Capítulo 5 - Um anjo no meio da escuridão.

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doendo ainda mais, ela escutou uma risada sombria, seu corpo congelou, o medo invadiu seu corpo, ela tremia e perdeu o controle de suas pernas caindo de joelhos, queria gritar de doer ao se chocar contra o chão. A risada estava próxima, o eco dominava o local, as vozes ainda se lamentavam, Julia queria correr, ir embora daquele lugar, queria gritar mais sua voz não emitia som, ela chorou, aquela risada era sombria como aquele lugar, sabia que ali morava a maldade, ela só podia esperar pelo pior, ninguém poderia salvar-la, esse era seu fim. Fechou seus olhos e lembrou-se de sua família, seus amigos e seu namorado, lembrou-se do noivado, lembrou-se do som do piano, as vozes sumiram aos poucos, aquela risada já não ecova no lugar, ela abriu os olhos e viu uma luz, era linda, tão clara e forte que fez os olhos dela arderem, então ela escutou uma voz suave.

Levanta, precisamos sair daqui antes que eles voltem. - Apesar do tom preocupado da voz, existia ternura, era suave e calma. Ela forçou seus olhos e conseguiu enxergar o garoto, era lindo, parecia um anjo, seus traços eram perfeitos, seus olhos, o formato de seu rosto, ele era uma obra de arte, ele estendeu as mãos e ela automaticamente segurou, quando ele finalmente levantou ela, percebeu a expressão de dor e seus olhos se encontram, por segundos ela se perdeu naquele olhar, estava nos braços dele, tudo a sua volta parou, ela até esqueceu de respirar, não falaram nada apenas se olharam de uma forma intensa, naquele momento Julia pensou que ele fosse seu anjo e que ela tinha morrido, um anjo perfeito.

Precisamos ir, eles estão voltando. - Ele disse enquanto pegava ela no colo e tirava ela daquele lugar horrível, Julia encostou sua cabeça no ombro dele, estava exausta, então adormeceu.

Quando acordou uma luz invadiu o lugar, ela mal conseguia abrir os olhos e aos poucos foi conseguindo enxergar ao seu redor. O lugar era lindo, tinha flores por todos os cantos, passaros cantando, arvores de todos os tamnhos e escutou o som das águas. Por um segundo ela pensou se aquele não era o paraíso, pois o lugar era maravilhoso, perfeito e incrível. Quando seus olhos pararam de arder por causa da luz ela conseguiu enxergar pessoas andando de um lado pro outro, todos vestiam branco, tinha idosos, crianças e adultos. Um pouco a frente dela tinha um senhor rodeado de crianças, ele estava contando algo que fazia as mesmas rirem, o som da risada fazia seu coração ficar calmo, aquele lugar transmitia paz e tranquilidade. Ela não conseguia levantar-se, seu corpo todo estava doendo, quando gemeu de dor, uma garota que aparentava ter dez anos surgiu, trazendo um copo de água.

Você não deveria levantar, chegou aqui muito machucada. - Ela disse com uma voz suave e mostrou uma delicadeza ao tocar o rosto de Julia após entregar o copo com água. - Beba, logo vai se sentir melhor.

Onde estou? Que lugar é esse? - Julia estava desperada por respostas, fazia tempo que não sabia de sua família e a mudança de ambiente de um lugar sombrio para um lugar de paz fazia ela questionar se realmente tinha sido sequestrada, por um segundo pensou que aqueles eram seus salvadores, então lembrou do homem que tinha salvado ela do lugar sombrio, respirou fundo e outra vez pergunta, mesmo sabendo que provalvemente a garota na sua frente não responderia. - Cadê o homem que me salvou? Por favor diga alguma coisa. - Insitiu após a garota permancer em silêncio.

Ele está ocupado, cuidou de você por muito tempo, logo ele vem te visitar, você está segura e quando o mestre vir ele vai explicar melhor as coisas, tenha paciência. - Ela sorrio encantadoramente, seu olhar era acolhedor, tinha um brilho na garota que fazia Julia confiar nela.

Espera, me diga seu nome? - A garota já estava indo embora, por um segundo parou e com a voz meiga e suave disse seu nome. - Meu nome é Anne, o mestre disse que seu nome é Julia, eu gosto do seu nome, preciso ir agora, depois eu volto.

Julia ficou observando a garota se afastar, seus passos eram delicados assim como a garota, por um segundo fechou os olhos e adormeceu, quando acordou percebeu uma sombra próximo, abriu os olhos rapidamente com medo que fosse o homem sombrio daquele lugar horrível, mas seus olhos brilharam quando percebeu que a sombra era do seu salvador, seu anjo, aquele que tirou daquele lugar, ela sorrio, finalmente pode notar as perfeições dele, seu olhar era como diamantes, seu rosto era detalhado com se fossem uma obra de artes, seu corpo era definido e dava para perceber os muscúlos definidos atráves da camisa branca, ele sorrio de lado e o coração de Julia acelerou como nunca tinha acontecido antes, seu corpo reagiu aquele olhar transmitindo sensações nunca sentida, em sua mente um única pergunta rondava. Quem era ele?

Você está melhor, Julia? - Sua voz suave era a peça final para sua perfeição, como alguém poderia ser perfeito? Julia não conseguia se mexer, não conseguia falar e estava hiponotizada pela beleza daquele homem, seus lábios se mexeram, queria falar qualquer coisa, porém o som da sua voz não saia, então balançou a cabeça e abaixou seu olhar, ficou muito tempo encarando ele e quando percebeu a vergonha invadiu sua alma. Ela pode escutar os passos, ele estava aproximando dela e seu coração bateu acelerado, podia sentir suas mãos geladas e suando frio, por qual razão ele tinha esse efeito sobre ela, a voz dele outra vez tirou ela do transe, era maravilhoso escutar aquela voz, pensou enquanto ele falava suavemente. - Não precisa ter medo, aqui você está segura Julia, vamos cuidar de você, a propósito eu me chamo Marcus.

Marcus, que lugar é esse? Como sabe o meu nome? Cadê minha família? - As perguntas invadiam sua mente, ela precisava de respostas e ele poderia dar as respostas que ela necessitava.

Julia, tenha calma, são muitas perguntas e você ainda não se recuperou, primeiro de tudo o que você lembra? - Ele mantinha a calma em sua voz, o que deixava Julia tranquila, mesmo assim ficar sem saber noticias de sua família deixava a mesma aflita.

Eu, eu não lembro de muita coisa. - Disse com um pavor em sua voz por perceber que não tinha muitas lembranças, tudo surgia como flashes, algumas imagens e depois sumiam.

Tenha calma, não força sua mente pois as lembranças ela vem aos poucos, você precisa descansar e recuperar as forças. Somente assim será explicado tudo que quer saber, tudo ao seu tempo, Julia. - Ela percebeu o carinho pelo qual ele pronuciava seu nome, o conforto que ele transmitia e por alguma razão ela confiava nele.

Tudo bem farei como quiser, eu estou com fome, tem algo para comer? - Ele balançou a cabeça e se levantou, indo buscar algo para a mesma comer, não sabia onde estava, não sabia quem era aquelas pessoas e não tinha noticias de sua família, mesmo assim aquele lugar era calmo, tranquilo e fazia ela sentir-se em casa. Aquelas pessoas não pareciam ruins, pelo contrario elas tinham bondades na alma.

Os dias foram passado, Julia estava recuperando cada vez mais, todos os dias ela conversava com Marcus e Anne, adorava a companhia de ambos, nesse tempo ela conheceu uma senhora que se chama Magda, ela que cuidava dos ferimentos de Julia e dava a moça remédios, também conheceu Pedro que muitos chamam de mestre, algumas vezes Julia brincava com as crianças. Sua mente ainda estava confusa, não sabia o motivo de está naquele lugar, não sabia nada sobre sua família e quanto mais convivia com aquelas pessoas mais admiração ela tinha por eles, se sentia em casa e sentia que aquele lugar era o paraíso.

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