Laura estava ansiosa para começar a trabalhar em Homeland. Ela já era uma pessoa ansiosa por si só, mas juntando isso ao fato de que iria trabalhar com os famosos NE...Sim definitivamente ela estava a ponto de nem conseguir dormir nestes últimos dias, desde que recebeu o telefonema, informando-a que seu currículo havia sido aprovado, e ela começaria a trabalhar no hospital de lá. Foi uma surpresa, pois tinha um pequeno detalhe que a deixara um pouco receosa se iria ser aceita ou não. (Ela era uma médica com muita experiência em tratamentos nos setores de emergência, além de viajar por vários países, considerados "zonas de perigo", para tratar de refugiados de guerra, em acampamentos muitas vezes sem conforto e com recursos de material médico escassos.)
Enfim, estava acostumada a se adaptar, e como...bom, o detalhe que a deixava apreensiva se iria ou nao ser aceita para trabalhar lá era: A cerca de 3 anos, quando trabalhava no Afeganistão, como uma médica voluntária, enviada para uma zona de refugiados, que estava com mais pacientes do que médicos diga-se de passagem,...o hospital/acampamento foi atacado e ela foi ferida em fogo cruzado...o armamento dos atacantes era pesado e resultou em sua perna esquerda amputada na altura do joelho...Sofreu várias cirurgias até estar fora de perigo... e muitas noites de pesadelos com sons de explosões, gritos, sangue....Depois de estar recuperada das cirurgias, começou a fazer fisioterapia, a aprender a se equilibrar na sua "nova perna", uma prótese. E também foi encaminhada para sessões de terapia, para lidar melhor com o fato de não ter mais metade de sua perna, e tratar a confusão que estava a sua cabeça... Não foi e ainda era difícil falar sobre...Mas, se não passasse pela terapia, seus superiores na época não iriam permitir que voltasse a fazer o que mais amava nesta vida: Ser médica, salvar vidas e ajudar as pessoas.
Foi necessário 2 anos para ser liberada novamente para voltar a ser médica de fato e de direito... Seu currículo era excelente, sabia disso, pois tinha trabalhado em situações extremas, com muita pressão e perigo constante, e mesmo assim, nunca desistiu ou quis largar sua profissão. Estava trabalhando a 1 ano no hospital central de Chicago, era chefe do setor de emergência, gostava de trabalhar na agitação, na adrenalina que era o dia a dia de uma emergência de hospital...mas não pode deixar a oportunidade de tentar a vaga no hospital de Homeland...Havia sido informada da vaga e pensou: Porque não?
E aqui estava, dando uma última checada em suas malas e olhando agradecida ao apartamento onde morou neste período de adaptação entre fisioterpia, terapia, perna nova e emprego na emergência do hospital de Chicago...Era hora se pegar o táxi, ir para o aeroporto e de lá o avião que partiria para a cidade próxima a Homeland, havia sido informada que haveria um helicópteroesperando para levá-la até lá...Então, Homeland, NE e vida nova, aqui vou eu!!