ALTERNATIVE ENDING: Daddy

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Eu sentia as lágrimas escorrerem por meu rosto enquanto via-o se afastar. Tudo parecia tão lento, tão frio, tão incolor. Eu sabia que estava errado por ainda tentar com Jungkook. Eu sabia que estava errado por não dizer nada e apenas deixá-lo partir, mas meu corpo se recusava a me obedecer. Minha voz se perdera no misto de sentimentos e dores que se apossavam de mim. E então eu corri. Eu corri como se minha vida dependesse disso, e talvez, só talvez, realmente dependesse. Eu corri para fugir daquele lugar. Daquela visão. Daquelas lembranças. Eu corri como se pudesse afastar qualquer vestígio do perfume dele, qualquer som da sua risada, qualquer cor da sua alma. Ele dissera que eu havia me tornado um tom assustador de roxo, e eu realmente me sentia assim. Eu sentia o peso de todas as marcas, de todas as manchas, de todas as vezes que apanhei calado. De todas as vezes em que ele apanhou calado.

Sentia o peso de ser quem eu era, como eu era. Senti a culpa que não deveria existir. A culpa de me interessar por garotos. A culpa da morte de meus pais. A culpa da vida desgraçada que meu irmão tivera. A culpa por cada soco, cada chute, cada machucado no corpo de Jung Hoseok. Eu corri o quanto minhas pernas me deixaram, e quando não pude mais, apenas me ajoelhei no chão frio, deixando as lágrimas lavarem minha alma. Minha visão embaçada pelas lágrimas não me deixava reconhecer o lugar onde eu estava. Eu podia sentir o calor do sol abandonando a rua, até que, quando percebi, já havia caído a noite. Quanto tempo eu passara ali? Me lamentando pelas minhas escolhas erradas, por deixar de lado meu verdadeiro amor por uma aventura sem sentido. Me levantei, cambaleante, caminhando até minha casa. Haviam duas garrafas de vodka no armário, as quais eu peguei e levei para meu quarto. Se eu não teria o amor da minha vida, eu não precisaria mais estar sóbrio.

~

Já fazia um mês que Taehyung não aparecia na escola. Quando perguntei por ele na secretaria, disseram-me que ele estava em processo de transferência. Minha vida ao lado de Yoongi não era a mesma de antes. Morávamos juntos quando comecei a conversar com Tae, mas depois de tudo o que aconteceu, por mais que eu tenha dito que amava ele, ele não parara com suas crises de ciúmes doentias. Até que não suportei mais e aluguei um apartamento distante do dele. Não era tão perto da escola, mas o salário que eu recebia na cafeteria onde estava trabalhando era mais que suficiente para me manter, já que meus pais insistiram em pagar o aluguel pra mim. Porém, ele não saía da minha mente. Em momento algum o roso vibrante no qual Taehyung se tornara havia me deixado. Ele se espalhava pelas paredes do meu apartamento, dominando minha mente e se infiltrando em meus sonhos. Eu sentia que iria enlouquecer se não soubesse onde ele estava. Como ele estava.

Eu definitivamente amava Taehyung acima de qualquer erro ou medo. Tirei os sapatos, deixando-os à porta quando cheguei, e me direcionei para meu quarto, e foi então que senti meu coração parar. Minha respiração falhava, e meu olhos arregalados tentavam focar direito na imagem à minha frente. Havia um Taehyung com olhos vermelhos e inchados sobre minha cama. Ele usava uma saia rodada branca, e um suéter cropped cor de rosa. As meias que iam até suas coxas deixavam ele ainda mais adorável. Seu cabelo agora era de um lilás pastel. Ele estava completamente encantador. Os lábios cheinhos estavam muito vermelhos, provavelmente havia os mordido enquanto chorava, já que seu rosto deixava claramente esse fato à mostra. Me aproximei lentamente, focando seus olhos redondinhos, que me fitavam pedintes.

- Você disse que eu havia me tornado roxo. Eu não consegui me livrar completamente dessa cor, Hobi. Eu me livrei dos hematomas. Me livrei do meu irmão e do Jeon, mas eu não consegui me livrar da cor. Eu a mantive em mim. Me livrar dela seria o mesmo que me livrar de nós...
- Tae... Como você entrou aqui?
- Isso realmente importa, Hobi? Você quer que eu vá embora?
- Não! Tae...

Levei minha canhota até sua cintura, enquanto me ajoelhava sobre a cama, puxando-o para meu colo. Ele era tão leve e delicado que eu tinha receio de tocá-lo. Não me contive em juntar nossos lábios em um beijo gentil, mas que aos poucos, ele transformou em pura luxúria e desejo. As mãos dele passeavam pelo meu peito, arranhando-me com as unhas curtas e pintadas de azul. Levei as mãos à sua bunda branquinha, apertando com tanta força e desejo, que meus dedos deixaram grandes marcas avermelhadas. Taehyung não queria abandonar o roxo, eu não queria abandonar Taehyung, então eu lhe daria uma ótima razão pra ser as violetas do meu jardim.

~

Eu fodia ele mais rápido e forte à cada gemido que ele dava, dando tapas fortes em sua bunda, que provavelmente estava completamente marcada. Ele arfava em sintonia com minha respiração pesada, enquanto eu o sentia tão quente e apertado em volta do meu pau. Taehyung era lascivo, puramente impuro. Ele era a encarnação de todos os meus pecados, e eu o faria eternamente meu.

- Eu senti sua falta Tae... – Minha voz saiu como um sussurro em seu ouvido. Um sussurro pedinte, enquanto eu sentia meu orgasmo tão próximo que poderia enlouquecer. Ele se contraía ao meu redor, deixando claro que gozaria sem sequer ter seu membro tocado. Aumentei a velocidade, ouvindo a voz doce dele gemer coisas desconexas, e frases pedintes, até que senti meu pau despejar todo o gozo dentro dele, assim como ele fez em mim, melando minha barriga e uma parte do pano fino de sua saia, que eu sequer havia me preocupado em tirar.
- Eu também senti sua falta, daddy.

~

Acordei lentamente, apertando os olhos devido à claridade que entrava pela janela e atingia meu rosto. Olhei para o lado, vendo meu pequeno deitado sobre meu peito, com as pernas emboladas junto às minhas. Sorri, feliz, enquanto acariciava seu cabelos lilás. Ele sorriu, ainda com os olhos fechados. Há algum tempo ele viera morar comigo. Há algum tempo estamos namorando e agora planejamos nossa ida para a faculdade. Há algum tempo decidimos que esquecer os erros do passado e segui adiante seria melhor, e o fizemos. E finalmente eu encontrei a paz que tanto procurava. Finalmente entendi o que era ter amor, desejo e felicidade. Entendi o que era ter essas três coisas juntas em uma só pessoa. Finalmente eu entendi que não se trata sobre ter todas as cores, se trata sobre estar rodeado o tempo todo pela sua cor preferida.

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⏰ Última atualização: Sep 05, 2016 ⏰

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