13- O que queres que faça?

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Pov. Mel 

Acordei a sentir um grande peso sobre mim. Abri os olhos de forma lenta e vi que o Justin estava a dormir em cima de mim.

Eu: Justin- Chamei-o num susurro. Não queria ter de acorda-lo, parecia tão relaxado, mas eu estava a ficar sem ar.

Eu: Justin - Chamei um pouco mais alto mas ele continuou sem se mexer. Deixei um beijo na sua testa que estava no meu ombro - Justin acorda -Deixei mais um beijo na sua testa e em seguida dei alguns no seu rosto. 

Justin: Que bela maneira de acordar - Eu parei de o beijar quando ele falou.

Eu: Sai de cima de mim - Ele virou o corpo e ficou deitado ao meu lado.

Justin: Já não tenho direto a beijos.

Eu: Era só para acordares.

Justin: Podias ter chamado

Eu: Eu chamei mas tu nem te mexeste.

Justin: Chamavas mais alto.

Eu: Não te queria assustar.

Justin: Admite que preferiste os beijos.

Eu: Só não queria gritar.

Justin: Hum, sei. - Ele levantou levemente o corpo e beijou a minha testa.

Justin: Bom dia Honey

Eu: Bom dia Bieber- Ele sorriu de forma humorada.

Justin: Nunca ninguém disse o meu apelido de forma tão bonita.

Eu: Como assim?

Justin: A tua voz Honey, a tua voz.

Eu: O que tem a minha voz.

Justin: Parece a voz de um anjo mas ao mesmo tempo é sensual. - Ele aproximou o seu rosto do meu e eu deixei o meu corpo parada mas por dentro tinha um turbilhão de emoções. 

Justin: Hora de levantar - Ele deixou um beijo na ponta do meu nariz e levantou-se da cama.

Fiquei alguns segundos parada na cama mas logo me levantei. Fiquei parada ao fundo da cama a observar o Justin que estava no seu guarda roupa. Ele estava de costas e sem camisa, tentei desviar o olhar mas fiquei presa. Até de costas ele conseguia ser extremamente atraente. Analisei cada centímetro da sua pele e dei atenção a todos os desenhos que decoravam o seu corpo. Assustei-me quando ele se virou e por instinto virei-me e acabei por cair ao tropeçar na cama. 

Ele veio até mim com uma expressão de preocupação no rosto.

Justin: Estás bem? - Ele deu-me a sua mão para me ajudar a levantar.

Eu: Estou. Obrigada. 

Eu levantei-me e ele aproximou-se de mim e sussurrou perto da minha orelha.

Justin: Tu de costas também és muito atraente.

Eu: O quê?

Justin: Eu tinha um espelho há frente Melany. - Ele parecia humorado com a situação enquanto eu só queria encontrar um buraco para meter a cabeça.

Mais um vez ele estava próximo, muito próximo. Parecia que nos últimos dias os nossos corpos viviam colados um no outro e o verdadeiro problema é que eu gostava da sensação de o ter colado a mim. Gostava da sensação de ter o meu corpo arrepiado com os seus atos.

Justin: Se eu te beijar vais fugir?

Eu: Tu queres-me beijar? 

Justin: Sim. Quero fechar os olhos e sentir os meus lábios encostra nos teus. Beijar cada milímetro com intensidade e delicadeza. -  Ele levou as suas mãos ao meu pescoço, segurando o meu rosto e mantendo os nossos rostos quase colados um no outro - Juntar ainda mais o teu corpo no meu. Quero poder sentir a textura dos seus lábios nos meus. Posso?

Eu fiquei quieta enquanto assimilava as suas palavras, encarei os seus olhos e tentei perceber se ele estava realmente a falar a sério. Percebi que era realmente sério e o medo espalhou-se pelo meu corpo. Pode parecer estranho para algumas pessoas mas eu nunca tinha beijado ninguém, estava com os meus dezoito anos e nunca beijei ninguém. Isto é, eu beijei na brincadeira quando era muito mais nova mas era uma selinhos sem importância, mas nunca beijei de verdade. Sempre estive rodeada de pessoas com uma condição financeira muito superior à minha e apesar de essas pessoas me considerarem boa o suficiente para amiga eu nunca fui boa o suficiente para ser namorada ou até apenas para beijar. Eu sempre fui a filha da empregada.

Eu: É melhor não Justin,

Justin: E porque não? 

Eu: É melhor não - Eu estava com muita vontade de o beijar mas estava com muito medo de não saber beijar.

Justin: Não me queres beijar?

Eu: Não. - EU QUERO.

Justin: Tens a certeza?

Eu: Não.

Justin: Tu não tens a certeza de que não me queres beijar?

Eu: É melhor descermos, os rapazes...

Justin: Eles já saíram. Fiquei confuso Honey.

Eu: Eu também - Caralho, parecia que ele conseguia ver os meus segredos mais profundos só através dos meus olhos de tão intenso que este contacto visual está.

Justin: Assim fica difícil. O que queres que faça?

Eu: Eu quero que me beijes mas não quero que me beijes. 

Justin: Mais explícito.

Eu: Eu quero que tu me beijes mas eu tenho medo.

Justin: Medo de?

Eu: De não saber beijar -  Na hora me arrependi de ter falado. O seu sorriso desapareceu aos poucos e ele ficou com uma expressão de confusão. Procurei forças até no inferno para me confessar e passar pela vergonha.

Eu: Eu nunca beijei ninguém Bieber.

Justin: Impossível.

Eu: Possível.

Ele afastou-se um pouco de mim e tirou as mãos do meu rosto.

Justin: Seria muito estupido eu pergunta o porquê?

Eu: Não.

Justin: Porque é que nunca beijaste? Fizeste promessa, pacto, juras de amor?

Eu: Nunca ninguém me quis beijar.

Justin: Não é possível. Eu preocupado que tu fosses toda religiosa e tivesses feito alguma promessa. Espera, ninguém te quis beijar?

Eu: Isso mesmo.

Justin: Porquê?

Eu: Porque cresci rodeado de pessoas ricas que me viam como uma boa amiga mas nunca digna de ser namorada ou até de beijar.

Justin: Eu não posso estar a ouvir isto..

Eu: Mas é isso mesmo. Sempre fui apenas a filha de uma empregada Justin.

Justin: Vem cá. - Ele puxou-me para um abraço e eu encostei o resto no seu peito descoberto e senti uma lágrima solitária escapar.

Justin: Tu és muito mais que a filha da empregada. E és linda para caralho.


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