“Se não quiseres contar, está tudo bem.” Zayn olha-me com preocupação nos seus olhos brilhantes castanho caramelo. Como duas batatas de uma vez, eu julgo que seja dos nervos.
“Talvez eu precise de desabafar.” Brinco com os dedos. Este assunto deixa-me sempre tão vulnerável. “Isto está-me a consumir.” Admito.
“Estou aqui para ti.” A sua mão está exatamente em cima da minha a dar-me todo o apoio que eu necessito neste momento e, de certa maneira, a encorajar-me.
“Eu estava a brincar com ela, mais precisamente a fazer-lhe cócegas…” começo. “E bem… ela estava sentada num pequeno muro…” um aperto no peito sufoca-me, deixando assim a minha respiração irregular e difícil “ela caiu… eu… eu… não sei, Zayn… eu estava assustada…” soluços escapam pela minha boca, sinto-me como se todos os meus líquidos estivessem a ser sugados do meu corpo. “Ela apenas chorava, não mostrava qualquer tipo de fratura… eu fui tão inconsciente…” Zayn limpa algumas lágrimas do meu rosto. “Não a levei ao hospital, nem disse nada a ninguém, eu pensava que não tinha sido grave, mas depois… depois ela… estava a comer e ficou maldisposta… ela estava tão amarela, Zayn…” parei de encarar as minhas mãos e olhei diretamente nos olhos de Zayn “Ela foi para o hospital e acabou por morrer porque fomos tarde demais, ela morreu por causa daquele maldito traumatismo craniano. Aliás, ela morreu porque eu fui uma inconsciente e irresponsável.”
As minhas lágrimas e soluços compulsivos chamam a atenção de muita gente. Eu pergunto-me se estas pessoas nunca viram ninguém a chorar, mas bem, a verdade é que talvez elas estejam apenas curiosas ou até mesmo preocupadas por terem uma rapariga desesperada em lágrimas, talvez eles só querem ajudar. Ignoro todos os olhares e encaminho-me até Zayn, onde me sento em seu colo e agarro-me ao seu pescoço como um bebé, choro os restantes líquidos que possam haver no meu corpo. Quando, finalmente, as minhas lágrimas começam a secar, Zayn afasta-se um pouco e encara os meus olhos.
“Queres ir para casa?” Ele pergunta com os seus olhos brilhantes.
“Não.” Digo sinceramente. “Não quero ficar sozinha.” Admito.
“Podes vir para minha casa se quiseres.” O moreno propõe.
Nesta altura fugir dos problemas e ir até casa de Zayn parecia a melhor solução. Estava bastante melhor agora, depois de desabafar.
Quando chegámos a casa de Zayn, a sua mãe estava sentada no sofá da sala, ela sorriu amavelmente ao ver-me, pois já cá tinha vindo algumas vezes fazer trabalhos ou só porque sim. Sorri-lhe de volta.
“Samanta! Que bom ter-te cá!”
“É bom estar cá.” Digo honestamente.
“Está tudo bem, querida? Pareces triste.”
“Estou bem.” Sorrio fracamente.
“Vamos lá para cima, se precisares de algo, diz.” Zayn acaba com a pequena conversa entre mim e Trisha, a sua mãe assente com um sorriso simpático, mas ao mesmo tempo preocupado.
Quando entrámos no grande quarto de Zayn, decorado a preto e branco, o rapaz de cabelo escuro deixa-se cair na cama, repito o seu acto e aprecio o teto branco.
“A tua mãe deve pensar que estamos… Oh, meu Deus!” Escondo a minha cara com as mãos.
“É provável!” o vermelho das minhas bochechas torna-se saliente. “Oh, estava a brincar. Ela sabe que tu e o Harry namoraram e que bem… Sei lá, acho que a minha mãe não ia pensar que te trouxe cá a casa no estado em que estavas e que te levaria para a cama com ela em casa.” Um riso leve sai dos meus lábios. Zayn é sempre tão honesto.
“Eu e o Harry namorámos, mas é passado. Ele agora tem a Sarah e bem, eu quase que não ia sabendo…”
“Isso foi baixo. “ Zayn roda a cabeça e olha-me fixamente.
“Sim foi, mas eu quero seguir em frente. Não posso estar presa ao passado, entendes?” rodo a minha cabeça para poder olhá-lo nos olhos.
“Entendo.” O seu sorriso faz o meu aparecer.
Depois de múltiplas conversas e gargalhadas, decidimos que estava na hora de irmos ao cemitério, pois não tarda nada vai chover. Zayn emprestou-me uma sweat sua, o tempo arrefeceu desde a nossa corrida matinal.
“Isto é tão injusto.” Coloco o ramo que comprara anteriormente na campa da minha pequena prima.
Sento-me no passeio, ao lado da campa, olho para a fotografia de uma criança inocente, a sorrir. O seu sorriso fazia magia, ela era a alegria da família e faz muita falta. Nunca me vou perdoar, mas quero pelo menos tentar.
“Não quero que chores mais.” Zayn senta-se ao meu lado, no passeio e, segura-me bem no seu peito. “Está tudo bem…” brinca com o meu cabelo.
Começou a chover torrencialmente e ali ficámos parados, à chuva e em silêncio.
“Obrigada por tudo, Zayn.” Olho nos seus olhos, ele beija a minha testa.
“Não tens de agradecer, Sammy. Estou aqui para tudo o que precisares.”
E, antes que possa raciocinar, os meus lábios encontram os seus.
SIM, ISTO ACONTECEU MESMO, OLÉ!
CÁ ESTÁ A HISTÓRIA DA ABBY, OOPS. LEIAM KARMA POR FAVOR, TAMBÉM É IMPORTANTE PARA MIM :(
E VOTEM!!!!!!!!!! lá estou eu a ser pedinte
VOCÊ ESTÁ LENDO
I'll be there
FanfictionEx namorados que jamais se esquecerão, no meio de novos amores e muita confusão, Harry e Samanta vivem intensamente o seu amor. E esse, venha quem vier, não acabará.