capitulo 9

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Sim. Como um bebê.

E você?

Olho para tela como uma boba esperando sua resposta.

Em menos de 2 minutos ele me responde.

Também.

Não vou poder te ajudar na academia hoje mas o Luiz vai estar lá pra te orientar no que você precisa. Tenho que ir agora S2.

Awwnt S2. Sorrio pra mim mesma mas o desânimo bate na hora. Ir pra academia sem ele não é a mesma coisa. Não conheco ninguém lá e todos me olham como se eu fosse alguém que tem alguma doença contagiosa.

Não respondo nada. Afinal, ele não vai poder responder agora.

Jogo meu celular dentro da mochila e continuo a ouvir a aula.

(...)

– Então classe pra fazer esse trabalho eu quero que vocês façam duplas.

– Professora pode fazer dupla de 3?– Alguém grita do grupo de trás e a sala toda ri.

– Não Josh. Apenas dupla.

Todos juntam suas mesas para formar as duplas e eu como sempre estou aqui sozinha, mas antes que a professora possa dizer qualquer coisas uma menina senta do meu lado.

– Oi. Eu sou a Sophia, mas pode me chamar de soph.– A menina me cumprimenta com um aperto de mão e um sorriso caloroso.

– Prazer, Danielle.– Retribuo o sorriso.

– Como seus amigos te chamam?

– Pode me chamar de Dani.

(...)
– Então classe vocês podem terminar em casa.– Todos gritam felizes.– Mas é só até semana que vem.

– Então, podemos terminar hoje na sua casa ou na minha depois da aula.– Diz Soph assim que quardamos todos os materiais.

– Pode ser na minha? meus pais não são muito de me deixar sair. – Informo um pouco desanimada.

– Tudo bem. Vou avisar minha mãe e podemos ir.

– Ainda temos aula de Física.– Afirmo meio confusa.

– O Samuel disse que a professora faltou, está doente!

– Nossa que alivio!– Susspiro. Olho para soph que está me olhando meio confusa.– Não porque ela está doente mas porque não vai ter aula dela.– Explico.

– Você tem carro?

– Não, eu sempre vou andando. Não é longe.– digo enquanto caminhamos para o portão.

Olho para todos os lados a procura do Arthur. Eu sei que disse pra ele que não era pra vir me buscar mas eu pensei que ele não fosse levar a sério. Eu queria ver ele agora.

Seu sorriso sempre vem a minha mente.

– Terra para Dani... –  Ouço a voz de Soph que me tira de meus devaneios.

– Oi desculpa. Estava com a cabeça em outro lugar.

– Tipo onde?

– Nada de especial.– Digo como se não me importasse, mas me importo.

(...)

Olho a hora no celular. Depois de duas horas fazendo esse trabalho terminamos. Soph está lá em baixo vendo um filme enquanto eu termino de tomar banho. Ela insistiu em ficar mais um pouco e ver um filme então eu disse que sim só que antes eu tive que tomar um banho bem quente para aliviar a tensão dos meus músculos.

Coloco meu short de pijama e um blusão que eu pequei do meu pai. Pois eu não encontrei nenhuma blusa feminina que fosse tão grande quanto essa.

– Dani? Tem alguém batendo na porta. Pode atender? – Ouço os gritos estéricos de Soph.

– Pode. Respondo a altura para que ela possa me ouvir.

Passo uma escova no meu cabelo e desço para ver quem é.

Assim que desço as escadas meus olhos encontram os dele.

Arthur estava sentado no sofá que de fato fica de frente para as escadas. Um sorriso esplêndido toma forma no seu rosto fazendo com que meu coração se derreta ainda mais.

– Oi Dani.– Sua voz soa mas rouca do que ja é.

– Dani, eu disse pra ele esperar lá fora mas ele disse que era importante.– Informa Soph que está olhando para ele com uma carranca horrível.

– Ta tudo bem Soph esse é o Arthur. Meu amigo.

– O Luiz disse que você não foi para academia hoje. Fiquei preocupado. – Sua voz é tão rouca e baixa que nem percebo.

Ele realmente está preocupado.

– Desculpa não pensei que fosse se importar. Você disse que não ia e eu não gosto de ir sozinha. – Murmuro.

– Dani você tem que se acostumar a isso. Eu não vou pode estar lá sempre pra te ajudar. – Isso machucou.

– Dani, eu ja vou. Ta na cara que vocês tem que conversar e eu não quero atrapalhar.– Soph diz e antes que eu possa falar qualquer coisa ela sai.

Já sei que amanhã ela vai me fazer muitas perguntas.

– Eu já entendi.– Me sento no sofá.

– Eu não estou dizendo que não vou te ajudar mas você tem que fazer isso por você, porque você quer mudar e não porque está preocupada com o que os outros tem a dizer. Que se dane as pessoas.– Ele para de falar, talvez por falta de ar e se senta ao meu lado. ­– Você não tem noção do quanto é especial . faça com que as pessoas vejam isso, esse brilho que só eu consigo ver.

Sinto meu rosto ficar úmido e meus olhos lacrimejar.

– Se você soubesse o quanto é linda iria parar de se martirizar.

Não acredito que estou ouvindo isso dele. Ninguém nunca me disse que eu era linda além dos meus pais.

– Obrigado Thur.– Ele sorri e só depois eu percebo o que disse.

– Thur?

– É o apelido que te dei em segredo. Não era pra você saber.– Sorrio assim que ele coloca meu rosto na palma de suas mãos.

– Bom, agora eu tenho que te dar um apelido também– Ele faz uma cara de pensativo.– Você é minha pequena.– Sua?

– Sua?

– É. Minha! Vou cuidar de você como se fosse minha irmã.

"Ain Arthur você tinha que dizer isso? jura? agora?. Ain senhor me ajuda a controlar esses sentimentos"

– Obrigado. – Murmuro baixinho.

– Ta bom que filme vocês iam ver?

– Invocação do mal, mas eu não quero ver esse filme é medonho.

– Claro que vamos ver e sem mimimi.– Ele apaga as luzes e coloca o filme pra rolar.

Agarro nos braços fortes dele.

– Toda vez que aparecer alguma parte assustadora olha para mim e eu te digo quando acabar. – Sussura. Apenas balanço a cabeça concordando.

O filme começa muito bem sem nenhum terror ate que em uma parte bem assustadora me faz ficar com bastante medo . aperto o braço de Arthur e olho para ele que esta rindo de mim agora.

Seus olhos encontram os meus e ele para de rir e me olha tão intensamente.

Meu corpo se estremece por inteiro.

Nesse momento travo uma luta interna dentro de mim com a minha consciência e meus hormônios. Minha consciência perde e eu me aproximo dele, nossos lábios colidem. Enquanto nossos lábios se tocam sinto a respiração forte dele e suas mãos a puxar minha cintura para perto de si. Eu não tenho a menor ideia do que estou a fazer, mas não quero parar. Sinto o leve gosto de hortelã em sua língua, quando ele abre a boca e me beija.


A Garota Que Você Rejeitou(Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora