escola e ninguém sabe meu nome, eu estou aqui há horas e aquele cara já me chamou de lindinha, sério, eu vou dar na cara de alguém." Falo rápido descendo daquilo notando que eu estava vestindo ainda meu uniforme estranho.

Tinha esquecido que hoje era o dia do uniforme. Essa saia falta mostrar meu útero, desnecessária.

"Toma aqui sua mochila. A sala em que Harry irá receber vocês é a terceira do corredor executivo." Ela indica saindo da sala como se fosse normal um cara estranho coletar o sangue de uma adolescente angelical e delicada como eu.

Esse povo precisa de tratamento, eu desisto.

Coloco uma alça da mochila no ombro saindo dali me perguntando onde ficava o corredor executivo.

Vou tentando ler as placas pra achar sozinha, não estava a fim de conversar. Acho o corredor e a sala, entro de uma vez vendonas apenas um, mas duas coisas que me surpreendeu.

"Bem vinda, Amber." Outra voz masculina pronunciou.

Stupid Squad {H.S}Onde histórias criam vida. Descubra agora