Louis Tomlinson, 05 de março.
Abri somente um olho e o deixei entre aberto por causa da luz vinda da janela, que mesmo coberta pelas cortinas tinha as janelas abertas deixando a luz do sol iluminar todo o quarto.
Me virei ficando de barriga pra cima e esfreguei os olhos, me sentei sob a cama e tombei a cabeça para o lado vendo a cena fofa que era Harry dormindo.
Seu rosto amassado sobre o travesseiro, os lábios entre abertos e os cachos tapando sua testa e um pouco das bochechas.
Louis nem percebeu que estava segurando o ar, quando o soltou numa lufada só e sorriu se jogando para trás no colchão macio.
E ele se sentia parcialmente feliz, preenchido por aquele sentimento que fazia tudo entrar em erupção toda vez que aqueles olhos verdes eram dirigidos à si.
Desde o dia em que ele - modéstia a parte - salvará a vida e quase sanidade de Harry era tudo sobre ele. Não que ele estivesse se tornado um adolescente vivendo o amor proibido com o cara que ama, mas ele tentava fazer o máximo para dizer, mesmo sem palavras, que Harry era tudo que lhe faltava.
Mesmo que sua vida fosse quase normal havia essa o palavra que tornava alguns dias insuportaveis, com as brigas constantes e aquela sensação de estar sendo um fardo, que era sempre adicionada com outros adjetivos horríveis ditos por seu pai entre garrafas de bebidas.
E mesmo que o encaracolado o considerasse seu concerto temporário, era ele quem fechava os buracos de Louis cada instante em que o mais velho fazia qualquer coisa da qual a atenção fosse para o de olhos azuis.
Se sentia preenchido de toda e qualquer emoção existente, se sentia tão bem que seu corpo parecia flutuar cada vez que o mais velho estava consigo.
Tinha medo de estar apenas sonhando, e um dia acordar e perceber que Harry ainda é o cara que nem mesmo sabe seu nome, que chega péssimo ao bar para acabar com o resto que lhe sobra e que se condena por coisas horríveis, quando na verdade é uma pessoa incrivelmente boa, que não faz mal á nada e á ninguém.
Levei a mão até os cabelos de Harry, que dormia como uma criança, serenamente, como se nenhuma preocupação do mundo fosse realmente importante.
Se afastou num ímpeto quando o mais velho se mexeu, típico de uma criança quando está fazendo travessura e é pego.
- Está fazendo algo de errado, babyboy? - Louis balançou a cabeça em negação, olhando envergonhado para baixo.
- Bom dia. - o de olhos azuis levantou a cabeça e falou baixo.
- Bom dia, Lou. - o mais novo achava incrível o fato de Harry o deixar tão envergonhado em tão pouco tempo.
Harry se aproximou e beijou a ponta do nariz de Louis, que sorriu enorme, formando as ruguinhas que o cacheado adorava.
- Eu vou buscar café da manhã pra gente. - Louis pulou da cama e calcava os sapatos quando a voz de Harry o interrompeu.
- Não precisa fazer isso. - falou rápido, se sentando na cama e colocando uma mão no ombro de Louis.
- Eu não me importo. Volto já. - o de olhos azuis pegou seu casaco e saiu da casa de Harry, indo até a uma cafeteria não muito longe dali. Conhecia por ser perto da boate em que trabalha.
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Temporary Fix • l.s {shortfic} [TERMINADA]
FanficOnde Harry é sempre o mesmo e Louis gosta de ser seu concerto temporário. ©2016 por @hushlittlelarry. Todos os direitos reservados.