Pov. Justin
Acordei mas fiquei de olhos fechados, dei falta do corpo da Melany e procurei pela cama ainda de olhos fechados. Não encontrei então abri os olhos de forma lenta. Ela estava no outro lado da cama, sentada e com as costas encostadas na parede.
Eu: Bom dia.
Melany: Bom dia.
Eu: Ainda é cedo, vamos voltar a dormir - eu disse depois de olhar ela janela e perceber que o sol ainda só estava a nascer.
Melany: Eu não consegui dormir.
Eu: Estiveste acordada até agora?
Melany: Dormi uma hora, talvez até menos.
Eu fui para mais perto dela e sentei-me também na cama.
Eu: Queres conversar?
Melany: Não, está tudo bem. Podes voltar a dormir. - Ela falou de forma um pouco rude mas não parecia chateada, parecia triste e cansada.
Eu: Estás assim por minha culpa?
Melany: Mais ou menos.
Eu: Odeio essas respostas vagas. Estás assim por minha culpa?
Melany: Caralho Justin só preciso de pensar.
Eu fiquei calado, nunca tinha visto a Melany falar mal nem neste tom de voz. Reparei que o seu rosto estava ligeiramente molhado, provavelmente ela esteve a chorar. Eu permaneci séria a olhar para ela tentando ao máximo compreender o que estava a acontecer. Pensei que seria pelo que tinha acontecida algumas horas atrás, afinal eu também ainda estava magoado mas não acho que fosse isso, pelo menos não parecia ser só isso.
Melany: Desculpa. Eu estou confusa e cansada.
Eu: Eu compreendo, só estou preocupado.
Melany: Eu não quero falar sobre o assunto.
Eu: Mas talvez eu possa ajudar.
Melany: Não podes.
Eu: É sobre o que aconteceu?
Melany: Em parte sim. Eu estou triste por não te ter contado a verdade antes.
Eu: Queres falar agora disso?
Melany: Eu não irei conseguir ficar em paz enquanto não te explicar as coisas mas parece que tu ja estás bem com o assunto.
Eu: Eu não estou bem com o assunto, só queria esquecer durante algum tempo. Iria falar contigo sobre isso em algum momento.
Melany: E quando seria esse momento? Eu tenho necessidade de te explicar ou não ficarei bem comigo mesma.
Eu: Então explica, diz tudo o que precisas.
Melany: Agora?
Eu: Porque não, já estamos acordados de qualquer maneira. Diz-me porque é que me mandaste mensagem sem dizeres quem eras e continuaste a falar comigo mesmo depois de nos aproximarmos?
Melany: Eu.. Eu nem sei por onde começar. Explicar-te isto implica mais do que tu achas e eu estou com vergonha de admitir algumas coisas mas sinto que tenho de te dizer porque já passo o tempo de te dizer.
Eu: Sou todo ouvidos.
Melany: Então não me interrompas que assim digo tudo de uma vez.
Eu: Vou ficar calado.
Melany: Então...Desde que eu comecei a estar mais tempo aqui pela casa que eu senti algo por ti. Não era amor, paixão ou algo do género, era atração. Para além disso sempre admirei muito a tua maneira de ser, és uma pessoa "poderosa" no mundo dos negocios mas mesmo assim és humilde e tratas bem quem está ao teu redor. Isso juntamente com a tua beleza encantou uma jovem que era excluida por ser de uma classe inferior. No dia em que me encontraste no teu quarto, acho que foi no mesmo dia em que a minha mãe foi embora, eu encontrei um pedaço de papel com o teu numero e não resiste a guarda-lo. Eu vi ali a possibilidade de tentar ser mais do que a jovem iludida, excluída e pobre. Eu podia ser que eu quisesse e podia dizer o que quisesse porque tu não saberias quem era e assim eu não teria vergonha. Para além disso tu sabes como eu sou mais quieta e tímida e atras de um ecrã e estava escondida, não precisava de ter vergonha. Os dias foram passando e eu pensei algumas vezes em dizer a verdade, comecei a dar-te dicas para que tu descobrisses sem eu ter que te dizer, porque eu tinha medo de dizer a verdade, sabia que ficarias chateado e com razão. Eu não tive coragem de dizer mais cedo mas eu nunca te quis enganar nem mentir e eu só queria não ser eu durante algum tempo. Desculpa.
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O Meu Patrão 👉jb
FanfictionMelany (mel) filha de uma empregada de Justin. Convive com ele todos os dias e é apaixonada ha anos. Tudo muda quando ela encontra o seu numero e a sua mãe tem de sair do país, então ela fica a empregada da casa EM PROCESSO DE REVISÃO. Autora: plági...