Pov. Mel
Acordei assustada com o barulho de um trovão. Prestei atenção e ouvi a chuva forte cair lá fora. Não é possível que esteja a trovar, este um dia bonito com um tempo bom e agora está a cair o mundo lá fora. Eu não tenho medo de trovoada mas o barulho é algo que me assusta e não me deixa dormir. Parece que vai ser uma longa noite.
Passei uns vinte minutos na cama a tentar adormecer mas aquele barulho alto sempre me fazia acordar. Desisti e levantei-me.
Fui há cozinha para beber um copo de água ou comer alguma coisa para deixar o tempo passar e ver se a tempestade passe.
Mais uma vez assustei-me quando entrei na cozinha, parece que eu e o Justin sempre combinávamos de nos encontrar. Na verdade se nós combinássemos talvez não no encontrássemos tantas vezes.
Eu: Oi- Eu disse e ele virou-se para mim com uma fatia de bolo que eu havia feito no dia anterior.
Justin: Oi. Está a virar rotina encontremo-nos.
Eu: É parece que sim. Eu vim só dar uma volta mas já vou voltar para a cama.
Justin: Dar uma volta? A meio da noite?
Eu: Não conseguia dormir.
Justin: Então somos dois. O que é que te está a tirar o sono - Por um momento sorri para mim mesma ao lembrar-me das mensagens.
Eu: Esta tempestade e a ti?
Justin: Insónias. Tens medo de tempestades?
Eu: Medo não mas o barulho não me deixa dormir e ás vezes assusta-me .
Justin: Não tens medo mas asustas-te.
Eu: Eu não tenho medo mas mesmo sabendo que vai vir um trovão eu assusto-me.
Justin: Entendi.
Eu: Acho que vou voltar para a cama.
Justin: E vais conseguir dormir?
Eu: Provavelmente não.
Justin: Queres vir deitar-te comigo? - Ele falou um pouco mais baixo mas eu juro que ouvi bem. Eu ouvi bem certo? Ele perguntou se eu queria ir dormir com ele.
Eu fiquei meio paralisada com a pergunta que ele fez e ao mesmo tempo pensei novamente nas mensagens que tínhamos trocado poucas horas atrás. Hoje o Justin parecia diferente, mais solto. Será que ele bebeu sem eu reparar?
Eu tentei manter-me firme mas pessoalmente é diferente das mensagens, atrás do ecrã é mais fácil eu responder aquilo que realmente quero dizer. Pessoalmente eu só consigo ficar envergonhada e sem saber o que responder.
Justin: Melany? Ouviste o que eu disse?
Eu: Ouvi.
Justin: E...
Eu: E acho que vou voltar para a minha cama.
Justin: Mas não consegues dormir.
Eu: Irei acabar por adormecer.
Justin: Melany, a sério podes vir deitar-te comigo, não vais perder nenhum bocado e pode ser que consigas adormecer.
Ele aproximou-se de mim que estava perto da bancada, imediatamente baixei a cabeça, não só por vergonha mas com receio de olhar no seus olhos e acabar por tremer pela aproximação. Ele pegou delicadamente no meu queixo e com uma força leva mas firme levantou a minha cabeça fazendo-me encara-lo. Ele tinha um sorriso tímido no rosto, algo que eu nunca tinha visto nele, estava tão habituada a ver o Justin com um sorriso brincalhão ou com uma cara mais séria quando estava a resolver os problemas do seu trabalho que ver este sorriso fofo e, de certa foram, até receoso pela proposta que tinha feito, fez com que eu sentisse um arrepio percorrer todo o meu corpo.
Justin: Vem comigo.
Eu: Justin, tu és meu chefe. Não é certo.
Justin: E quero ser teu amigo. É como amigo que estou a pedir-te para vires comigo.
Eu: Mas...
Justin: Eu fico quietinho Melany, só quero que tu consigas descansar.
Ele manteve sempre um forte contacto visual comigo. O seu olhar perfurava a minha alta de tão intenso. O seu sorriso transmitia-me confiança e isso fazia-me sentir confortável. A sua proposta era algo realmente tentador, não por malícia mas porque eu realmente precisava dormir e sozinha sei que não iria conseguir, sempre que fechava os olhos e ouvia um trovão eu acordava assutada.
Justin: Vem.
Ele pegou na minha mão e guiou-me até ao seu quarto que se encontrava iluminado apena pela fraca luz de um candeeiro.
Apenas um lado da cama estava desarrumado e ele foi até ao lado que estava arrumado e abriu a cama. Eu desisti de tentar discutir com ele sobre como isto era errado e como a minha mãe me mataria se soubesse e apenas fui até lá e deitei-me.
Ele deu a volta à cama e deitou-se no outro lado. No momento em que ele se deitou e se cobriu aconchegando-se eu comecei a ficar nervosa. Na verdade eu já estava nervosa antes mas naquele momento é que eu senti o nervosismo com toda a força. Senti a minha respiração começar a ficar mais acelerada e o meu corpo travou completamente. Ambos estávamos deitados de barriga para cima com um espaço considerável entre nós os dois.
O Justin virou lentamente o seu corpo para mim e sorriu de forma simpática e acolhedora.
Justin: Estás exatamente igual a esta tarde no carro.
Eu: Como assim igual?
Justin: Paralisada, também estas com medo de estragar a cama?
Eu: Não, estou normal.
Justin: Já passamos essa fase Melany.
Eu: Só estou nervosa porque isto é estranho.
Justin: Isto o quê? Ninguém esta a fazer nada.
Eu: Estar na mesma cama que tu. A minha mãe mata-me se descobre.
Justin: Deixa as paranoias e anda dormir.
Quase morri de susto quando senti a sua mão pousar na minha cintura e puxar-me mais para o centro da cama. A principio pensei em afastar-me dele e dormir na ponta da cama, o mais longe possível do si mas desisti da ideia Quando ele encostou ainda mais o seu corpo ao meu. O calor do seu corpo aqueceu-me a alma, um sentimento de conforto percorreu o meu corpo por inteiro. Desisti de lutar contra as ideias morais que me fazia querer sair dali e entreguei-me à vontade que eu realmente tinha, dormir ali, nos seu braços, no seu conforto.
Justin: Boa noite pequena.
Pov. Justin
A Melany virou o seu corpo ficando de costas para mim. Sorri com o seu ato e deixei o meu braço relaxar na sua cintura. Os nosso corpo ficaram perfeitamente encaixados e eu senti um conforto que já não sentia à muito tempo, talvez até nunca tenha sentido um conforto tão grande.
Melany: Boa noite Justin.
Esta simples aproximação já me fazia tão bem. Como é possível ficar tão bem em um abraço?
A imagem da Melany deitada na minha cama, tranquila e descansada, sem malicia, sem segundas intenções sem nada além de carinho, ternura e amizade. Esta imagem dela deixa-me confuso, os meus sentimentos estão confusos, a inicio pensei que sentia atração pela Melany, ela é uma garota perfeita, tem realmente um corpo maravilho mas agora, agora é diferente.
Sinto os meus pensamentos divididos, por um lado a Melany, esta garota inocente e simplesmente perfeita que tenho agora nos meus braços. Por outro lado uma anônima, uma pessoa que me conquista pelo mistério.
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O Meu Patrão 👉jb
FanfictionMelany (mel) filha de uma empregada de Justin. Convive com ele todos os dias e é apaixonada ha anos. Tudo muda quando ela encontra o seu numero e a sua mãe tem de sair do país, então ela fica a empregada da casa EM PROCESSO DE REVISÃO. Autora: plági...