Sete

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"Sammy." Um cara chama vindo na minha direção.

Seguro a arma que coloquei no cinto que prendia a calça que eu estava usando com muito esforço.

"Temos uma surpresinha para o chefe e para você." Sorriu de forma estranha.

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Quando a porta se abriu, tive que manter o sangue frio para não chorar diante da cena: Harry estava preso pelos pulsos numa corrente que vinha do teto. Suas roupas, agora rasgadas, estavam sujas de sangue.

"Todo seu." A voz do cara perambulou pelo meu ouvido.

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"Harry..." Chamei quando ele abriu a porta.

"Amber." Respondeu se virando com dificuldade.

"Tem uma bala na sua perna."

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"Você sempre tira a roupa no meio da sala de estar dos outros?" Ouvi a voz do tal do meu chefe ecoando pelo cômodo.

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Permaneci imóvel. Ele andava até mim com calma, tentando não mancar de uma forma tão óbvia. Até que parou na minha frente. Foi um minuto de silêncio que parecia um abismo e nós dois estávamos quase pulando. Senti sua mão na minha bochecha em um toque doce que me fez grudar ainda mais meu olhar nele. E foi aí que aconteceu.


Capítulo Sete

Meus lábios secaram instantaneamente quando ele olhou para o local. Minha respiração pesou. A dele também, eu podia ouvir nitidamente e até contar suas expirações. Ele se aproximou ainda mais, ao ponto de conseguir sentir a temperatura de seu corpo.

"Você estava chorando?" Sua voz saiu baixa e rouca, enquanto seu olhar averiguava cada parte do meu rosto.

Fiz que não devagar com a cabeça. Ele riu levemente e eu até tentei o acompanhar.

Mas não foi possível. Não foi possível porque todas as janelas da casa de Harry viraram um monte de cacos em segundos enquanto um barulho horrível de tiros ecoava. Ele me abraçou e nos colocou deitados no chão. Ok, vai ser estranho, mas lá vai: isso me fez sentir como se nada de ruim nunca mais fosse acontecer.

E, pra fazer graça com meus sentimentos confusos e regados por hormônios, tudo ficou em meio a um silêncio quase bucólico. Me coloquei de joelhos devagar, esperando por mais daquilo. Sem falar nada, ajudei Harry a levantar. Ele se apoiou em mim e então apontou para a escada. O levei até lá e tentei o ajudar a subir, mas ele negou com um gesto. Apertou um botãozinho escondido dentro o corrimão e o chão se abriu enquanto uma voz feminina robótica fazia uma contagem regressiva começando do dez.

Ele me puxou com força, me jogando dentro do alçapão enquanto os tiros voltaram a ecoar. Ele veio logo depois e pude sentir a dor vinda da perna dele em mim. Mas sua expressão continuava intacta, como se tudo estivesse dentro dos planos. O que obviamente não estava.

"Tem bombas pela casa inteira. Ativadas pelo som." Ele disse andando para dentro da salinha em que estávamos.

Vi a "passagem" se fechando sobre minha cabeça e depois andei atrás dele. Sentei na cadeira ao seu lado e vi sua casa toda pelas várias telas que tinham ali. Algumas apagadas por conta das pequenas explosões simultâneas, mas ainda assim muitas.

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⏰ Última atualização: Apr 17, 2021 ⏰

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