(GRANDE) :
“Sammy, vai estudar.”
“Não. Sair? Ainda no fim de semana passado o fizeste, nem pensar! Tens que estudar!”
“Ainda és muito nova, não percebo como esse rapazinho ainda tem paciência para ti!”
E é isto, quer dizer, uma pequena parte de todas as palavras, castigos e proibições que a minha mãe me impõe. Um verdadeiro inferno. Perdi-o. Perdi o rapaz dos meus sonhos por causa dela… e simplesmente não tenho como o recuperar, visto que não posso fazer nada! Sim, a minha vida é um inferno!
"Sammy! Acorda, tens que ir para a escola." Gritou a minha mãe enquanto me destapava e abria o estore do meu quarto, rapidamente a luz incidiu nos meus olhos e aí me lembrei do porquê destas dores de cabeça. Os estudos.
"Mãe, só mais 5 minutos… estive acordada até tarde a estudar..." Pedi fracamente devido ao peso que sentia nos olhos e à voz rouca que de mim saía.
"Nem pensar! Tens que tomar um bom pequeno almoço, visto que tens teste hoje!" deslocou-se até à porta." Tens 10 minutos para estares lá em baixo, Samanta!" ordenou.
Não sei o porquê desta mulher querer controlar cada passo da minha vida, - talvez porque é minha mãe, não? - a verdade é que atormenta os meus dias, faz-me sentir incapaz, tortura-me quase.
Levantei-me e vesti algo prático, nunca liguei muito ao que visto ou como me apresento, mas a verdade é que desde que o Harry entrou na minha vida isso mudou. Ele mudou-me. Penteei suavemente os meus cabelos loiros e compridos e simplesmente os deixei soltos. Pûs rimel e peguei na mala. Um palpite forte no fundo da minha barriga, causando-me uma certa ansiedade, fazia-se sentir. Tentei navegar nos meus pensamentos para saber da origem de tal acontecimente e, rapidamente, me lembrei. O trabalho.
Depois das aulas tenho um trabalho de biologia para fazer com Harry, em sua casa. Por muito estúpido que seja - depois de todas as vezes que fui áquela casa, que dormi lá, que encontrei carinho e adoração da sua família para comigo- continuo a sentir receio de encarar aquelas caras familiares, aquela casa. Nem sei como a minha mãe me deixou ir, mas sei que ela apenas se preocupa com o meu futuro e, no fundo, bem lá no fundinho, ela gosta do Harry assim como adora os seus familiares.
Saí do quarto e dirigi-me á cozinha. Dei um beijinho na pequena Luana, minha irmã mais nova de 6 anos, que, por estranho que pareça, com 11 anos de diferença é das poucas pessoas que me compreendem.
" É preciso levar-te à escola, Samanta?" Perguntou, sorridente, o meu pai.
" Sammy pai, Sammy! Sabes que odeio que me chamem Samanta!" relembroo "Mas sim, podes levar!" Coloquei novamente o olhar na tinha taça de cereais, ainda quase cheia e levei uma colher cheia de pequenos cereais de mel à boca.
"Assim tens mais tempo para estudar antes do teste! Já sabes que tens que tirar boas notas, é o teu futuro -" interrompo-a
"Eu sei mãe, eu sei! Dizes isso todos os dias... Estou farta que penses que não consigo tomar conta de mim!" falei friamente, tal e qual como me sinto, levantei-me e peguei na minha mochila colocando-a ao ombro "Será que podemos ir, pai?" rodo nos calcanhares para encarar os bonitos olhos cinzentos da figura paternal à minha frente.
" Victoria, ela tem razão!" O meu pai dirigiu-se à minha mãe depois de soltar um longo suspiro. Despediu-se da pequena Luana e pegou nas chaves do carro "Vamos lá, querida" diz amavelmente.
Durante a curta viagem até à escola, os meus pensamentos vagueavam na estranha hipótese dos meus pais se terem apaixonado, eles são o oposto, e estão, de certa forma, quase sempre em desacordo, mas acima de tudo, amam-se, amam-se muito. Será que o velho ditado que os ospostos se atraem é verdade? De qualquer forma, se assim é, os meus pais são a prova disso, sem sombra de dúvidas!
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I'll be there
FanfictionEx namorados que jamais se esquecerão, no meio de novos amores e muita confusão, Harry e Samanta vivem intensamente o seu amor. E esse, venha quem vier, não acabará.