Capítulo 18

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Lukas entra sem ser convidado. Apesar do olhar furioso o resto da expressão está ilegível. Também parecia um pouco afetado pelo álcool. Bêbado?

Ele dá uma olhada geral no apartamento. Perdeu alguma coisa, penso.

- Esta sozinha?

Abro os braços e gesticulo para a sala.

- É o que tudo indica.

Digo sendo mais seca do que o que eu pretendia. Mas não com sigo disfarçar minha raiva, que eu nem sei porque estou sentindo.

- Achei que talvez meu primo ainda estivesse por aqui.

Não tão bêbado.

Minha boca cai aberta. Eu não acredito que ele veio checar se o Max está aqui comigo.

- E o que exatamente você tem a ver com isso?

Ele deu um passo em minha direção. Vermelho. Uma veia pulsando no pescoço. Não entendo esse monte de reações desproporcionais dele.

- Não vai me dizer que você acha normal transar com a família inteira.

Fico possessa e dou dois passos na direção dele.

- Não seja absurdo Lukas. Logo se vê que você não me conhece...

- É acho que não.

Disse irônico. Caramba!! Essa doeu, magoou pra valer. Meu coração dispara de puro ódio, quando uma idéia passa pura minha mente.

- Aaah... ou será que você acha que porque cai na cama com você no primeiro dia essa é regra na minha vida?

- Claro que não. É só que vocês estavam tão entrosados, que eu achei que esse seria o caminho natural. Não pense que eu faço mau juízo de você pelo que aconteceu entre nós.

Não fode, Lukas!

- Não faz mau juízo? Não é o que parece. Seu primo apenas me deu uma carona. E você é é o único absurdo que acha que havia algo mais nisso. Nao costumo me relacionar com pessoas do trabalho, você é uma exceção, foi só uma gentileza de Max. Aliás, porque você está aqui? Cadê sua namorada?

Digo tentado parecer indiferente quando estou puta.

- Ela não é minha namorada. Eu não convidei ela para ir comigo. Ela foi convidada e eu a encontrei na porta com a prima, por acaso.

Solto o ar que estava segurando de medo dele dizer que estava mesmo namorando o loirão. Mas outra coisa que estava me incomodando vem a minha memória.

- Achei que vc tinha dito que não estava transando ninguém...

Digo em voz baixa. E ele se aproxima ainda mais de mim. Segura me rosto com as duas grandes mãos. Me encara. Olhos nos olhos. Aqueles olhos maravilhosos, hoje mais escuros que o normal.

- E não estou. Ela não é e não será minha namorada, eu não estou saindo com mais ninguém, nem quero, nem preciso. Esse arranjo entre nós está mais que excelente para mim. Não quero perder ou renunciar a isso.

Cresço os olhos com a quantidade de informações que ele despeja em mim. Um calor esquentando meu rosto. Posso ver que ele é sincero. Estou com saudade dele. Desço o olhar para a boca rosada maravilhosa dele. Definitivamente quero beijá-lo depois das coisas que me disse.

Ele passa o polegar pelo contorno dos meus lábios, e encara também minha boca. No segundo seguinte estou sendo beijada. O beijo é forte e excitante. As mais descem para a minha nuca. Ele faz movimentos eróticos com a língua na minha boca, respondo com a mesma paixão e tesão. Seguro nos cabelos da nuca e os puxo para ter mais acesso a boca maravilhosa. Minha língua e a dele guerreando. Ele tem gosto de uvas frescas. Vinho. Inverno. Gostoso. Gemi me deliciando daquele Beijo.

Nosso Torto Conto De FadasOnde histórias criam vida. Descubra agora