Temporary Fix • l.s {shortfic} [TERMINADA]

(5) baby, I'm perfect for you

Harry Styles, 26 de Fevereiro.

Eu corria tão rápido que ainda não acreditava em como tinha fôlego, já que meu corpo denunciava a falta de oxigênio á algum tempo.

Tropecei num galho e caí de joelhos na grama molhada, grunhindo pela dor repentina e fechando os olhos pensando no que eu estava realmente fazendo.
Me arrastei até o tronco de uma árvore e puxei minhas pernas as dobrando e apoiando minha cabeça nos joelhos.

Eu estava tão bem, e de uma hora para a outra fiquei horrível.

Mordi o lábio e deixei que algumas lágrimas caíssem, fazendo com que minha cabeça doesse e fizesse me sentir tonto.

Sem que eu pensasse muito minha mão foi até o bolso da calça, peguei meu celular e liguei para Louis. Eu nem sabia porque tinha escolhido logo ele para ligar, e nem sabia se ele iria me atender mas eu precisava falar com alguém antes de fazer qualquer merda.

Disquei o número do mais novo e esperei até que começasse a chamar, e mesmo depois de algumas tentativas eu não consigo falar com o mesmo, já que todas as chamadas caíam na caixa de mensagens.

Encarei a tela do celular e pensei em porque ele atenderia, é claro que é bom trocar mensagens com alguém mas ninguém quer ser amigo de um problemático e ter que resolver os seus problemas.

Se nem ao menos minha família me queria porque Louis o haveria de fazer?

É tão estúpido, Harry!

Sua mente gritou ele tapou os ouvidos como se aquilo fosse tapar as verdades que seu subconsciente gritava para ele.

No meio do barulho de seu choro ele ouviu seu celular tocar, fazendo um toque irritante que lhe faz sentir uma pontada de dor na cabeça.

- Louis?! - sua voz pareceu surpresa e desesperada, que era realmente como ele estava.

- Olá Harry. - a voz do menor estava baixa e tinha uma pitada de confusão. - tá tudo bem? - ele imaginou que algo tivesse acontecido porque a voz de Harry denunciava o choro.

- Não. - o encaracolado soluçou.

Harry odiava o fato de dizer a verdade quando isso incluía a possível preocupação de outras pessoas. Mas ele estava tão cansado que permitiu mostrar o quão carente se encontrava, o quanto ele precisava de alguém que não o julgasse como inúmeras outros tinham feito, que tudo que ele queria era um abraço para se aconchegar e mãos para secar seu rosto quando tudo estivesse desmoronando.

Mesmo que nada fosse voltar a ser como antes, mesmo que a solidão continuasse pairando no ar ele queria isso, apenas para se sentir consertado a maior parte do tempo. Como um boneco antigo e frágil, que se quebra com facilidade mas está sempre sendo concertado, a fim de nunca ser esquecido e deixado de lado.

- O que aconteceu? Onde você está? - as perguntas disparavam rapidamente da boca do mais novo do outro lado da linha.

- Desculpa por isso. - O encaracolado murmurou baixo, segurando o celular com as mãos trêmulas.

Ele estava estragando tudo novamente. Sua mãe estava certa, sempre esteve.

Depois de tanto tempo sozinho Louis fora o único a tentar fazer companhia com o garoto, o único que aos seus olhos não o achava um incômodo.

E agora ele praticamente o empurrava para fora da sua vida. Mesmo que essa parte envolvia apenas mensagens de madrugada, bebidas e conversas bobas na boate onde o mais novo trabalhava e decepções compartilhadas em noites de sexta feira.