Capítulo 2

2.3K 223 117
                                    

Do outro lado daquela cerca viva há uma junção de pedras, assim alinhadas de modo a formar uma meia lua. Destacavam-se nove pedras enormes, todas alinhadas. Mas isso não foi o que realmente nos impressionou, foi sim as enormes estátuas que haviam ao lado de cada pedra.
Cada estátua, de onde víamos, pareciam esculturas de seres humanos; além de que ao lado das nove estátuas que contei, haviam lobos. Um lobo para cada escultura, me pareceu.

- Por Nyx! O que é isso!? - Exclamou assombrada Josi.

- Acho que um tipo de monumento das Terras Altas - respondeu Enrique enquanto apertava os olhos tentando observar melhor.

- Por que das Terras Altas?

- Ah, os escoceces são conhecidos por terem vários monumentos feitos de pedras em seu território - respodeu-me Miguel, e o mesmo virando a cabeça para observar Enrique, falou - acha que é tão mágico como as originais escocesas?

- Às originais escocesas são mágicas? - falei apenas mexendo meus lábios para Josi, à qual franziu a testa e deu de ombros.

Então Estefan que ainda estava atrás de mim, sussurrou no meu ouvido.

- Algumas lendas dizem que se a sua alma gêmea está no passado ou em qualquer outro lugar, e você chegar perto das pedras, elas vão te teletransportar até o passado, futuro ou o lugar que for, não importa, tudo na tentativa de unir as almas gêmeas.

Minhas sobrancelhas subiram e meus olhos aumentaram de tamanho, e sim, eu fiquei um pouco perdida ao sentir o hálito de Estefan no meu ouvido, soprando ali a cada palavra que saía de sua boca.

- Legal - foi tudo o que eu consegui falar, e aposto que pareci uma tonta.

- Ei, o que vocês acham se a gente descer daqui, meus pés estão doendo - falou Josi, ao que Iago respondeu com um "isso aí mor".
Assim eu, Josi, Iago e Miguel pulamos primeiro, mas eu tive um pouquinho de dificuldade para fazê-lo, já que Estefan estava colado a mim e eu tentei não derruba-lo. No momento em que pulamos o muro de plantas e caímos na terra, sentimos um pequenos temor e imediatamente ficamos atentissimos, com medo de um ataque ou algo parecido.

Quando finalmente Enrique e Estefan desceram sentimos outro tremor, um pouco mais forte que o anterior.
Um minuto no qual todos ficamos parados, esperando, se passou. Assim que vimos que não acontecia nada decidimos continuar em frente, ou seja, explorar o monumento.

- Estou totalmente tenso galera - disse Iago se sacudindo.

- Todos estamos cara - respondeu Enrique.

Caminhamos cerca de uns quarenta metros até pararmos em frente ao monumento.
Um calafrio subiu à minha espinha. Não um calafrio de medo, creio, algo mais como um calafrio de antecipação.

- Só eu tô me sentindo agitada? - perguntou Josi.

- Não Jô, eu também tô assim - respondi olhando-a.

- O que estamos esperando, vamos ver isto de perto - falou Enrique já caminhando e subindo o primeiro escalão do monumento. Mas, assim que pôs os pés ali, a terra realmente tremeu e de repente, os nove cachorros de pedra que estávam ao lado das estátuas adquiriram um brilho estranho; enquanto um brilhava dourado, o outro azul, um outro vermelho, e assim diferentes nove cores. Mas o que todos tinham em comum eram seus olhos, que adquiriram um brilho vermelho profundo, sem vida nem pupilas, apenas buracos vermelhos.

Todos avançaram em Enrique, mostrando dentes pontiagudos de ferro, anormais.

- Pra trás Enrique - gritou-lhe Miguel, ao que Enrique parecia congelado no lugar, como se nem tivesse escutado à Miguel.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Oct 16, 2016 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Lua de prata: descobertas.Onde histórias criam vida. Descubra agora