Capítulo 11- Tchau

5.1K 271 2
                                    

Me soltei dele que deu um sorriso e falou:

- Fala ai donzela, pra que veio?- Perguntou e começamos andar.

- Tenho que falar com o Pedro.- Falei e ele coçou a cabeça.

- O patrão?- Perguntou e confirmei.- Vish, ele chegou nervoso e ta em casa, nem saiu mais.- Falou ainda andando comigo.

- Não tem problemas.- Falei.

- Ta então, mas eu to sem moto e o caminho é longo.- Falou e acenti.

- De qualquer jeito eu não iria de moto.- Falei.

Fomos andando e depois de um tempo chegamos, confesso que estava cansada.

Magrin tocou a campainha e falou:

- Quer que eu te espere?

- Não sei, melhor não, pode descer, obrigada Magrin.- Falei.

- Disponha.- Falou começando á descer o morro.

- Tia Meg.- Falou Miguel ao abrir a porta.

- Oi Miguel.- Falei e me abaixei, ele me deu um abraço forte e eu retribui.

- Que bom que você voltou.- Falou ainda me abraçando.

- Pois é, mas e vocal ta bem?- Perguntei e seu sorriso se desfez.

Ele me soltou e me olhou.

- Mais ou menos, meu pai ta muito grosso.- Falou ele.

- Ah meu amor.- Falei.

- Entra Meg.- Falou me dando espaço e eu entrei.

- Cade seu pai?- Perguntei.

- Ta lá no quarto.- Pulou no sofá.

- Vou ir lá ok?- Perguntei e ele assentiu.

Fui até o quarto do Pedro e resolvi nao bater, entrei direto e meu Deus que corpo é esse?

Pedro estava apenas com uma cueca box preta, seus cabelos molhados e seu peitoral com umas gotas de água, sua toalha estava em cima da cama, ele me olhou surpreso e eu parei de rapara-lo e tapei os olhos.

- Me... Me desculpe.- Falei e pude ouvir sua gargalhada, sai do quarto envergonhado e coloquei a mão em minha cabeça.

Fiquei lá do lado da porta esperando até que a porta é aberta, Pedro agora já está de bermuda, porém continua sem camisa.

- Oque você quer aqui? - Falou e olhei para seu par de olhos azuis.

- Eu.. Eu vim te pedir desculpas, sabe, por causa do meu pai hoje, eu sabia que poderia ser pior se você não tivesse ido.- Falei.

- Megan, tudo bem, não tem problema eu sei que não foi sua culpa, seu pai por ser um homem de " classe ", não quer sua filha com um vagabundo qualquer como ele mesmo disse.- Falou e eu neguei.

- Pedro, meu pai ainda pensa que sou uma garotinha.- Falei e ele sorriu.

- Afinal você tem quantos anos?- Perguntou.

- 16.- Falei calma.

- Megan, você ainda é uma garota, uma garota linda.- Falou me olhando nos olhos e se aproximando.

- Melhor eu ir, tenho que arrumar minhas coisas, meu pai vai me mandar amanhã ir morar com minha avó em Nova York.- Falei e seu sorriso se desfez.

- Como assim?- Perguntou.

- Ele me falou que eu devia tomar jeito e resolveu me mandar pra lá, mas eu não queria ir.- Falei e ele me olhou.

- Sabe morena, eu também não queria que você fosse para Nova York.- Falou e eu dei um meio sorriso.

- Porque?- Perguntei.

- Eu quero descobrir, oque sinto, porque tipo, você foi a única que me balançou e me arrancou um sorriso enquanto pensava em você.- Falou e eu provavelmente já estava corada.

Ele se aproximou mais.

- Eu nunca fiquei assim antes.- Falou e me selou segurando minha cintura.

Um beijo calmo, leve e selvagem, parecia que ele precisava desse beijo assim como eu.

Paramos com selinho e então me dei conta do que havia acabado de fazer.

- Desculpa, eu tenho que ir.- Falei tentando passar, porém ele segurou meu braço e falou:

- Você vai voltar?

- Minha vó não vai me aguentar por muito tempo.- Falei e sai de lá, comecei descer o morro pensando.

Acabei de beijar um traficante, mais uma vez isso, porque eu to fazendo isso? Porque estou pensando tanto nele?

O Vagabundo E A DamaOnde histórias criam vida. Descubra agora