Boa leitura <3
CAMILA POV
Branco. Porque lugares em que sentimos medo sempre tem branco? Não que branco seja ruim. Branco é uma cor que transmite paz, mas ninguém vai á um hospital quando quer paz. Então isso acaba nos assustando de alguma forma. Eu não odiava hospitais, não são de todo ruins, e eu era o braço direito do dono de uma ala psiquiátrica. É bem assustador, confesso, mas não á como o famoso tempo, para fazer com que você se acostume. Graças aos deuses, eu fui transferida para uma ala calma, onde tratava somente de pessoas com depressão. Qualquer estagio, posso assim dizer.
Bem... calmo na maioria das vezes, como agora.
Eu trabalho aqui faz alguns anos, e por isso posso estar onde quero a hora que quero, e quando quero. Petter, meu chefe, estava á procura de bons prossionais para poder assim abrir seu hospital. Eu havia acabado de terminar minha faculdade. Ouvi alguns noticiários e por sorte consegui o emprego. Com tempo e confiança acabei por subir de cargo, me tornando uma das sócias do hospital. Mas esse não era só o meu sonho. Com o tempo, percebi que não queria só aquilo e por isso, mais tarde, consegui me formar na área da psicologia.
Lógico que conseguir tudo isso não havia sido nada fácil, mas eu tinha o apoio da minha família. e falando em família, eu tinha a melhor do mundo, sem duvidas. Eu era adotada. Sei pouco sobre meu passado e tampouco sei quem são meus pais verdadeiros. Meus pais, Mandy Teefey Gomez e Brian Teefey, contam que eles morreram em um acidente grave quando eu ainda era muito nova, com apenas alguns poucos anos.
Agora cá estava eu, Camila Cabello Teefey Gomez, formada em duas faculdades maravilhosas e fazendo o que realmente gosto.
- Nugget? – Sai de meu mundo paralelo reconhecendo aquela voz. – Atrapalho?
- Sel! – Corri em sua direção e a abracei. Minha irmã riu me apertando em seus braços, enquanto eu não demorei nada para encher suas bochechas de beijos. – Você nunca atrapalha, Sista. Mas o que te traz aqui?
- Nada, só estava com saudades e já que você quase não para em casa, e como também estou ocupada com a revista, achei que poderiamos almoçar juntas hoje. Mamãe disse que está nos esperando á noite para um jantar em família.
Selena Marie Gomez. Minha irmã e minha melhor amiga. Selena é minha confidente, um tipo de anjo sem asas, entendem? Gosta de ajudar todos e jamais te faz esquecer o quão especial você é. Tenha uma amizade com Selena e verá do que estou falando.
- Ainda faltam meia hora, mas vou pedir para que Ally fique de olho na clinica.
- Não me incomodo em esperar trinta minutos, sabe que não quero atrapalhar.
- Calada, Selena. Sabe que isso não é problema algum.
- É ótimo mandar e desmandar, não é? Pode sair a hora que quiser... – Selena comentou divertida.
- Você que o diga. Dona da revista mais famosa de Miami.
- É aquele ditado né...
- Que ditado?
- Como assim "que ditado", Camila? Não podemos ser mais amigas se você disser isso. É contra as regras! – Selena tinha os olhos arregalados e fingiu estar indignada.
- Ás vezes penso que tenho que lhe receitar alguns remédios. Você é extremamente louca!
- Você que é a louca! Jamais pense em responder "que ditado" quando uma pessoa lhe disser isso.
- Tá bem sua maluca, vamos almoçar.
(...)
Meu tempo com Selena era sempre rápido. Mas teria a sorte naquela noite de vê-la mais uma vez naquele dia, já que mamãe faria o jantar. Dona Mandy estava aprontando alguma, ela nunca fazia um jantar em família em um dia de semana, se não fosse para algo especial. Não que ela não gostasse dos nossos dias em família, mas sem duvidas estava aprontando algo.
Selena e eu conversamos sobre tudo naquele almoço. Desde nosso trabalho até pessoas que conhecemos nesses últimos dias, e fiquei surpresa ao saber que minha irmã estava saindo com alguém, e uma garota. Não que eu não aceite isso, até porque sou lésbica assumida, mas foi uma surpresa com Selena. Não sabia que minha irmã mais velha também gostava de mulheres.
- Mas eu não sou lésbica, Camila.
- Mas você está saindo com uma mulher, isso quer dizer que você é tudo, menos hetero.
- Eu só me senti atraída por ela. Não é como se fossemos casar. – Bufou revirando os olhos. – Ela é uma boa pessoa, e eu amo pessoas que são uma boa pessoa.- Disse sorrindo e não pude deixar de sorrir junto. - Fora que, não sei se você sabe, mas o B de LGBTQIA+ não é de bolacha.
- Então você está apaixonada, huh?
- Ai Nugget, para! Eu espero que não. Você sabe... Faz tempo que não me envolvo com ninguém desde que terminei com Dylan. – Dylan. O ex- namorado de minha irmã, que a fez sofrer mais do que a fez feliz. Selena o amava tanto, mas não era reciproco. Lamentável.
- Talvez essa seja a chance de você recomeçar. Se apaixonar não é um bicho de sete cabeças, Sel. Eu não sei porque as pessoas estão deixando de ser grandes boiolas por alguém. É tão bom estar apaixonado e ser reciproco. Tenho a impressão de que já vivi um grande amor. Mas enfim... Caiu? Levante novamente e siga, por mais difícil que possa parecer, tudo em nossa vida é passageiro, está ali somente para nos servir de aprendizado. - Selena realmente prestava atenção no que eu dizia. - Você é linda. Só um estalar de dedos e tem quem quiser ao seu lado e ainda sim não faz isso, porque sabe que o amor não surge desta forma. E olhe pelo lado bom, você nem precisou disso desta vez, e talvez seja por isso que esteja assustada. Está apaixonada por uma garota.
- Você é a mais nova, eu quem devia estar lhe dizendo essas coisas, Nugget.
- Eu tenho vinte e sete anos de idade, você é só dois anos mais velha, não me venha com essa.
- Vou aceitar esse conselho, irmãzinha.
(...)
NARRADOR POV
Lauren parecia viajar em seu mundo. Seus olhos sem brilho algum, e suas olheiras escuras chamavam atenção num rosto tão belo.
A mulher tinha seus olhos focados em sua filha. Aquela seria a ultima vez que a veria por tempo inderteminado, até que estivesse melhor e pudesse voltar. Lauren, depois de muito surtar, aceitou o fato de que agora precisava de ajuda e infelizmente a ajuda não poderia vir de eus pais e amigos.
Clara e Michael estavam assustados com a situação da filha, assim como as amigas, e então depois de conversarem, decidiram que o melhor para Lauren, seria uma internação psiquiátrica, até que a mulher melhorasse, para assim recomeçar sua vida outra vez.
- Está pronta, querida? – Clara perguntou da porta, vendo o olhar triste de sua menina.
- Não sei se vou suportar ficar longe de Luna.
- Pense que você está indo para melhorar e voltar para ela. Você sabe que agora não pode dar a atenção que ela precisa, então precisa ir. Estaremos esperando por você, meu amor. Eu mais do que ninguém não quero lhe ver sofrendo e por isso preciso que seja forte.
Lauren nada disse, apenas aproximou-se do pequeno bebê, deixando um beijo demorado em sua testa. As lágrimas não tardaram a cair, fazendo Lauren fechar os olhos para aspirar aquele cheirinho delicioso que sua filha tinha.
- A mamãe ama você, Luna. Voltarei em breve, minha pequena. Vamos ser muito felizes depois, ok? A mamãe promete.
E foi como se suas palavras virassem ações. Mal sabia Lauren o que viria...
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Salvation (REMAKE)
FanfictionVocê acredita em reencarnação? Lauren Jauregui perde a pessoa que mais amava. Depois que sua esposa sofre um trágico acidente, a mulher se vê perdida em sem rumo. Para Lauren, a vida não faz mais sentido, mesmo que sua pequena filha de oito meses, L...