O Segundo mês

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16 Junho, dois meses.
Passou tão rápido que eu nem tava raciocinando direito. Quando falamos "tô namorando à dois meses", as pessoas pensam que dois meses é pouco. E talvez seja mesmo, mas não pra gente, porque a cada mês que passava, era uma nova descoberta. Por exemplo, quando eu e o Rafa estávamos nos beijando, ele não pegava em nenhum lugar além da cintura. Conversamos sobre isso algumas vezes, e ele dizia "que não era fã de pegar na bunda, por exemplo", e isso era meio positivo e meio negativo. Positivo porque meu namorado me respeita.
Negativo porque na hora dos amassos tem que ter as 'pegadas'.
Mas eu estava prestes a mudar isso nele. No nosso aniversário de dois meses, uma amiga nossa, Cléo, fazia umas sociais na casa dela que ela chamava de "Modern", e nós dois fomos.
Cheguei lá depois que ele, mas assim que eu cheguei, não nos desgrudamos mais.
Tinha uma área lá no fundo, que era escura e era onde as pessoas iam pra dançar e se pegar. E nós fomos pra lá pra dar uns beijos. E em uma dessas "pegações" , ele 'do nada' começou a descer a mão dele. Só que pra minha coxa, e na hora que eu fui levar a mão dele pra minha bunda, ele tirou, pensando que eu estivesse querendo dizer pra ele não pegar lá, e começou a pedir mil desculpas e eu comecei a rir e dizer que não tinha problema.

É, foi engraçado.

Depois disso só ficamos lá, dando uns amassos e de vez em quando, a gente dava uma volta lá pela frente pra pegar um ar. Já que lá atrás era bem quente, cheio de meninos e meninas, suados e fedorentos de tanto dançar.
Quando a festa já tava no final, eu e o Rafa fomos sentar lá pra frente, pois tínhamos ficado em pé por um longo tempo.
Ele sentou na cadeira do meu lado e deitou a cabeça na minha perna, e virou o rosto pra mim. Fiquei olhando por uns segundos pro rosto dele, antes de começar a beijar. E daí ele sentou e virou pra mim, deve ser porque seria mais fácil pra beijar. Ele estava segurando no meu rosto, (ele já beijava de olhos fechados) e depois de um tempo, fomos afastando nossos rostos lentamente e ele disse "eu te amo", fazendo meu coração ficar no ritmo de uma escola de samba, e então eu olhei fixamente nos olhos dele e disse "eu também te amo" e quando eu olhei pra trás dele, tinha três meninas olhando pra gente com cara de bobas e falando " ooowwwwn, que lindos". Nessa hora eu quis me enterrar, e só comecei a rir.

The EndOnde histórias criam vida. Descubra agora